O Festival decorre de 5 a 19 de novembro com a exibição de 162 filmes entre o Teatro Académico de Gil Vicente, a Casa do Cinema de Coimbra, Auditório Salgado Zenha e o Convento de São Francisco.
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Primeiro foi o “novo normal”, e agora é o “regresso à normalidade”. E ainda nem tivemos o tempo necessário e imprescindível para assimilar a inerente estranheza destas expressões tão curiosas que repentinamente vieram assaltar o nosso quotidiano. Teremos estado assim tão inundados pela constante torrente de “notícias”, “opiniões” e variadas outras reações oferecidas pelos novos meios, aos quais temos a desfaçatez de encarar enquanto “comunicação”, para não nos termos apercebido do comodismo com que medimos toda e qualquer realidade, por mais espantosa que seja, através do confortável conceito de “normal”? E se sim, como observar de facto essa normalidade a que estamos a regressar?
“Um filme sem artifícios. Belo, fluido como as águas do rio. Misterioso.”
— (Júri Caminhos 2019: Carla Vasconcelos, Hugo Van Der Ding, João Telmo, Lucinda Loureiro, Paulo Carneiro)
Alva, a primeira longa-metragem de ficção de Ico Costa e vencedora de 3 prémios na XXV edição dos Caminhos do Cinema Português, estreia nos cinemas portugueses no dia 16 de janeiro 2020. O filme tem exibição em Coimbra nos Cinemas NOS do Alma Shopping.
Após 177 filmes e mais de uma semana de festa, nada melhor do que fechar com chave d’ouro a XXV edição do Festival Caminhos do Cinema Português, contando assim com uma grandiosa e entusiasmante cerimónia de entrega de prémios que teve início pelas 21:45 na já conhecida casa do Teatro Académico Gil Vicente.
Com o acompanhamento musical da Big Band Rags, da Tuna Académica da Universidade de Coimbra, e a presença de diversas figuras que contribuíram, contribuem e continuarão a contribuir para o panorama cinematográfico nacional.
A noite iniciou-se com uma breve introdução sobre o decurso da cerimónia e logo discursaram figuras da direção e organização do festival como Tiago Santos e António Pita.
O final do dia de ontem permitiu um dos maiores voltefaces do Caminhos deste ano. Por motivos alheios à organização do Festival, o filme “Serpentário“, de Carlos Conceição foi retirado do cartaz e da competição. Em substituição, foi exibido o filme “Mutant Blast“, uma paródia de z***ies co-produzido pela norte-americana Troma que homenageia os inícios cartoonescos de Peter Jackson. Tendo já figurado na sessão Turno da Noite no sábado passado, a longa-metragem de Fernando Alle é assim promovida ao horário de destaque e ao estrato competitivo do Caminhos. Teve igualmente a honra de ser precedida pela curta “Invisível Herói” de Cristèle Alves Meira, que marcou presença no TAGV juntamente com o protagonista Duarte Pina para uma sessão de conversa com o público que se revelou calorosa e intimista.
A 27 de Novembro recebemos, na sessão das 21h45 da Selecção Caminhos as presenças de Tiago Hespanha, realizador de “Campo”, e João Manso, realizador de “História Secreta da Aviação”, ambos produções da Terratreme.
À tarde, na sessão das 15h00, “18” terá o seu realizador Rui Esperança presente, bem como “Gabriel” será representado pelo seu realizador “Nuno Bernardo”, pelo Director de Fotografia, Pedro Negrão e pela actriz Ana Marta Ferreira. A actriz Soraia Chaves representa a curta-metragem Moscatro. Esta sessão é reposta às 22h00 nos Cinemas do Alma Shopping.
Às 17h30 os Caminhos exibem a última animação de Regina Pessoa, “Tio Tomás, A Contabilidade dos Dias”, “Lá Fora as Laranjas Estão a Nascer” de Nevena Desivojević e “Alva”, do realizador Ico Costa.
A produção nacional parece responder a um género de chamado conceptual, apresentando anualmente temáticas que se cruzam, independentemente da distância, quanto à sua forma e resultado. Nesta XXV Edição do festival Caminhos, a questão memória foi evocada constantemente, despoletada pela organização do nosso acervo aquando da idealização do conceito desta presente edição e celebração.
O dia 2 de dezembro foi o sexto do festival “Caminhos do Cinema Português”. Passadas que eram já incontáveis horas de visualização de novíssimas obras cinematográficas de produção nacional, felizmente faltavam ainda algumas mais, pois se há uma palavra que pode definir este sexto dia, essa palavra é “poderoso”.
Para terminar o penúltimo dia deste festival, a sessão das 21h45 decorre no TAGV. Inicia-se com o filme de animação “A gruta de Darwin” de Joana Toste, seguido da curta ficcional de Salomé Lamas, “Coup de Grâce” e “Altas Cidades de Ossadas” de João Salaviza. Por último, “Tarrafal” do realizador português João Paradela, um documentário que recupera a história dos presos do campo de concentração, bem como das pessoas que viveram ao seu redor.
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