O Festival Caminhos do Cinema Português recebeu no dia 29 de Novembro, e penúltimo dia de festival, a última mastersession, após três dias dedicados a esta secção. O evento, intitulado de “O meu cinema”, realizou-se na sala de carvão, na casa das caldeiras, às 18h00, e contou com a presença do realizador, Paulo Carneiro, e do moderador, Sérgio Dias Branco.
“Teimosia, trabalho e amor profundo naquilo em que se acredita”, foram as palavras chave do discurso de Paulo Carneiro, realizador da longa-metragem “Bostofrio, où le ciel rejoint la terre”, galardoado, na edição passada do festival, com o Prémio Imprensa CISION. Nascido em Lisboa e criado na Pontinha, retrata na sua longa-metragem, Bostofrio, uma pequena aldeia no concelho de Boticas, distrito de Vila Real, de onde é natural o seu progenitor. O desconhecimento sobre a identidade do seu avô paterno levou-o a deslocar-se até lá e gravar a obra cinematográfica, em exibição desde 7 de novembro, onde o próprio entra em contacto com residentes da área, para recolher mais informações sobre o seu antepassado.
Licenciado em Som e Imagem na ESAD.CR, no decorrer do curso percebeu que o seu maior desejo era fazer cinema. Ouviu muitas críticas e discursos desmotivadores, mas, tal como explicou, isso “serviu de estímulo para continuar a trabalhar”. A grande importância dada ao som nas suas obras advém desse mesmo percurso escolar. “Cinema é mais som que imagem”, declarou durante o seu discurso. Por essa mesma razão, nesta sua longa-metragem contou com uma câmara e oito microfones.
O desconhecimento sobre Paulo Carneiro foi o motivou a espectadora, Eunice Duarte, a assistir à mastersession. Após a sessão confessou que esta repercutiu consequências positivas em si, visto que despertou a sua curiosidade para ver o trabalho do realizado pelo realizador.
Patrícia Silva
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