Tag Luísa Homem

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Crónica do Festival – Parte IV

A chuva pela cidade de Coimbra não dissuadiu o público do Festival Caminhos que, na sessão de ontem de “Vitalina Varela“, se mostrou receptiva à presença de Leonardo Simões, director de fotografia do filme. O habitual colaborador de Pedro Costa – distinguido há um par de dias com o prémio de Melhor Fotografia do Festival Gijón – participou numa sessão de perguntas do público após o filme, esclarecendo alguns pormenores acerca dos bastidores da sua imagética. Um diálogo que serve enquanto exemplo de como o Festival Caminhos permite criar pontes entre os espectadores defronte o ecrã os artistas por detrás das câmaras. E após tal dia melancólico cujo clima pluvioso acentuou o caracter contemplativo do cinema de Pedro Costa, os Caminhos de hoje prometem apressar o passo com tons mais animados. Aliás, é precisamente uma obra de animação que abre este dia: “O Peculiar Crime do Estranho Sr Jacinto” que, após a sua estreia no Cinanima em Espinho, chega a Coimbra às 15h no TAGV. Trata-se de uma curta-metragem assinada por Bruno Caetano já há muito aguardada, dado que a técnica do stop-motion a que recorre tem caído algo em desuso, tornando-se cada vez mais refrescante rever este artifício de animação. Como ponto de contemporaneidade, a narração desta curta de temática ecológica está a cargo de Sérgio Godinho.

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Destaques de 25 de Novembro

O Teatro Académico Gil Vicente recebe, no dia 25 de novembro, às 21h45, “O Mar Enrola na Areia”, de Catarina Mourão, que conta a história de ‘Caititinha’. De barbas brancas e apito, vagueava e atraía crianças do areal, pelas praias portuguesas, nos anos 1950, e “Prazer, Camaradas”, de José Filipe Costa, um documentário sobre a vida no Ribatejo após o 25 de abril.

Antes, às 17h30, a realizadora Luísa Homem irá apresentar Suzanne Daveau, um documentário em torno da geógrafa franco-portuguesa que traça o esboço de uma mulher aventureira que atravessa o século XX, até aos dias de hoje, guiada pela paixão da investigação geográfica. O filme circula entre os inúmeros espaços-mundo percorridos pela geógrafa e os reservados espaços-casa que acolheram a sua vida privada.

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Selecção Caminhos (2019)

A produção nacional parece responder a um género de chamado conceptual, apresentando anualmente temáticas que se cruzam, independentemente da distância, quanto à sua forma e resultado. Nesta XXV Edição do festival Caminhos, a questão memória foi evocada constantemente, despoletada pela organização do nosso acervo aquando da idealização do conceito desta presente edição e celebração.

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No trilho dos Naturalistas

A série documental “No trilho dos naturalistas” é composta por quatro episódios, produzidos no âmbito de um projecto de investigação co-financiado pelo Ciência Viva/ QREN, nos quais se apresentam os trilhos percorridos por investigadores da Universidade de Coimbra nas suas expedições botânicas a S. Tomé e Princípe, Angola e Moçambique, e se documentam as “Viagens Filosóficas” realizadas por cientistas portugueses no século XVIII, em incursões nas antigas colónias portuguesas.
Aproveitando como ponto de partida as expedições a África realizadas por investigadores portugueses na actualidade, esta série de documentários fala-nos sobre a diversidade de plantas e a ecologia, sobre o funcionamento dos ecossistemas e sobre a relação entre a acção humana e o ambiente. Em cada documentário, vai-nos sendo fornecida informação científica sobre o objecto de estudo da expedição em causa, intercalando-se a demonstração das descobertas científicas mais recentes com referências ao passado da investigação científica em torno dos ecossistemas das regiões africanas no período do domínio colonialista.

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Apresentação Selecção Caminhos (XXIII)

Seleccionar e programar cinema português, no único festival que se dedica exclusivamente ao mesmo, implica um desafio constante para a programação. Seleccionar é estar atento e desperto às movimentações comerciais e não-comerciais dos filmes que são anualmente produzidos, mudando constantemente a nossa perspectiva de eer um programa e um festival de cinema. É tentar criar e recriar fórmulas (sempre imperfeitas) de fazer com que se troque o banco de casa ou do bar pelo de cinema, para que se aceda a esta combinação perfeita criada pelos realizadores portugueses de um mundo fílmico diferente, muitas vezes quase espiritual e expressivo.

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