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Um sobrevoar do cinema

Quotidianos militares, natureza, deuses e a condição humana. Estes são alguns dos pontos fulcrais de “Campo”, de Tiago Hespanha. A longa-metragem rodada no Campo de Tiro de Alcochete trata, por suposto, a vida dos que vivem na base militar e em seu redor. O “encontro acidental” do realizador com o lugar espoletou “um imaginário”, relacionado com o mundo em que se vive. Quando questionado sobre a origem do nome, Tiago Hespanha explicita que a sua ideia era manter o título simplista, assim como a ideia, embora afirme que “o filme propõe uma camada mais desligada do concreto”. A dualidade entre a vida militar e civil da base também se apresentou como um fator de bastante interesse, na opinião do cineasta.

Para João Manso, voltar ao Caminhos do Cinema Português é descrito como “um prazer”. ”É um festival que passa muito daquilo que se melhor faz do cinema em Portugal”, esclarece. O cineasta relembra que já teve uma outra curta-metragem em exibição da edição de 2011. Já Tiago Hespanha descreve a memória de como a sala do TAGV foi o primeiro local onde viu cinema, pelo que se sente emocionado por ter uma obra sua exibida na mesma.

Um sobrevoar do cinema

O quarto de século do festival conseguiu criar, ao longo dos anos, fiéis seguidores que, mesmo com alguma dificuldade, comparecem nas sessões. Jorge Oliveira tem 73 anos e dirigiu-se ao TAGV com o propósito de ver “Campo” pela segunda vez. ”É um filme longo, com uma densidade enorme de planos e imagens”, descreve o espectador. O mesmo afirmou que já tinha frequentado edições anteriores do Caminhos do Cinema Português, pelas suas palavras, “há muitos anos”, mesmo a viver fora de Coimbra e com uma deslocação árdua para a cidade.

Ana Francisca Nunes

 

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