O primeiro documentário conta a história de Rise Kagona, músico zimbabwense fundador da banda Bhundu Boys. A realizadora, que esteve presente na sessão, definiu a personagem como “interessante, curiosa e muito especial”. Evidenciando a constante presença da música na vida do artista, a obra exibe o sucesso nos anos 80 e 90, as polémicas responsáveis pela separação do grupo e encerra com imagens actuais da carreira solo.
Foi seguido da longa, “Um punk chamado Ribas”, que capta a essência de João Ribas, símbolo da cena punk em Portugal. Motivado pela afinidade com o género musical, Paulo Antunes dedicou-se durante quase quatro anos e documentou a grandeza do músico falecido em 2014. O filme enfatiza o impacto social do movimento até os dias de hoje, além de um lado sensível de Ribas que surpreendeu o realizador, também presente para esclarecimentos acerca da obra.
Destacou o comprometimento do artista com a geração seguinte a partir da fundação de uma banda com crianças: “acho que é o legado dele, o ensinamento da música aos mais novos” e reiterou a sua influência não só no punk, mas em toda a música portuguesa. A reunião de registos VHS e das fotografias cedidas por familiares e amigos chamou a atenção de uma espetadora, que salientou, ao fim da sessão, a importância da recuperação do acumulado de memórias.
Analú Bailosa
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