José Cid Músico

José Cid (1942) é um cantor, compositor, instrumentista e produtor musical português. Iniciou a sua carreira aos 14 anos de idade ao integrar o grupo “Os Babies”, criado em 1955. Foi aos 17 anos que se estrou no mundo da composição, criando a música “Andorinha”, com fortes influências de jazz. Terminado o secundário no Colégio Portugal, em 1960, ingressou no ensino superior na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Abandonou o curso cinco anos mais tarde, sem conseguir terminar o primeiro ano. Contudo, o tempo que lá passou não foi em vão, tendo integrado três grupos: “Conjunto Orfeão”, “Trio los Dos” e “Os Claves”. Após uma audição, José Cid foi convidado a juntar-se ao grupo, que viria mais tarde a chamar-se “Quarteto 1111”, e foi como vocalista e teclista deste que se destacou no panorama musical. O cantor foi um concorrente assíduo do Festival da Canção, tendo a sua primeira interpretação acontecido com a música “Balada de D. Inês”, em 1968, juntamente com o “Quarteto 1111”. Mais tarde, em maio de 71, editou o seu primeiro álbum solo, ao qual deu o seu nome próprio, e lançou a EP “Lisboa Perto e Longe”. Depois das várias músicas levadas ao Festival da Canção, venceu com “Um Grande, Grande Amor” e qualificou-se em sétimo lugar no Festival Europeu. Posteriormente, regressou com o tema “Morrer de amor por ti”, ficando em segundo lugar. Em 1988, conquistou o primeiro lugar numa edição especial, com a composição “Se eu te pudesse abraçar”, apresentada por José Gonçalo. Nesse ano lançou também o disco “Oda a Frederico Garcia Lorca”, que reúne as guitarras de Coimbra e a poesia de Lorca. Para além do Festival da Canção, colaborou noutros projetos associados à RTP como a “Música Portuguesa” e “O Natal com José Cid”. Participou, ainda, no disco solidário “Abraço a Moçambique”. Em 2009 lançou o álbum “Coisas do Amor e do Mar”, que inclui o tema, distinguido com um Emmy Award, “Mais um dia”. José Cid foi ainda galardoado, nesse mesmo ano, com o prémio de consagração de carreira pela Sociedade Portuguesa de Autores, tornando-se o primeiro artista musical a recebê-lo. Não só a nível nacional foi conhecido e reconhecido. O cantor participou, dois anos seguidos, no World Popular Song Festival em Tóquio; foi premiado no Festival Yamaha; estreou o Festival OTI, em Madrid E foi reconhecido pela Billboard com o álbum “10 000 anos entre Vénus e Marte”; gravou em Cannes e Los Angeles e obteve sucesso nos mercados australiano e sul-africano. Lançou o seu último álbum, até ao momento, em 2015, intitulado “Menino Prodígio”.