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Programação das três Secções Competitivas do Festival Caminhos já é conhecida

À boleia da diversidade de géneros, estilos e contextos que, a cada ano, marcam a sétima arte nacional, os Caminhos regressam a Coimbra, entre 9 de novembro e 5 de dezembro, para provar que há cinema português para todos. Com a exibição de quase centena e meia de filmes, as secções competitivas do Festival Caminhos do Cinema Português arrancam já na próxima semana e trazem consigo estreias nacionais e um candidato a representar Portugal nos Óscares.

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Crónica do Festival – Parte IX

Chegados à recta final deste quarto de século do Festival Caminhos do Cinema Português, celebra-se a variedade criativa das curtas da 7ª arte nacional.

Isto porque – exceptuando-se “Caminho de Casa” de Arlindo Orta, o cardápio deste último dia está repleto de curtas-metragens, entre as quais se assinala o regresso de Teresa Villaverde com “Où en êtes-vous, Teresa Villaverde?“, um documentário que pelo título poderia dar aparências de auto-biográfico.. mas, como a realizadora já nos habituou, trata-se somente de olhar pessoal não sobre a cineasta, mas sim sobre o Carnaval do Rio o desfile que a Escola da Mangueira fez em homenagem a Marielle Franco.

De facto, o formato curta denota-se como o mais popular de entre os autores cinematográficos de Portugal e os Caminhos deste ano não desmentem tal tendência. No entanto, aponta-se é um número menor de projectos de animação, embora o género se mantenha vivo com curtas como “Moulla” de Rui Cardoso, “O Peculiar Crime o Estranho Sr. Jacinto” de Bruno Caetano e “Les Extraordinaires Mésaventures de la Jeune Fille de Pierre” de Gabriel Abrantes. Esta última curta – que figurou na cerimónia de abertura – embora não seja totalmente de animação, envereda por uma mistura de animação computadorizada com imagem real, talvez um sinal de que os criadores de animação em Portugal estejam a preparar-se para abraçar as técnicas do CGI.

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Crónica do Festival – Parte IV

A chuva pela cidade de Coimbra não dissuadiu o público do Festival Caminhos que, na sessão de ontem de “Vitalina Varela“, se mostrou receptiva à presença de Leonardo Simões, director de fotografia do filme. O habitual colaborador de Pedro Costa – distinguido há um par de dias com o prémio de Melhor Fotografia do Festival Gijón – participou numa sessão de perguntas do público após o filme, esclarecendo alguns pormenores acerca dos bastidores da sua imagética. Um diálogo que serve enquanto exemplo de como o Festival Caminhos permite criar pontes entre os espectadores defronte o ecrã os artistas por detrás das câmaras. E após tal dia melancólico cujo clima pluvioso acentuou o caracter contemplativo do cinema de Pedro Costa, os Caminhos de hoje prometem apressar o passo com tons mais animados. Aliás, é precisamente uma obra de animação que abre este dia: “O Peculiar Crime do Estranho Sr Jacinto” que, após a sua estreia no Cinanima em Espinho, chega a Coimbra às 15h no TAGV. Trata-se de uma curta-metragem assinada por Bruno Caetano já há muito aguardada, dado que a técnica do stop-motion a que recorre tem caído algo em desuso, tornando-se cada vez mais refrescante rever este artifício de animação. Como ponto de contemporaneidade, a narração desta curta de temática ecológica está a cargo de Sérgio Godinho.

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Crónica do Festival – Parte III

Apesar da propaganda contrária, muita vezes derivada do mediatismo sensacionalista centrado somente nos nomeados aos Óscares e semelhantes sucessos de bilheteira, o cinema português de hoje em dia está vivo e de boa saúde, marcando presença única no globo cinematográfico, muito graças à sua exploração da docuficção. Aliás, Portugal afirmou-se como uma nação pioneira no que toca a esse tipo narrativo, com “Maria do Mar” de Leitão de Barros, uma das primeiras produções deste subgénero, antecedendo clássicos mais notórios como “A Terra Treme” de Luchino Visconti ou “Close-Up” de Abbas Kiarostami. E apesar desse marco cinematográfico infelizmente negligenciado pela maioria do público desatento ao campo histórico, é inegável como os cineastas portugueses de actualmente revelam uma vontade de ressuscitar tais temáticas intermitentes e hipnotizantes entre a realidade e a ficção, o sonho e a memória. É o caso de Tiago Siopa, cujo novo filme “Fantasmas: Caminho Longo Para Casa” abre o 3º dia do Caminhos, sendo exibido às 15h no TAGV. Esta nova longa-metragem do realizador português apresenta-se com uma investida que parte do fantástico mas, transpondo imagens documentais captadas no passado para o presente, promete ser igualmente uma reflexão surreal sobre a passagem de testemunhos entre vidas e gerações.

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Selecção Caminhos (2019)

A produção nacional parece responder a um género de chamado conceptual, apresentando anualmente temáticas que se cruzam, independentemente da distância, quanto à sua forma e resultado. Nesta XXV Edição do festival Caminhos, a questão memória foi evocada constantemente, despoletada pela organização do nosso acervo aquando da idealização do conceito desta presente edição e celebração.

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