À boleia da diversidade de géneros, estilos e contextos que, a cada ano, marcam a sétima arte nacional, os Caminhos regressam a Coimbra, entre 9 de novembro e 5 de dezembro, para provar que há cinema português para todos. Com a exibição de quase centena e meia de filmes, as secções competitivas do Festival Caminhos do Cinema Português arrancam já na próxima semana e trazem consigo estreias nacionais e um candidato a representar Portugal nos Óscares.
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Iniciada em 2006, a Seleção Ensaios, dedica-se ao cinema de escola, trazendo aos Caminhos do Cinema Português a a pujança dos novos autores, revelando nomes hoje reconhecidos e estabelecidos. Com a competição nacional, corresponde-se ao mote de revelar todo o cinema português, com filmes de mais de uma dezena de escolas portuguesas e com a competição internacional desvenda-se o que é feito em escolas de cinema de todo o mundo.
A maioria dos realizadores percorre um caminho de formação constante, que o capacita com as ferramentas adequadas a uma melhor expressão artística daquilo que em cada geração seja considerado cinema. O nosso Festival segue o mote de ser uma montra do cinema português, não querendo assim colocar de lado as obras desenvolvidas em contexto de formação. Torna-se interessante ver o fluxo de realizadores que inicia a sua obra na Selecção Ensaios e que em muitos casos são imediatamente apontados como futuras referências cinematográficas nacionais e internacionais.
Programar a Selecção Ensaios é sentir o sangue jovem que sempre pautou o cinema, é ser confrontado com técnicas diferentes, ideias vanguardistas e até conhecer novos actores. Para aquele que estuda cinema, assistir às sessões da Selecção Ensaios dar-lhe-á aquele alento necessário, aquele sentimento de que é possível e exequível fazer bom cinema. Para o espectador e cinéfilo em geral, estas sessões representarão o aceder a mentes de jovens criadores, dando-lhes uma real noção dos valores e ideias que pautam actualmente este movimento artístico português e internacional. É a oportunidade única de ver a semente que germina, as primeiras obras, as novas formas de olhar o cinema e o mundo.