Retomar a aposta na formação ao longo da XXIX edição do festival é uma das apostas dos Caminhos para a formação de públicos. Tirando partido do potencial formativo da Casa do Cinema de Coimbra, pretende-se aproximar o cinema Português e o público jovem, criando novas oportunidades de formação em áreas muito específicas da produção de cinema. As quatro masterclasses decorrerão em Coimbra e na Mealhada.
No primeiro dia do festival, 10 novembro (15h00), Miguel Dores (Realizador e Antropólogo), leva-nos a “Alcindo” em, Revisitar Alcindo - concorrências entre processos fílmicos e processos sociais – documentário programado em mais de 130 festivais, espaços culturais, escolas e ruas. Nesta masterclass, Miguel Dores abordará o itinerário investigativo de um filme com um percurso incomum: de tese de mestrado em Antropologia até à longa-metragem exibida à escala nacional.
Miguel Dores é licenciado em Estudos Artísticos pela FLUL e mestre em Antropologia: Culturas Visuais pela FSCH, após experiências em São Paulo com projetos audiovisuais e a criação do CineSur em Lisboa, realizou o premiado documentário “Alcindo”. Atualmente, é doutorando em Antropologia pelo CRIA no FSCH-ISCTE.
No dia 11 novembro, às 15h00, a realizadora Leonor Areal conta-nos como “Dar forma à matéria, no documentário”, numa masterclass onde discutirá as possibilidades oferecidas pela matéria-prima no cinema documental e as soluções formais que a partir dela podem ser encontradas, discutindo as suas sugestões e implicações.
Leonor Areal é realizadora reconhecida por vários documentários como “Onde está o Pessoa?” (2023) e “Nasci com a Trovoada” (2017), entre outros premiados. É Doutorada em Ciências da Comunicação, com uma tese publicada sobre cinema português e uma investigação de pós-doutoramento sobre censura no mesmo campo. Além da sua contribuição académica, incluindo o desenvolvimento do portal arquivopessoa.net e foi docente na área de Som e Imagem durante mais de uma década.
Nádia Henriques apresenta, no dia 12 de novembro (15h00), “A escuta como método de criação” onde, a partir de um remoinho conceptual, a mesma se propõe a “partilhar esse espaço essencial que ocupa o caos, o aleatório e o acidente enquanto ferramentas fundamentais para o seu acto de criar, que emerge da sua relação pessoal com o sensível, o mutante e o contextual – é o seu ponto de vista da escuta e do silêncio enquanto embalos para uma construção do particular, dos princípios reguladores, dos universos e das personagens que neles habitam.”
Nádia Henriques é licenciada em Antropologia Social e Cinema sendo reconhecida no meio cinematográfico pelas suas contribuições como Diretora de Arte e Figurinista em mais de 60 produções. Trabalhou com prestigiados realizadores portugueses, vendo os seus projectos reconhecidos em vários festivais internacionais como Cannes, Berlim e Veneza.
Finalmente, no dia 15 novembro, pelas 14h30, no Cineteatro Messias, Nuno Beato (Produtor e Realizador de Cinema de Animação) explica-nos“O processo de criativo nos demónios do meu avô” que nasce de todo o processo criativo da longa-metragem de animação “Os demónios do Meu Avô”, a primeira longa metragem portuguesa feita em stop-motion, ao longo dos seus sete anos de produção, com uma pandemia pelo meio.
Nuno Beato, produtor e realizador de cinema de animação, é co-fundador da produtora “Sardinha em Lata”, focando-se na internacionalização do cinema de animação português. Além disso, é professor de animação em instituições de ensino superior em Portugal desde 2002.
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