Este domingo, dia 15 de novembro, propomos-lhe uma tríade de reflexões relacionadas com a memória: a memória e a doença de Alzheimer, em “Mãos de Prata” (Catarina Gonçalves); as memórias do quotidiano captadas por câmaras de vigilância desprotegidas, em “Panopticon” (João Pedro Mateus); e uma memória quase em forma de tributo à vida de Cesina Bermudes, a obstetra anti-Estado Novo que introduziu os partos indolor em Portugal, em “Parto Sem Dor” (Maria Mire).
Tag João Monteiro
“Celebrar os criadores do amanhã” é o mote da Seleção Ensaios, uma das três secções competitivas do Festival Caminhos do Cinema Português. Esta mostra em particular é dedicada aos filmes produzidos em contexto académico ou de formação técnico-profissional. Noutras palavras, as janelas de exibição da Seleção Ensaios abrem espaço às produções de Escolas de Cinema, Audiovisual e Multimédia, tanto do Ensino Secundário quanto do Ensino Superior.
À boleia da diversidade de géneros, estilos e contextos que, a cada ano, marcam a sétima arte nacional, os Caminhos regressam a Coimbra, entre 9 de novembro e 5 de dezembro, para provar que há cinema português para todos. Com a exibição de quase centena e meia de filmes, as secções competitivas do Festival Caminhos do Cinema Português arrancam já na próxima semana e trazem consigo estreias nacionais e um candidato a representar Portugal nos Óscares.
Numa época que o cinema parece, progressivamente, passar do grande para os pequenos ecrãs, o Festival Caminhos do Cinema Português continua a remar contra a maré digital, acreditando que o cinema deve ser visto e vivido em sala. O ciclo “Programa!Ação”, que serve de antecâmara ao próprio Festival, é mais um passo neste sentido.
O ciclo “Programa!Ação” faz-nos recuar até ao início de carreira de reputados cineastas nacionais, revisitando as suas primeiras produções. Uma viagem que, no fundo, representa o aceder à mente de jovens realizadores e o reconhecer da semente que germina e das suas novas formas de olhar o cinema e o mundo.
Após 177 filmes e mais de uma semana de festa, nada melhor do que fechar com chave d’ouro a XXV edição do Festival Caminhos do Cinema Português, contando assim com uma grandiosa e entusiasmante cerimónia de entrega de prémios que teve início pelas 21:45 na já conhecida casa do Teatro Académico Gil Vicente.
Com o acompanhamento musical da Big Band Rags, da Tuna Académica da Universidade de Coimbra, e a presença de diversas figuras que contribuíram, contribuem e continuarão a contribuir para o panorama cinematográfico nacional.
A noite iniciou-se com uma breve introdução sobre o decurso da cerimónia e logo discursaram figuras da direção e organização do festival como Tiago Santos e António Pita.
Chegados ao último dia da XXV edição do Festival Caminhos do Cinema Português, o Teatro Académico Gil Vicente será palco de uma cerimónia de encerramento às 21h:45 com a participação da banda RAGS da Tuna Académica da Universidade de Coimbra.
A Big Bang Rags surgiu no seio da Tuna Académica da Universidade de Coimbra em 1995, pela mão do seu então director artístico André Granjo. Consistindo originalmente num grupo de Ragtime com cerca de dez músicos, ao longo dos anos foram-se juntando mais elementos e foi gradualmente surgindo o formato de Big Band, formalizado em 1999, e que se mantém até hoje. Conhecida pelo seu estilo irreverente e pelo entusiasmo em palco, a Big Band Rags hoje dedica-se maioritariamente ao jazz e à música ligeira, incluindo ainda no seu repertório alguns êxitos do funk, soul e da música portuguesa.
Este evento contará com a entrega de prémios aos filmes em competição, estando presentes os jurados do festival, os vencedores e vários ilustres do panorama do cinema nacional.
Destaque para a carta branca a João Salaviza com uma sessão especial às 15h00 no Mini-Auditório Salgado Zenha. Lotação muito limitada.
As exibições com abordagens às temáticas LGBTI+, começam na quinta-feira, dia 29 de novembro. António Joaquim Rodrigues Ribeiro é o protagonista e dá pelo nome de António Variações. Um ícone da música portuguesa e um dos primeiros portugueses a assumir-se como homossexual, deixou marcas e abriu caminhos a várias gerações de artistas. Um filme biográfico que levou mais de 15 anos a estar de pé, pelo realizador João Maia. As perguntas e respostas desta sessão são moderadas por Sandra Bettencourt.
Os Caminhos primam como festival de cinema pela inclusão de todas as correntes de produção do cinema português.. Olhando à representação no ecrã das demais comunidades programaram-se um conjunto de sessões em que as temáticas LGBTI+ são protagonistas. Com as crescentes manifestações e a capacidade de auto-afirmação enquanto comunidade, que deve ser contemplada com direitos e tratamentos iguais, o festival traz ao público filmes que abordam a temática. Através de uma pluralidade temática e artística, vão ser transmitidos filmes que trabalham, desde questões de género e de orientação sexual, até tópicos sobre o corpo e a identidade. Assim, esperamos que os nossos caminhos se cruzem. As sessões com esta temática ocorrem na Quarta, 27 de Novembro, às 17:30 na Seleção Ensaios nos Cinemas NOS Alma Shopping, e Sexta, 29 de Novembro, às 17:30, na Selecção Ensaios nos Cinemas NOS Alma Shopping, 21:45 na sessão da Seleção Caminhos no TAGV e às 22:00 nos Caminhos Mundiais exibidos no Mini-Auditório Salgado Zenha.
Iniciada em 2006, a Seleção Ensaios, dedica-se ao cinema de escola, trazendo aos Caminhos do Cinema Português a a pujança dos novos autores, revelando nomes hoje reconhecidos e estabelecidos. Com a competição nacional, corresponde-se ao mote de revelar todo o cinema português, com filmes de mais de uma dezena de escolas portuguesas e com a competição internacional desvenda-se o que é feito em escolas de cinema de todo o mundo.
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