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Homenagem às mães de crianças desaparecidas no Festival Caminhos

“Sombra”, de Bruno Gascon, é exibido esta quarta-feira à noite no Teatro Académico de Gil Vicente

A longa metragem “Sombra”, de Bruno Gascon, é exibida quarta-feira, 17 de novembro, às 21h45 no Teatro Académico de Gil Vicente. O filme, premiado no Festival de Cinema de Barcelona, é inspirado em histórias verídicas de desaparecimentos de crianças, sendo uma homenagem às mães destas. Tem como pano de fundo o desaparecimento de Rui Pedro, em 1998. O realizador Bruno Gascon e a produtora Joana Domingues estarão presentes na sessão.

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Quem são os “todos” para quem programamos?

Poucas serão as biografias que não apresentem períodos de nigredo ou de estágios de inacção. Habitualmente esses momentos – apesar normalmente enfrentados da pior das maneiras – têm em si a “possibilidade semente”, a capacidade de regeneração e reinvenção, em suma a oportunidade de iluminar a “noite escura da alma”.

Estes últimos tempos representaram toda uma negritude com um elemento adicional (e novo para o mundo ocidental contemporâneo): a partilha desse momento. Como colectivo humano, ouvimos em uníssono a voz do silêncio de uma pandemia que nos forçou a isolar e a mudar hábitos. Fez com que abandonássemos, entre outros, hábitos de consumo cultural e social, chegando ao cúmulo de uma quase total substituição de um curador de cinema por um algoritmo de uma qualquer plataforma online.

Na passada edição, no auge de uma pandemia com limitações variadas e transversais a todos os comportamentos humanos, tentámos que esses momentos escuros de isolamento fossem “compensados” por momentos de individualidade partilhada dentro de uma sala de cinema. Apesar disso, sejamos justos, percebemos que o próprio significado de festival (no sentido mais literal de festividade) não foi totalmente cumprido e deixado em pausa.

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Apresentação da Seleção Caminhos

Todos os anos nos são apresentados novos tipos de desafios aquando da selecção e programação do cinema criado no nosso país. Mesmo recebendo apenas aquelas obras que foram produzidas depois da nossa última edição, vemos que anualmente o fluxo de inscrições tem sido constante e muito diverso.

Apesar de acreditarmos que nem tudo o que se mexe em ecrã deva ser considerado cinema, todas as inscrições são colocadas ao mesmo nível de análise, desprendendo-nos de critérios formais (como o autor ou a produtora) e ansiando pela criação de momentos cinematográficos em sala. Esses momentos vêm de fora para dentro, pois tudo dentro de nós é movimento que – devidamente inspirado – nos leva a escapar os limites físicos desta realidade, criando o filme uma nova foprma de existir que, como é interior, é só nossa.

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