“Baan (Casa)”, a primeira longa-metragem de ficção de Leonor Teles, está em exibição a partir de hoje (08 fev) na Casa do Cinema de Coimbra, depois de passar pelos Festivais de Locarno e Sarajevo, pelos Caminhos do Cinema Português, onde foi premiado pela Melhor Fotografia, e pelo Reykjavik International Film Festival, onde lhe foi atribuído o The Golden Puffin.
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No dia 18 de Novembro de 2023 foram conhecidos, na Antiga Igreja do Convento de São Francisco, os vencedores da XXIX edição dos Caminhos do Cinema Português.
A realizadora Leonor Teles (Balada de um Batráquio e Terra Franca) vai marcar presença em Coimbra, no Festival Caminhos do Cinema Português. A realizadora de “BAAN” estará na exibição do filme, que marcou presença no Festival de Locarno e no Doclisboa, no dia 11 de novembro e que tem início às 21h30 no TAGV.
O mês de Setembro tradicionalmente é um mês de retoma da actividade, trazendo consigo várias novidades. Na Casa do Cinema de Coimbra não é diferente. Depois de no quente mês de Agosto termos revisitado alguns dos clássicos do cinema de horror, apresentamos em Setembro um mês pleno de diversidade e ofertas cinematográficas entre a exibição, com um novo inquilino na Casa: a Nitrato Filmes e a realização do 1.º Ciclo “Cinema Fora de Portas”, até à formação conhecendo “As Mulheres fazem Cinema!” de Mark Cousins e o curso de verão “Montagem e Autoria” orientado por Miguel Mira, com palestras de Afonso Cruz, José Filipe Costa e Jerónimo Rocha. As novidades continuam com os cine-concertos que abrem caminho para a 3.ª mostra Programa!Ação.
Assim, iremos promover durante o mês de setembro sessões de terça a sábado sempre às 21h30. Bilhetes a partir de 3€, com condições privilegiadas para os nossos associados.
Terminou a 1 de dezembro a XXIV edição dos Caminhos do Cinema Português. Das cinco equipas de júri; Caminhos, Ensaios, FICC, Imprensa CISION e Público, resultaram 26 premiações dais quais “Cabaret Maxime”, de Bruno de Almeida, foi o filme que mais galardões alcançou, nomeadamente Melhor Banda Sonora, para Manuel João Vieira, Melhor Realização, para Bruno de Almeida, Melhor Direção Artística, para João Torres, Melhor Actor Secundário para John Wentinmiglia e o Grande Prémio do Festival.
Destaque ainda para “Até que o Porno nos Separe” de Jorge Pelicano que na sua primeira exibição alcançou o prémio de Melhor Documentário Universidade de Coimbra e o Prémio do Público Chama Amarela, “Por Tua Testemunha” de João Pupo com os Prémios de Melhor Argumento Adaptado e de Melhor Actor para Fernando Rodrigues, “Aparição”, de Fernando Vendrell, que conquistou os prémios de Melhor Atriz Secundária e Melhor Guarda-Roupa, “Maria”, de Catarina Neves Ricci, com os prémios de Melhor Atriz e Menção Honrosa do Júri FICC, Anteu, de João Vladimiro, premiado com o Prémio Melhor Comunicação e Promoção Ivity Brand Corp. e Melhor Curta-Metragem Turismo do Centro, “Entre Sombras”, de Mónica Santos e Alice Guimarães, Melhor Animação e Menção Honrosa do Júri de Imprensa CISION e, finalmente, para “Terra Franca”, de Leonor Teles, que alcançou os prémios D. Quijote da Federação Internacional de Cineclubes e o Prémio de Melhor Longa-Metragem de Ficção Europcar.
Programar é um dos passos finais desta “mise-en-scène”, onde se vê tudo e se mostra parte de acordo com quem vai ver. Nesta XXIV Edição do festival Caminhos do Cinema Português, continuamos a acreditar que os criadores cinematográficos devem ser sempre equiparados aos autores de todas as outras artes já historicamente estabelecidas e por isso tratados com o mesmo cuidado e consideração. Seja qual for o seu formato, género, localidade ou até suporte financeiro, seremos sempre um catálogo vivo das principais manifestações audiovisuais que marcaram o ano desde a nossa última edição.
Todos os anos nos são apresentados novos tipos de desafios aquando da selecção e programação do cinema criado no nosso país. Mesmo recebendo apenas aquelas obras que foram produzidas depois da nossa última edição, vemos que anualmente o fluxo de inscrições tem sido constante e muito diverso.
Apesar de acreditarmos que nem tudo o que se mexe em ecrã deva ser considerado cinema, todas as inscrições são colocadas ao mesmo nível de análise, desprendendo-nos de critérios formais (como o autor ou a produtora) e ansiando pela criação de momentos cinematográficos em sala. Esses momentos vêm de fora para dentro, pois tudo dentro de nós é movimento que – devidamente inspirado – nos leva a escapar os limites físicos desta realidade, criando o filme uma nova foprma de existir que, como é interior, é só nossa.