A produção nacional parece responder a um género de chamado conceptual, apresentando anualmente temáticas que se cruzam, independentemente da distância, quanto à sua forma e resultado. Nesta XXV Edição do festival Caminhos, a questão memória foi evocada constantemente, despoletada pela organização do nosso acervo aquando da idealização do conceito desta presente edição e celebração.
Tag Filipa Reis
A XXIV edição do Festival Caminhos do Cinema Português decorreu entre os dias 23 de novembro a 1 de dezembro. Para além das sessões principais do festival, os cinéfilos contaram com um Simpósio Internacional. Várias Secções Paralelas como Caminhos Juniores, Juvenis e Seniores no Teatro Académico Gil Vicente (TAGV), um olhar sobre o cinema mundial, a nova secção “Outros Olhares” e ainda três MasterSessions.
Com várias opiniões e pontos de vista em cima da mesa, assim decorreu a primeira MasterSession da XXIV edição do Festival Caminhos do Cinema Português. Dia 26, pelas 18h, na Sala do Carvão, foi posto em discussão o tema “A representação da crise no cinema português nos festivais de cinema europeus”.
Programar Cinema, num festival cujo mote é ‘todo o cinema português’, torna-se em tarefa alcantilada quando o universo de selecção se aproxima das mil inscrições. Assistir a todas essas horas de cinema português não é difícil ou tampouco exigente, mas a tentativa de encontrar a linguagem comum formada no cinema português desde a nossa última edição torna-se complexa, mas entusiasmante.
Em cada edição, as nossas sessões mudam constantemente de título, por os filmes que são selecionados e programados apresentarem sempre algo de novo. Não há um fio condutor na programação dos Caminhos do Cinema Português, cada edição ousa criar múltiplos fios condutores em si mesma. Não aceitamos a conservação de personalidades pela sua possível presença no diálogo do mundo cinematográfico, colocando cada proponente ao mesmo nível, independentemente dos nomes e currículos mais consagrados.