A aposta da Casa do Cinema de Coimbra nas curtas-metragens portuguesas indicadas aos Óscares comprovou que, além do seu valor artístico, existe público e potencial para a sua exibição regular em sala. Ao longo de sete semanas a curta Ice Merchants trouxe até à Casa do Cinema de Coimbra mais de 480 espectadores, tornando acessível o visionamento em sala do primeiro filme nacional indicado a um Óscar.
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Entre o desabafo do cineasta José Barahona que afirmava que “isto com rock’n’roll é ainda melhor” e a subida triunfal a palco do ator Ruben Garcia que, num salto, galgou o fosso da orquestra, a Cerimónia de Encerramento da XXVI Edição do Festival Caminhos premiou o melhor da cinematografia nacional.
“O Fim do Mundo” pode até retratar uma comunidade “esquecida” por Portugal, mas o mais recente trabalho de Basil da Cunha não passou certamente despercebido aos olhos do Júri da Seleção Caminhos.
A película do luso-suíço sagrou-se, assim, grande vencedora desta XXVI Edição do Festival Caminhos do Cinema Português. Nas palavras dos próprios jurados, “o tempo, o imaginário e um elenco generoso” convergem no grande ecrã, construindo “um universo emocionalmente duro, mas que acompanha o espectador numa reflexão que se prolonga para lá dos créditos finais”. “O Fim do Mundo” arrecadou ainda o Prémio D. Quijote, atribuído pelo Júri da Federação Internacional de Cineclubes.
Foi a partir do Porto que Alexandra Ramires, mais conhecida por Xá, falou da sua mais recente criação, a curta-metragem “Elo” (2020). Este filme de animação estreou em Coimbra no dia 20 de novembro e integra as Secções Competitivas – Seleção Caminhos.
O trabalho mais recente de Alexandra Ramires conta já com o carimbo do 56.º Festival Internacional de Cinema de Chicago, tendo ganhado o prémio principal da competição (o Hugo de Ouro). “Uma bela paleta invertida de preto-e-branco atrai-nos imediatamente e uma grande quantidade de silêncio mantém-nos lá”. São estas as palavras do júri sobre a curta-metragem de animação “Elo”.
Esta sexta-feira, dia 20 de novembro, propomos-lhe que, na impossibilidade de dar a volta a mundo, dê a volta à estátua de Fernão de Magalhães, tendo por companhia o filme “Entrada Proibida a Pessoas Estranhas aos Navios” (André Torres). Sugerimos-lhe que conheça também o relato de um jovem de 19 anos que reflete sobre o seu passado num campo de refugiados na Grécia, em “Por Detrás de um Rosto” (José Rocha Pinto).
“O Cordeiro de Deus” (David Pinheiro Vicente) é o filme que encerra a nossa lista de destaques, com um retrato sensual, violento e de profunda devoção religiosa de uma família humilde.
Esta quinta-feira, dia 19 de novembro, damos início à Seleção Caminhos, principal secção competitiva do Festival. Como tal, propomos-lhe que atravesse o Atlântico e que aterre na Buenos Aires de “Salsa” (Igor Dimitri) para depois rumar ao coração da Amazónia à boleia de “Nheengatu” (José Barahona).
Após uma dupla viagem a terras sul-americanas, contamos com “A Raiz da Margem” (Sílvia Coelho e Paulo Raposo) para nos fazer regressar aos cenários portugueses já familiares. Rodada no Estuário do Tejo, a curta-metragem segue o ritmo dos ciclos das marés.
Esta quarta-feira, dia 18 de novembro, sugerimos-lhe que, a partir de “Sétima Asa” (Débora Gonçalves), reflita sobre o significado da sétima arte como meio de os mais novos sonharem e criarem. Propomos-lhe ainda que viaje até ao Estuário do Sado, à boleia de “O mar já não pára aqui“. Pedro Augusto Almeida, autor da película, vai marcar presença na sessão da Seleção Outros Olhares (18h).
Há já mais de uma década que os projetores das salas de cinema das Galerias Avenida se apagaram. A respiração suspensa de quem assiste a um ‘thriller’ ou o suspiro contido no desfecho de um drama deram lugar a um profundo silêncio. Mas o sossego do Estúdio 2, no rés-do-chão do centro comercial conimbricense, vai ser interrompido pela XXVI Edição do Festival Caminhos do Cinema Português. Entre novembro e meados de dezembro, o Festival reativará a sala de espetáculo devoluta.
A nona edição do curso de cinema “Cinemalogia”, promovida pelos Caminhos do Cinema Português em conjunto com a Universidade Aberta, procuram atores e actrizes para a curta-metragem “Horizonte Artificial”, a produzir no âmbito da 21ª Semana Cultural da Universidade de Coimbra.
O Casting decorrerá em Coimbra durante a Formação em Direção de Atores e Casting nos dias 23 e 24 de Março no Teatro de Bolso da Associação Académica de Coimbra (TEUC). A acção decorre sob coordenação do ator Nuno Rocha, tendo como objectivo tanto a seleção dos interpretes a integrar a próxima produção do curso, como o ensino da Direção de Actores e as metodologias de Casting.