As “Conversas” são painéis de discussão informais, em torno de temáticas que unem a sociedade ao cinema, relembrando o importante papel interventivo e representativo deste. Momentos de reflexão e de desconstrução que proporcionarão janelas de observação para as cidades e para as memórias e vozes dos realizadores e cinéfilos. A entrada é livre.
Tag Paulo Carneiro
O Festival decorre de 5 a 19 de novembro com a exibição de 162 filmes entre o Teatro Académico de Gil Vicente, a Casa do Cinema de Coimbra, Auditório Salgado Zenha e o Convento de São Francisco.
O Festival Caminhos do Cinema Português recebeu no dia 29 de Novembro, e penúltimo dia de festival, a última mastersession, após três dias dedicados a esta secção. O evento, intitulado de “O meu cinema”, realizou-se na sala de carvão, na casa das caldeiras, às 18h00, e contou com a presença do realizador, Paulo Carneiro, e do moderador, Sérgio Dias Branco.
“Teimosia, trabalho e amor profundo naquilo em que se acredita”, foram as palavras chave do discurso de Paulo Carneiro, realizador da longa-metragem “Bostofrio, où le ciel rejoint la terre”, galardoado, na edição passada do festival, com o Prémio Imprensa CISION. Nascido em Lisboa e criado na Pontinha, retrata na sua longa-metragem, Bostofrio, uma pequena aldeia no concelho de Boticas, distrito de Vila Real, de onde é natural o seu progenitor. O desconhecimento sobre a identidade do seu avô paterno levou-o a deslocar-se até lá e gravar a obra cinematográfica, em exibição desde 7 de novembro, onde o próprio entra em contacto com residentes da área, para recolher mais informações sobre o seu antepassado.
Nem só de cinema é feito o Festival Caminhos do Cinema Português. Coimbra é palco do evento que leva a cabo o mote “Cinema Português para Todos”, durante a presente semana. Para além de ter o objetivo de despertar o interesse pelo cinema ou alimentar o gosto já previamente adquirido, também pretende promover conversas e “discussão” sobre a sétima arte.
Posto isto, a semana do festival conta também com Mastersessions. O conceito a desenvolver este ano é o do “O Meu Cinema”, tirando proveito da presença de realizadores conceituados na cidade de Coimbra devido ao festival. O tempo da Masterclass será por volta de uma hora, criando-se uma conversa mais dinâmica, entre o público e orador, e um aprofundamento no cinema de alguns realizadores portugueses.
Terminou a 1 de dezembro a XXIV edição dos Caminhos do Cinema Português. Das cinco equipas de júri; Caminhos, Ensaios, FICC, Imprensa CISION e Público, resultaram 26 premiações dais quais “Cabaret Maxime”, de Bruno de Almeida, foi o filme que mais galardões alcançou, nomeadamente Melhor Banda Sonora, para Manuel João Vieira, Melhor Realização, para Bruno de Almeida, Melhor Direção Artística, para João Torres, Melhor Actor Secundário para John Wentinmiglia e o Grande Prémio do Festival.
Destaque ainda para “Até que o Porno nos Separe” de Jorge Pelicano que na sua primeira exibição alcançou o prémio de Melhor Documentário Universidade de Coimbra e o Prémio do Público Chama Amarela, “Por Tua Testemunha” de João Pupo com os Prémios de Melhor Argumento Adaptado e de Melhor Actor para Fernando Rodrigues, “Aparição”, de Fernando Vendrell, que conquistou os prémios de Melhor Atriz Secundária e Melhor Guarda-Roupa, “Maria”, de Catarina Neves Ricci, com os prémios de Melhor Atriz e Menção Honrosa do Júri FICC, Anteu, de João Vladimiro, premiado com o Prémio Melhor Comunicação e Promoção Ivity Brand Corp. e Melhor Curta-Metragem Turismo do Centro, “Entre Sombras”, de Mónica Santos e Alice Guimarães, Melhor Animação e Menção Honrosa do Júri de Imprensa CISION e, finalmente, para “Terra Franca”, de Leonor Teles, que alcançou os prémios D. Quijote da Federação Internacional de Cineclubes e o Prémio de Melhor Longa-Metragem de Ficção Europcar.
Quinto dia dos Caminhos do Cinema Português e o Teatro Académico Gil Vicente volta a receber um conjunto de obras cinematográficos dos mais variados géneros.
Programar é um dos passos finais desta “mise-en-scène”, onde se vê tudo e se mostra parte de acordo com quem vai ver. Nesta XXIV Edição do festival Caminhos do Cinema Português, continuamos a acreditar que os criadores cinematográficos devem ser sempre equiparados aos autores de todas as outras artes já historicamente estabelecidas e por isso tratados com o mesmo cuidado e consideração. Seja qual for o seu formato, género, localidade ou até suporte financeiro, seremos sempre um catálogo vivo das principais manifestações audiovisuais que marcaram o ano desde a nossa última edição.
A XXIV edição do festival Caminhos do Cinema está cada vez mais perto. Entre os dias 23 de novembro a 1 de dezembro, Coimbra vai ser, uma vez mais, tela de uma das artes mais sublimes. Dia 23 de novembro os Caminhos arrancam com o Simpósio – “Fusões no Cinema” – em São João da Madeira, começando no dia seguinte as sessões competitivas, a par da cerimónia de abertura.