O início da fase adulta implica por vezes um desmembramento da criança e do adolescente que residem dentro daquele que cresce. Idealmente feito de forma paulatina, na prática acaba por ser um salto inesperado. O bom cinema, seja ficcional ou documental, tem a capacidade de registar e mostrar – se o seu criador assim o entender – essa transferência de consciência entre a criança e o recém-adulto, que são o mesmo.
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Afirma-se consecutivamente que tempo não é intensidade. Nem sempre existe a carência de prolongar a duração de uma obra, quando o seu intento se acha suficientemente satisfatório em alguns minutos. Hoje o TAGV terá as suas sessões dedicadas principalmente a curtas, levando o espectador a percorrer caminhos de expressividade totalmente distintos.
Ver cinema faz-nos entrar numa outra realidade, tão palpável quanto a física. É trazer para este mundo o conhecimento apreendido em tela, continuando a dar vida ao filme mesmo depois deste ser visionado.
Conseguimos extrair, através da análise dos filmes produzidos em certa época, o estado actual das coisas. O cinema português pode funcionar como um género de manifesto cultural contra as coisas nefastas da situação estagnada do nosso país.
Os Caminhos começam a ser percorridos nesta XXI edição no Auditório do Conservatório de Música de Coimbra. Para o nosso festival, cinema não deve ser apenas mostrado para ser visto e ouvido, mas também tem de fornecer a semente ideal necessária para estimular o nascimento de novas obras.
A esperança e amor são dois sentimentos que, aliados, tornam possível todas as coisas racionalmente inalcançáveis. Continuamos com a temática ‘Amar de todas as formas’¸ mostrando que a paixão por alguém ou algo consegue mover este caminho emocional que é o amor.
O amor e a paixão sempre foram representados no cinema. A capacidade de transferir para tela sentimentos de cumplicidade, partilha e comunhão tem-se feito de variadas formas, das mais ingénuas e jovens às mais maduras e contemplativas. Amar deve ser isso mesmo, amar de todas as formas e maneiras.
O Caminhos Film Festival apresenta o catálogo da XXI edição do festival. Agora que se aproxima a passos largos o início do festival a 24 de Novembro, torna-se essencial divulgar toda a informação disponível sobre todos os eventos que terão lugar em Coimbra. Além do programa estão disponíveis para consulta as sinopses de todos os filmes em exibição, biografias dos jurados, descrição de actividades paralelas e informações sobre o curso de Cinemalogia, ainda com inscrições abertas.
Os Caminhos procuram mostrar diferentes olhares sobre o fenómeno migratório especialmente a partir do contexto português e do cinema de ficção. Seleccionamos várias obras cinematográficas, nacionais e internacionais, exemplificando a diversidade de fluxos migratórios e as razões que levam as pessoas a procurar, longe das suas casas, um futuro e uma vida melhor. Variadas são as temporalidades, os destinos e os cenários traçados nos filmes, bem como as experiências dos seus protagonistas. À multiplicidade de contextos da emigração portuguesa passada e presente, aliam-se os da imigração para Portugal e janelas de observação sobre diferentes experiências diaspóricas que afectam o mundo contemporâneo.
A captação de um público jovem para o cinema português é fundamental, e os Caminhos Juniores são a secção que assume essa responsabilidade no festival.
Esta secção apresenta-se como um serviço educativo, tendo por base que apenas a experimentação in loco de muitos minutos de pura magia para estas crianças tornará possível a criação de hábitos de consumo desde a infância no que diz respeito ao cinema português.
A Secção Caminhos Mundiais da XXI edição dos Caminhos Film Festival é este ano apresentada em colaboração com a Embaixada da Áustria em Portugal. Com os Caminhos Mundiais pretendemos dar a conhecer uma selecção da cinematografia austríaca recente que proporcione ao público português bem como à comunidade internacional da cidade de Coimbra, a possibilidade efectuar a ponte entre as duas cinematografias.
Ver, apreciar e escolher filmes é um trabalho árduo de crítica. Porquê escolher um filme e não outro? Por entre cerca de mil inscrições temos de tomar posições, decidir. O trabalho de selecção situa-se nesse processo de consideração e valorização para que assim, chegue ao público o cinema mais diverso que se faz entre as escolas de cinema.
Programar Cinema, num festival cujo mote é ‘todo o cinema português’, torna-se em tarefa alcantilada quando o universo de selecção se aproxima das mil inscrições. Assistir a todas essas horas de cinema português não é difícil ou tampouco exigente, mas a tentativa de encontrar a linguagem comum formada no cinema português desde a nossa última edição torna-se complexa, mas entusiasmante.
Em cada edição, as nossas sessões mudam constantemente de título, por os filmes que são selecionados e programados apresentarem sempre algo de novo. Não há um fio condutor na programação dos Caminhos do Cinema Português, cada edição ousa criar múltiplos fios condutores em si mesma. Não aceitamos a conservação de personalidades pela sua possível presença no diálogo do mundo cinematográfico, colocando cada proponente ao mesmo nível, independentemente dos nomes e currículos mais consagrados.
Na recta final de preparação para a edição XXI do Caminhos Film Festival anunciamos uma nova oportunidade para o público de Coimbra ver o que de melhor foi exibido nas ultimas edições do festival na categoria de animação. Em colaboração com a Associação Olho de Vidro serão sete as curtas exibidas na próxima quinta-feira às 21horas no Centro Cultural Casa da Pedra, junto ao Pólo II.
Hoje, 2 de Julho, o Ciclo 20 Anos de Cinema Português é dedicado ao realizador Portuense André Guiomar. São exibidos 3 filmes, onde nos será possível observar a evolução deste realizador, em projectos e contextos distintos, durante a transição da academia para a sua actividade profissional. A sessão começa às 22:00, no Mini-Auditório Salgado Zenha, e a entrada é livre.
Na próxima quinta-feira, 18 de Junho, a sessão é dedicada à obra da cineasta Claudia Varejão exibindo-se 4 obras; Fim-de-Semana, Luz da Manhã, Um Dia Frio e Falta-me.