O Festival decorre de 5 a 19 de novembro com a exibição de 162 filmes entre o Teatro Académico de Gil Vicente, a Casa do Cinema de Coimbra, Auditório Salgado Zenha e o Convento de São Francisco.
Caminhos Mundiais
Temos vindo a assistir gradualmente ao fenómeno da globalização, e com ele tantas barreiras têm vindo a ser quebradas. O cinema desempenha um papel importante neste processo e é com ele que pouco e pouco podemos ver, conhecer e compreender melhor um mundo que nos é fisicamente tão distante. Com esta mostra de Filmes do Mundo pretendemos que não só o espectador, seja ele o mais acérrimo cinéfilo ou um estreante no mundo cinematográfico, contemple e conheça um pouco daquilo que se tem feito na 7ª arte, viajando por 4 continentes diferentes: a Ásia, a Europa, a África e a América, mas também que se confronte e se exponha a diferentes culturas que coabitam com a nossa própria.
Esta mostra apresenta uma programação, que embora provenha de quatro cantos diferentes do mundo, se mostra transversal a ele próprio. Foca-se assim em diferentes áreas temáticas mostrando uma sociedade precária onde habita a pobreza, o medo e o envelhecimento, mas também onde reside o progresso e a quebra de barreiras sociais expondo um mundo, por vezes estranho, que se confronta com uma nova era onde a tolerância impera.
O cinema começa por documentar acontecimentos comuns, a simples chegada de um comboio deslumbrava e assustava toda a plateia, sendo o encantamento por esta nova tecnologia suficiente para atrair multidões. Naturalmente, com o decorrer do tempo começam a ser criadas narrativas, que se vão tornando cada vez mais elaboradas, com personagens que assentam maioritariamente numa moralidade que defende a ordem e a homogeneização social. Atualmente o cinema incorpora uma análise mais complexa, contraditória e aberta, da condição humana.
Na 24.ª edição do Caminhos do Cinema Português, a programação da secção Caminhos Mundiais pretende apresentar aos espetadores, por meio de filmes vindos dos vários continentes, a ideia de um mundo bastante crítico acerca de si próprio e cada vez mais aberto à diversidade, com personagens em constante processo de autodescoberta.