A produção nacional parece responder a um género de chamado conceptual, apresentando anualmente temáticas que se cruzam, independentemente da distância, quanto à sua forma e resultado. Nesta XXV Edição do festival Caminhos, a questão memória foi evocada constantemente, despoletada pela organização do nosso acervo aquando da idealização do conceito desta presente edição e celebração.
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“Al Berto” e “A Mãe É Que Sabe” são destaques no terceiro dia dos Caminhos do Cinema Português
2017-11-29São oito o número de sessões do terceiro dia do Caminhos Film Festival, que incluem a série-documental “No Trilho dos Naturalistas”.
Seleccionar e programar cinema português, no único festival que se dedica exclusivamente ao mesmo, implica um desafio constante para a programação. Seleccionar é estar atento e desperto às movimentações comerciais e não-comerciais dos filmes que são anualmente produzidos, mudando constantemente a nossa perspectiva de eer um programa e um festival de cinema. É tentar criar e recriar fórmulas (sempre imperfeitas) de fazer com que se troque o banco de casa ou do bar pelo de cinema, para que se aceda a esta combinação perfeita criada pelos realizadores portugueses de um mundo fílmico diferente, muitas vezes quase espiritual e expressivo.
A maioria dos realizadores percorre um caminho de formação constante, que o capacita com as ferramentas adequadas a uma melhor expressão artística daquilo que em cada geração seja considerado cinema. O nosso Festival segue o mote de ser uma montra do cinema português, não querendo assim colocar de lado as obras desenvolvidas em contexto de formação. Torna-se interessante ver o fluxo de realizadores que inicia a sua obra na Selecção Ensaios e que em muitos casos são imediatamente apontados como futuras referências cinematográficas nacionais e internacionais.
Programar a Selecção Ensaios é sentir o sangue jovem que sempre pautou o cinema, é ser confrontado com técnicas diferentes, ideias vanguardistas e até conhecer novos actores. Para aquele que estuda cinema, assistir às sessões da Selecção Ensaios dar-lhe-á aquele alento necessário, aquele sentimento de que é possível e exequível fazer bom cinema. Para o espectador e cinéfilo em geral, estas sessões representarão o aceder a mentes de jovens criadores, dando-lhes uma real noção dos valores e ideias que pautam actualmente este movimento artístico português e internacional. É a oportunidade única de ver a semente que germina, as primeiras obras, as novas formas de olhar o cinema e o mundo.
O Festival Caminhos do Cinema Português alia-se ao Município de Montemor-o-Velho para mostrar que há muito tempo que sabemos que o que é nosso, que o que é nacional, é mesmo muito bom. Por isso, dia 23 de julho, às 22h, o Castelo de Montemor-o-Velho irá receber uma sessão de cinema ao livre em que serão exibidos “Florbela”, de Vicente Alves do Ó, e “Vicky & Sam”, de Nuno Rocha.
A entrada é gratuita e, para além do bom cinema feito por realizadores portugueses, a sala é única no país e oferece uma paisagem inesquecível.
Proporcionar uma experiência cultural fora do comum e acessível a todos são também alguns dos propósitos da ação “Castelo Sente” promovida pelo Município de Montemor-o-Velho.
Mini-Auditório Salganho Zenha volta a receber ciclo de cinema que celebra os últimos 20 anos de produção nacional
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