Júri Seleção Caminhos

O Júri da Seleção Caminhos é constituído por um painel de individualidades, tanto nacionais como estrangeiras, de reconhecido mérito pela sua contribuição para o desenvolvimento do Cinema, Cultura ou da sociedade em geral. A este painel de jurados compete avaliar a cinematografia nacional, selecionada para competição, consagrando nesta secção todos os géneros cinematográficos. Os filmes presentes na Selecção Caminhos concorrem a 6 prémios oficiais, entre eles o Grande Prémio do Festival, e os Prémios Técnico-Artísticos.

  • Catarina Alves Costa

    Catarina Alves CostaRealizadora / Investigadora

    Catarina Alves Costa é realizadora e antropóloga. Realizou, entre outros filmes, Senhora Aparecida (1994), Swagatam (1998) Mais Alma (2000), O Arquitecto e a Cidade Velha(2004), Nacional 206 (2009) Falamos de António Campos (2010) Pedra e Cal (2016). Estudou Antropologia Social, fez o Mestrado em Antropologia Visual no Granada Centre for Visual Anthropology da Universidade de Manchester, como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian e o Doutoramento na Universidade Nova de Lisboa com a tese Camponeses do Cinema. Representações da Cultura Popular no Cinema Português. Em 2000 fundou, com Catarina Mourão, a produtora Laranja Azul onde produziu filmes de Daniel Blaufuks, Sílvia Firmino e João Ribeiro, entre outros. É Professora Auxiliar da Universidade Nova de Lisboa e Coordenadora do Mestrado em Antropologia – Culturas Visuais. Coordena o NAVA (Núcleo de Antropologia Visual e da Arte), Linha temática do Centro em Rede em Antropologia / CRIA. Ensina também nos mestrados e doutoramentos da Universidade de São Paulo, no Brasil, e na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Barcelona, assim como no Lisbon Docs, Fórum para a Produção de Documentários.

  • Isabel Ruth

    Isabel RuthActriz

    Isabel Ruth foi para Lisboa aos 12 anos, onde começou a estudar ballet. Em 1958, partiu para Londres onde frequentou a Royal Ballet School. De regresso a Portugal, ingressou no Grupo Experimental de Ballet (mais tarde Ballet Gulbenkian). Ingressou no teatro por volta de 1970, depois de se estrear em O Marinheiro, de Fernando Pessoa, dirigida por Fernando Amado. Trabalhou depois com Ribeirinho, José Wallenstein, Fernando Heitor, Diogo Dória, Jorge Listopad, entre outros. No âmbito internacional, uma curta-metragem com Pascal Aubier em França foi o ponto de partida para trabalhar com vários realizadores europeus. Instalou-se em Itália, em 1967, onde se tornou amiga de Pier Paolo Pasolini e de Bernardo Bertolucci, participando em diversas curtas metragens. Foi dirigida por Pasolini, protagonizou duas longas-metragens (uma, Il Retorno, realizada por Leonello Massobrio, outra, H2S de Roberto Faenza). Depois de uma longa viagem ao Oriente, viveu em Espanha e, em 1973, regressou a Portugal. Só em 1979 reapareceu no teatro (em Éden Cinema de Marguerite Duras, encenado por Fernando Heitor) e no cinema encarnou a rainha D. Teresa no filme O Bobo (José Álvaro Morais). Considerada uma das maiores atrizes do cinema português, é presença fetiche na cinematografia de Paulo Rocha e trabalhou regularmente com Manoel de Oliveira, tendo sido ainda dirigida por João Botelho, José Álvaro Morais, Jorge Silva Melo, Lauro António, Jorge Cramez, Eduardo e Ann Guedes, Manuel Mozos, Raúl Ruiz, Margarida Gil, Fernando Lopes, Teresa Villaverde, Pedro Costa, Raquel Freire, Cláudia Tomaz e Catarina Ruivo. Em 1995, no Festival de Cinema em Moscovo "Faces of Love", é eleita a melhor atriz pelo seu desempenho no filme Pax, de Eduardo Guedes (1994). Voltou a filmar em Itália com Tonino de Bernardi. No final de 1999, a Cinemateca Portuguesa faz-lhe uma homenagem e João Bénard da Costa dedica-lhe o livro A dupla vida de Isabel Ruth. Em 2007, recebeu o Globo de Ouro como Melhor Atriz, pela sua interpretação em Vanitas, de Paulo Rocha (2005). A 27 de março de 2018, foi feita Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique.

  • Joana Pais de Brito

    Joana Pais de BritoActriz

    Joana Pais de Brito nasceu em Lisboa, em 1983, e teve a sua formação,como actriz, na escola William Esper Studio, em Nova Iorque, onde concluiu o curso de dois anos.

    Antes iniciar a sua viagem como actriz, Joana foi Terapeuta Ocupacional, e trabalhou dois anos, num serviço de reabilitação psicosocial, do qual guarda gratas memórias. 

    A partir de 2011, torna-se actriz profissional, e desde essa data tem participado nos mais diversos projectos em teatro, televisão e cinema, entre os quais se destacam, o programa “Camada de Nervos” (Canal Q), a curta-metragem “Celeste” e a longa-metragem “A Mãe é que Sabe”.

    Em 2014 ganhou o prémio melhor de melhor actriz, no Shortcutz Lisboa, com a curta-metragem “Chico Malha”, e em 2017, o de melhor actriz secundária com a longa-metragem “A Mãe é que Sabe”, no festival Caminhos do Cinema Português.

    Mais recentemente, fez parte do elenco principal do programa “Donos Disto Tudo” (RTP1), integrou o elenco da longa metragem “A Fábrica de Nada”, e participou nas séries “Madre Paula” (RTP1) e “Os Idiotas” (RTP2).

    Neste momento, está entre Paris e Lisboa, e encontra-se a preparar as personagens das três curtas-metragens, em que participará ainda este ano, respectivamente, dos realizadores José-Maria Norton, Nuno Rocha e Diogo Lopes.  

    Foi com grande entusiasmo que recebeu o convite para integrar o júri do festival Caminhos do Cinema Português, o único que festival do país que celebra, exclusivamente, o Cinema nacional.

  • João Cabral

    João CabralActor

    Nasceu em 1961 em S. Miguel. Tem a licenciatura em teatro do Conservatório Nacional de Lisboa (1980-85) e o mestrado em Teatro da ESAD. Em 1982 começou a sua actividade como actor. Em televisão salienta o seu trabalho nas produções “Mau Tempo no Canal”, “A Banqueira do Povo”, “Jornalistas”, “A Mulher do Ministro”, “Jura”. No cinema participou em filmes de João Canijo, Rosa Coutinho Cabral, Fernando Lopes, Jorge António, Fernando Matos Silva, Francisco Manso. No teatro participou em peças encenadas por Mário Feliciano, Rosa Coutinho Cabral, Carlos Avilez, Diogo Dória, José António Pires e São José Lapa entre outros. Dirigiu e encenou o Grupo de Teatro do ISCSP e o grupo Ultimato de Teatro universitário da FPCEUL. Foi professor de Expressão Dramática e do Curso Profissional de Artes Performativas na Escola Secundária Passos Manuel. Fez parte das equipas de dobragens de Teresa Madruga, de Teresa Sobral e de Cláudia Cadima.

  • João Rui Guerra da Mata

    João Rui Guerra da MataRealizador / Director de Arte

    João Rui Guerra da Mata nasceu em Lourenço Marques, Moçambique. Passou os seus anos formativos em Macau, na China, então uma colónia portuguesa. Estudou e trabalhou em Design Gráfico e Tipografia em Lisboa, onde reside actualmente. Trabalha em cinema desde 1995 como art director, production designer, actor, assistente de realização, argumentista e realizador. Em 2003 foi convidado pela Escola Superior de Teatro e Cinema a desenhar o programa da disciplina de Art Direction/Production Design, até aí inexistente. Foi professor da referida disciplina de 2004 a 2011. Em 2012 realizou a sua primeira curta-metragem a solo, O QUE ARDE CURA, premiada na competição do Festival Internacional de Cinema de Locarno. Apresentada em vários festivais de cinema, integrou uma projecção especial do Festival Internacional de Turim sobre “A voz humana” de Jean Cocteau, sendo exibida juntamente com "Una Voce Umana" (1948) de Roberto Rossellini com Anna Magnani e "The Human Voice" (1966) de Ted Kotcheff's com Ingrid Bergman. Co-realizou várias curtas e a longa A ÚLTIMA VEZ QUE VI MACAU (2012) com o seu companheiro e colaborador artístico habitual, João Pedro Rodrigues, sendo IEC LONG (2014) a curta mais recente da dupla, fazendo parte de um corpo de trabalho a que gostam de chamar os seus “filmes asiáticos”. Também trabalhou como argumentista em várias longas e curtas, sendo a última, O ORNITÓLOGO (2016), realizada por Rodrigues. Em 2016, o Centro Pompidou de Paris dedicou-lhe uma Retrospectiva Completa e Instalação (25/11/2016-2/01/2017), em conjunto com Rodrigues. Outras retrospectivas internacionais incluem duas retrospectivas itinerantes no Japão - Athénée Français em Tóquio, Yokohama, Yamaguchi Centre for Arts and Media, Quioto, Osaka - IndieTokyo, 2013/2015; The Road to Macao - The Floating Worlds of João Pedro Rodrigues and João Rui Guerra da MataHarvard Film Archive, (2015); Taipei International Film Festival (2015); Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro (2017); Around “The Ornithologist”, Harvard Film Archive (2017); FilmMadrid (2017). Em 2016, SAN MA LO 270, MACAU, projecto para a sua nova longa-metragem asiática que desenvolve actualmente, foi premiado no Crouching Tigers Project Lab do 1º International Film Festival & Awards - Macau. Os seus filmes fazem parte das colecções de várias cinematecas e museus, destacando-se a colecção permanente do Museum of Modern Art (MoMA).

  • José Cid

    José CidMúsico

    José Cid (1942) é um cantor, compositor, instrumentista e produtor musical português. Iniciou a sua carreira aos 14 anos de idade ao integrar o grupo “Os Babies”, criado em 1955. Foi aos 17 anos que se estrou no mundo da composição, criando a música “Andorinha”, com fortes influências de jazz. Terminado o secundário no Colégio Portugal, em 1960, ingressou no ensino superior na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Abandonou o curso cinco anos mais tarde, sem conseguir terminar o primeiro ano. Contudo, o tempo que lá passou não foi em vão, tendo integrado três grupos: “Conjunto Orfeão”, “Trio los Dos” e “Os Claves”. Após uma audição, José Cid foi convidado a juntar-se ao grupo, que viria mais tarde a chamar-se “Quarteto 1111”, e foi como vocalista e teclista deste que se destacou no panorama musical. O cantor foi um concorrente assíduo do Festival da Canção, tendo a sua primeira interpretação acontecido com a música “Balada de D. Inês”, em 1968, juntamente com o “Quarteto 1111”. Mais tarde, em maio de 71, editou o seu primeiro álbum solo, ao qual deu o seu nome próprio, e lançou a EP “Lisboa Perto e Longe”. Depois das várias músicas levadas ao Festival da Canção, venceu com “Um Grande, Grande Amor” e qualificou-se em sétimo lugar no Festival Europeu. Posteriormente, regressou com o tema “Morrer de amor por ti”, ficando em segundo lugar. Em 1988, conquistou o primeiro lugar numa edição especial, com a composição “Se eu te pudesse abraçar”, apresentada por José Gonçalo. Nesse ano lançou também o disco “Oda a Frederico Garcia Lorca”, que reúne as guitarras de Coimbra e a poesia de Lorca. Para além do Festival da Canção, colaborou noutros projetos associados à RTP como a “Música Portuguesa” e “O Natal com José Cid”. Participou, ainda, no disco solidário “Abraço a Moçambique”. Em 2009 lançou o álbum “Coisas do Amor e do Mar”, que inclui o tema, distinguido com um Emmy Award, “Mais um dia”. José Cid foi ainda galardoado, nesse mesmo ano, com o prémio de consagração de carreira pela Sociedade Portuguesa de Autores, tornando-se o primeiro artista musical a recebê-lo. Não só a nível nacional foi conhecido e reconhecido. O cantor participou, dois anos seguidos, no World Popular Song Festival em Tóquio; foi premiado no Festival Yamaha; estreou o Festival OTI, em Madrid E foi reconhecido pela Billboard com o álbum “10 000 anos entre Vénus e Marte”; gravou em Cannes e Los Angeles e obteve sucesso nos mercados australiano e sul-africano. Lançou o seu último álbum, até ao momento, em 2015, intitulado “Menino Prodígio”.

  • Marcantonio del Carlo

    Marcantonio del CarloActor

    Marcantonio Del Carlo, 16-11-1965, de nacionalidade italiana, licenciado pela Escola Superior de Teatro e Cinema, autor, ator, encenador e realizador desde 1989 com trabalho reconhecido no teatro, cinema e televisão.

  • Marco Martins

    Marco MartinsRealizador

    Marco Martins (1972) estudou na Escola Superior de Teatro e Cinema, tendo depois completado a sua formação nos Estados Unidos, em escrita de argumento, na Tisch School of Arts. Em 1999 co-fundou a Ministério dos Filmes, produtora de publicidade distinguida com vários prémios e menções nacionais e internacionais e com quem se estreia na produção de ficção para televisão com SARA, uma série de oito episódios com estreia marcada para Outubro de 2018, na RTP2. Os dois primeiros episódios desta série foram exibidos, pela primeira vez, no festival IndieLisboa 2018. O trabalho de Marco Martins abrange diversas áreas incluindo cinema, artes plásticas e teatro. Os seus filmes têm sido apresentados nos principais Festivais Internacionais, tendo ganho em 2005 a Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes (Prix Regard Jeune) com “Alice”. Foi premiado também em festivais como Mar del Plata, Rotterdam ou London Raindance Film Festival, entre outras distinções como o Fassbinder Award (European Discovery of the Year). Em 2006 realizou a curta-metragem “Um ano mais longo”, escrita em parceria com Tonino Guerra, presente na Competição Oficial do Festival de Veneza. “São Jorge”, o seu filme mais recente, esteve em competição no Festival de Veneza, onde o actor Nuno Lopes ganhou o Leão de Ouro (Horizons Award) tendo depois estreado comercialmente em vários países. Foi, tal como “Alice”, pré-seleccionado para concorrer ao Óscar de melhor filme estrangeiro, e ainda para o Prémio Goya. Em Portugal, “São Jorge” foi galardoado com vários prémios da Sociedade Portuguesa de Autores, incluindo o de Melhor Filme Português de 2017 e recebeu sete prémios Sophia da Academia Portuguesa de Cinema. No campo das artes plásticas colaborou com vários artistas, destacando-se a vídeo-instalação multicanal “Twenty One - The Day the World Didn’t End”, co-realizada com o artista italiano Michelangelo Pistolletto e exibida no Museu do Louvre, integrando a retospectiva Year One - Earthly Paradise, e também o filme “Insert”, co-realizado com a artista portuguesa Filipa César, trabalho que venceu o Prémio BES Arte e Finança e o prémio de Melhor Realizador no Festival IndieLisboa (2011). No Teatro fundou, em 2007, com Beatriz Batarda, a companhia Arena Ensemble que, desde então, tem apresentado espetáculos de forma regular nos principais teatros nacionais. A sua obra para palco divide-se entre o trabalho clássico de texto com uma forte componente coreográfica e projectos comunitários, como é o caso do seu último projecto, “Provisional Figures Great Yarmouth”, estreado recentemente no Festival de Norwich & Norfolk.

  • Nuno Garcia

    Nuno GarciaColorista

    Nuno Garcia nasceu em Lisboa onde se formou em Realização de cinema, mas tendo começado a estagiar na antiga CEE centro de edição especial, rapidamente se apaixonou pela pós produção. Começa como assistente de Telecinema e durante 2 anos tem a função de auxiliar o colorista senior na colocação dos rolos de película 16mm e 35mm, fazer grading one light para os editores montarem. Passado esse tempo e já como sénior colorista tira vários cursos na Rank Cintel e DaVinci com Stuart Black Jones, Davinci 888 dui, DaVinci 2k e SpiritTelecine na empresa LightFilm. Executando trabalhos para todas as produtoras nacionais e estrangeiras de publicidade, cinema, telefilmes, clipes de musica. Trabalhando directamente com as equipas de edição, composição de imagem e 3D.