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Discurso de Encerramento


Discurso de Encerramento

22 de Novembro

Boa Noite,

A semana que se iniciou a 14 de Novembro tem sido muito especial. Apesar de ter coincidido com uma sexta-feira, a semana dos Caminhos é uma temporada fora do tempo comum. É-o para mim, para todos os elementos da organização e colaboradores, realizadores e actores, artistas em geral, e cinéfilos.
O sentimento que sobresai de toda esta semana, deverá ser gratidão. Gratidão por toda esta colaboração intensa de todos os envolvidos, sem esquecer os nossos patrocinadores que foram fundamentais para manter viva a chama do festival. A nossa equipa é composta primordialmente por voluntários, cujo principal retorno que têm é ver cumprida a sua tarefa de salvaguarda cultural deste projecto.

Assistimos a um grande número de pessoas que saíram de suas casas para ver cinema na grande tela, estando o festival Caminhos totalmente tranquilo quanto à persecução do seu objectivo primordial: mostrar cinema em português.
E fizemo-lo de forma ampla. Digo isto, por ter consciência que tivemos a possibilidade de mostrar o estado de saúde do cinema português da última edição a esta parte. Dificultámos a tarefa ao nosso público, mas também ao nosso júri, que se deparou com uma diversidade fora do comum.
Ver e reconhecer artistas do meio cinéfilo português é o objectivo desta noite. Pois é esse reconhecimento pelos pares que tem real impacto para o panorama cinematográfico. Agradecemos, então, a todos aqueles que têm a lucidez necessária para reconhecer os Caminhos como o derradeiro festival de cinema português, submetendo anualmente as suas obras para apreciação.
Temos de referir que os Caminhos não são apenas uma mostra de cinema. Desenvolvemos paralelamente actividades que vão do patamar académico e reflexivo, como o nosso 1º Simpósio até à séria instrução com as constantes edições do nosso curso Cinemalogia.
Com isto reiteramos que o festival não termina nesta gala de encerramento. Continuará todos os dias, com ajuda e empenho de todos aqueles que aceitam connosco caminhar.
Imposição cultural não faz parte da nossa índole, sabemos que temos tornando Coimbra a capital do cinema português há mais de vinte anos. Porém, temos noção de que o reconhecimento deverá ser de parte a parte, encontrando-se neste momento a organização do festival a ponderar a necessidade efectiva de uma troca para um espaço que nos reconheça realmente, sem sentirmos que nos impomos, antes acolhidos verdadeiramente.

Esta noite, vamos respirar acima de tudo respeito. Vamos, juntos, assistir a esta gala, reconhecendo os nossos pares com categorias diversificadas, reconhecendo que todas essas pessoas são fundamentais para a elaboração destas obras que premiamos e projectamos. Em suma, vamos celebrar o cinema português.
Quería por último agradecer a presença de todos. Sem vocês, todos vós sem discriminação ou individualização, esta XX edição não teria sido possível. Boa noite, boa sessão e até à próxima edição seja ela onde for!

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