A semana pode estar a chegar ao fim com a passagem de quinta para sexta-feira, mas o ritmo do Caminhos Film Festival não abrandou. Em mais um dia cheio de actividades, novamente uma dezena de sessões possibilitou aos espectadores o visionamento de mais de trinta obras cinematográficas. Ainda antes da habitual sessão de Caminhos Juniores, no entanto, já o festival dava o início ao II Simpósio Internacional Fusões no Cinema. A decorrer nas instalações da Universidade Aberta, este encontro de investigadores, artistas e criadores promove a criação e difusão do conhecimento sobre a sétima arte e decorre até sábado, dia 5de Dezembro. Às 15h, enquanto a Selecção Caminhos Mundiais apresentava a comédia dramática Amour Fou, de Jessica Hausner no Museu da Ciência, o Conservatório de Música iniciava o dia com os ensaios visuais vindos de escolas de cinema internacionais. Pelas 17h30 um nova sessão de ensaios, agora com alguns dos melhores vindos das escolas de cinema portuguesas. Não foi o final do dia no Conservatório de Música de Coimbra, que concluiu as suas actividades do dia 3 de Dezembro com a Selecção Diásporas às 21h30 e uma mastersession onde se debateram as questões relacionadas com identidades nacionais e culturas influenciadas através de visões cinematográficas diversas. Uma sessão que sem dúvida contou com as contribuições deixadas às 19h, quando a Selecção Diásporas, exibindo os filmes Chay, de Charlotte A. Rolfes, Roots, de Krishnaraj Seenivasan e ainda Gaiola Dourada, do luso-descendente Ruben Alves esteve presente nos cinemas NOS do Fórum Coimbra. No que toca à Selecção Caminhos, o dia no Teatro Académico Gil Vicente foi também preenchido com sessões às 17h30, 21h30 e 24h com destaque para a presença de realizadores, actores e produtores dos vários filmes em competição. Na sessão das 17h30 João Fontes e Pedro Gancho, realizadores de Brigada Vermelha, partilharam com o público as experiências de filmar na Índia um documentário sobre os direitos das mulheres e a luta contra assédio e abuso sexual. Na sessão das 21h30 ambos os realizadores marcaram presença. Beatriz Novais comentou a experiência de produção da animação A Directa e Luís Filipe Rocha respondeu a questões do público sobre o seu mais recente filme Cinzento e Negro. Por fim, a sessão das 24h encerrou com a presença da realizadora de Maria, Leonor Pacheco e o produtor Nuno Portugal e actor Miguel Bronze, ambos da curta-metragem Gu, sobre um jovem gabarola de Coimbra. Hoje o XXI festival Caminhos do Cinema Português apresenta a sua gala de encerramento, onde serão apresentados os vencedores e destacados os melhores momentos da edição deste ano. As actividades relacionadas, no entanto, não se esgotam com esta gala e a exposição Os Anos d’Ouro do Cinema Português, com curadoria de Paulo Borges, continuará patente ao público até 15 de Dezembro na rua Visconde da Luz.
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