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- Se tivéssemos a capacidade de observar de fora o interior da intimidade das habitações, descobriríamos com exactidão a verdade. No interior dessas casas, essa verdade surgiria despida de máscaras exigidas pela sociedade, tendo a capacidade de mostrar seres por inteiro, independentemente do que isso implique. Hoje no TAGV mostra-se cinema íntimo e real, revela-se essa capacidade de entrar em casas documentadas e ficcionadas, fazendo-nos perder no caminho do meio que serpenteia ambos os géneros cinematográficos.
O festival Caminhos do Cinema Português entrou em Dezembro com mais um dia preenchido de actividades. O dia da Restauração da Independência de Portugal de 2015 pode não ser feriado nacional, mas para o Caminhos Film Festival é dia de celebração com mais uma jornada preenchida de cinema nacional.
O início da fase adulta implica por vezes um desmembramento da criança e do adolescente que residem dentro daquele que cresce. Idealmente feito de forma paulatina, na prática acaba por ser um salto inesperado. O bom cinema, seja ficcional ou documental, tem a capacidade de registar e mostrar – se o seu criador assim o entender – essa transferência de consciência entre a criança e o recém-adulto, que são o mesmo.
A iniciativa ‘Portugal Sou Eu’ associa-se, pelo segundo ano consecutivo, aos Caminhos do Cinema Português, que se realizam em Coimbra, entre os dias 27 de novembro e 5 de dezembro.
O ‘Portugal Sou Eu’ juntou-se ao cinema português e ao contacto com o público cinéfilo com o objetivo de reforçar a visibilidade desta iniciativa, despertando para a sua importância no crescimento da economia nacional e para o estimulo da procura de produtos e serviços ‘Portugal Sou Eu’.
O festival Caminhos do Cinema Português de 2015 é um evento com uma vasta oferta aos espectadores. Só no dia de ontem, 30 de Novembro, foram perto de uma dezena de sessões de cinema onde foram exibidas mais de trinta obras cinematográficas.
Amanhã a pré-campanha à Presidência da República Portuguesa passa pelo Caminhos Film Festival. Reconhecendo a importância da promoção e valorização da Sétima Arte lusa, um dos candidatos à presidência da república estará presente na sessão das 21:30 de amanhã do festival, no Teatro Académico Gil Vicente.
Afirma-se consecutivamente que tempo não é intensidade. Nem sempre existe a carência de prolongar a duração de uma obra, quando o seu intento se acha suficientemente satisfatório em alguns minutos. Hoje o TAGV terá as suas sessões dedicadas principalmente a curtas, levando o espectador a percorrer caminhos de expressividade totalmente distintos.
O Caminhos Film Festival de 2015 é pleno de estreias. Depois de se ter inaugurado o Conservatório de Música e os Cinemas NOS do Fórum como espaços de exibição da mostra de cinema de Coimbra, domingo 29 de Novembro apresentou outra novidade, agora na programação do certame.
Mas comecemos pelo início. O terceiro dia de festival abriu às três da tarde com o regresso à casa habitual do Caminhos, o Teatro Académico de Gil Vicente. A animação Vigil, de Rita Cruchinho Neves foi o primeiro filme exibido, complementado com dois documentários. O primeiro, de Filipa Reis e João Miller Guerra, Fora da Vida, sobre a ociosidade não voluntária no Portugal de 2015 e por fim, a primeira de três obras exibidas este ano do cineasta Manuel Mozos. João Bénard da Costa: Outros Amarão as Coisas que Amei, não só uma homenagem ao próprio Cinema mas também ao homem que foi director da Cinemateca Portuguesa durante dezoito anos e também crítico, autor e leitor voraz e criativo.
Enquanto no TAGV se iniciava mais uma sessão da Selecção Caminhos, no auditório do Conservatório de Música de Coimbra (ACMC) ocorria mais uma estreia nesta edição do festival. Pela primeira vez um filme de produção exclusivamente internacional foi exibido numa sessão competitiva do festival Caminhos do Cinema Português. A abertura da Selecção Ensaios, proporcionou que ao filme Fast Food, do polaco Eryk Lenartowicz, coubesse a honra de encetar a abertura da porção internacional do festival. Fast Food retrata a vida monótona e repetitiva de Roberto, trabalhador num restaurante de comida rápida e a alterção que sofre o seu quotidiano quando um novo vizinho se apresenta no seu prédio. Também neste primeira sessão da Selecção Ensaios Internacionais foram exibidos os filmes How I was making a movie about my granny, de Anna Sinitskaya, Elevator, de Asan Djantaliev, Chhaya, de Debanjan Nandy, Echo, de Madhuri Ravishankar, No one at that place, de Seung Hyeob Kim e Come the Light, de Chao Koi-Wang. A abertura da Selecção Ensaios a obras internacionais teve como principal motivação a necessidade de recontextualizar o que é produzido nas escolas de cinema portuguesas e oferecer a oportunidade de descobrir novas e diferentes identidades ao público do festival.
O dia do Caminhos Film Festival continuou às 17h30 com mais uma sessão da Selecção Caminhos no TAGV e simultaneamente novo conjunto de Ensaios Internacionais no Conservatório. Às 21h30 apenas um filme foi exibido no Teatro Académico de Gil Vicente. Portugal, Um Dia de Cada Vez, de João Canijo e Anabela Moreira retrata o dia a dia da população cada vez mais idosa de Trás-os-Montes e Alto Douro, uma jornada por um quotidiano desertificado.
Um pouco mais tarde, às 21h45, nos cinemas NOS do Fórum Coimbra houve a oportunidade de rever alguns dos filmes mais marcantes do dia numa sessão condensada de várias das secções do festival.
O Caminhos Film Festival continua esta semana, segunda-feira já pelas dez da manhã com a abertura dos Caminhos Juniores aos alunos das escolas e infantários de Coimbra, numa iniciativa que tem construído o público do cinema português desde tenra idade.
Ver cinema faz-nos entrar numa outra realidade, tão palpável quanto a física. É trazer para este mundo o conhecimento apreendido em tela, continuando a dar vida ao filme mesmo depois deste ser visionado.