Selecção Caminhos

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Quem são os “todos” para quem programamos?

Poucas serão as biografias que não apresentem períodos de nigredo ou de estágios de inacção. Habitualmente esses momentos – apesar normalmente enfrentados da pior das maneiras – têm em si a “possibilidade semente”, a capacidade de regeneração e reinvenção, em suma a oportunidade de iluminar a “noite escura da alma”.

Estes últimos tempos representaram toda uma negritude com um elemento adicional (e novo para o mundo ocidental contemporâneo): a partilha desse momento. Como colectivo humano, ouvimos em uníssono a voz do silêncio de uma pandemia que nos forçou a isolar e a mudar hábitos. Fez com que abandonássemos, entre outros, hábitos de consumo cultural e social, chegando ao cúmulo de uma quase total substituição de um curador de cinema por um algoritmo de uma qualquer plataforma online.

Na passada edição, no auge de uma pandemia com limitações variadas e transversais a todos os comportamentos humanos, tentámos que esses momentos escuros de isolamento fossem “compensados” por momentos de individualidade partilhada dentro de uma sala de cinema. Apesar disso, sejamos justos, percebemos que o próprio significado de festival (no sentido mais literal de festividade) não foi totalmente cumprido e deixado em pausa.

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Destaques de quinta-feira, dia 26 de novembro

Esta quinta-feira, dia 26 de novembro, sugerimos-lhe que se deixe apaixonar pelo “coro de afetos” de “Amor Fati” (Cláudia Varejão) e que acompanhe o Nuno de “Discos Perdidos“, um açoriano a viver em Lisboa, na sua busca pela coleção de vinis da adolescência. Em estreia nacional no Festival Caminhos do Cinema Português, a película de Tiago P. de Carvalho cruza os acordes dos The Pale Saints, Pixies e The Cure com o tradicional folclore da cultura açoriana. O realizador marcará, inclusive, presença na sessão das 15h.

Já ao final da tarde, a nossa proposta passa por uma outra estreia nacional: “Aos Nossos Filhos” (Maria de Medeiros) – uma narrativa no feminino que explora a relação entre mãe e filha.

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Destaques de sexta-feira, dia 20 de novembro

Esta sexta-feira, dia 20 de novembro, propomos-lhe que, na impossibilidade de dar a volta a mundo, dê a volta à estátua de Fernão de Magalhães, tendo por companhia o filme “Entrada Proibida a Pessoas Estranhas aos Navios” (André Torres). Sugerimos-lhe que conheça também o relato de um jovem de 19 anos que reflete sobre o seu passado num campo de refugiados na Grécia, em “Por Detrás de um Rosto” (José Rocha Pinto).

O Cordeiro de Deus” (David Pinheiro Vicente) é o filme que encerra a nossa lista de destaques, com um retrato sensual, violento e de profunda devoção religiosa de uma família humilde.

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Destaques de quinta-feira, dia 19 de novembro

Esta quinta-feira, dia 19 de novembro, damos início à Seleção Caminhos, principal secção competitiva do Festival. Como tal, propomos-lhe que atravesse o Atlântico e que aterre na Buenos Aires de “Salsa” (Igor Dimitri) para depois rumar ao coração da Amazónia à boleia de “Nheengatu” (José Barahona).

Após uma dupla viagem a terras sul-americanas, contamos com “A Raiz da Margem” (Sílvia Coelho e Paulo Raposo) para nos fazer regressar aos cenários portugueses já familiares. Rodada no Estuário do Tejo, a curta-metragem segue o ritmo dos ciclos das marés.

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Seleção Caminhos traz cineastas e principais filmes portugueses do ano até Coimbra

A principal secção competitiva do Festival Caminhos do Cinema Português arranca já na manhã desta quinta-feira, dia 19 de novembro, no recentemente reativado Estúdio 2 das Galerias Avenida. Pelas 10h30, “Maré”, curta-metragem de animação realizada por Joana Rosa Bragança, é o filme que dá o pontapé de saída da Seleção Caminhos.

A esta película seguir-se-ão outras 42 entre animação, documentário e ficção. “Um Animal Amarelo” (Felipe Bragança) e “A Vida Dura Muito Pouco” (Dinis Leal Machado) são apenas dois dos títulos em destaque, aos quais se juntam as estreias nacionais de “Submissão” (Leonardo António) e “Aos Nossos Filhos” (Maria de Medeiros). “Amor Fati” (Cláudia Varejão) e “Listen” (Ana Rocha), o candidato português aos Óscares, não poderiam também deixar de constar da lista de filmes em exibição.

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Programação das três Secções Competitivas do Festival Caminhos já é conhecida

À boleia da diversidade de géneros, estilos e contextos que, a cada ano, marcam a sétima arte nacional, os Caminhos regressam a Coimbra, entre 9 de novembro e 5 de dezembro, para provar que há cinema português para todos. Com a exibição de quase centena e meia de filmes, as secções competitivas do Festival Caminhos do Cinema Português arrancam já na próxima semana e trazem consigo estreias nacionais e um candidato a representar Portugal nos Óscares.

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Mutant Blast

Na sessão das 21H45 do Festival Caminhos do Cinema Português, no TAGV, será exibido o filme Mutant Blast, uma comédia de terror de Fernando Alle. Depois de milhares de experiências científicas, que não correm como esperado, o mundo depara-se com o apocalipse. Milhões de zombies percorrem as ruas em busca de pessoas para se alimentarem. A sua sobrevivência está nas mãos de três heróis: Maria, ex-militar; TS-347, um homem com força sobre-humana e Pedro, que, além dos problemas comuns, se debate com uma ressaca descomunal, resultado de uma noite para esquecer. 

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Selecção Caminhos (2019)

A produção nacional parece responder a um género de chamado conceptual, apresentando anualmente temáticas que se cruzam, independentemente da distância, quanto à sua forma e resultado. Nesta XXV Edição do festival Caminhos, a questão memória foi evocada constantemente, despoletada pela organização do nosso acervo aquando da idealização do conceito desta presente edição e celebração.

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