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Entre a paixão e a cooperação cria-se o cinema Português

Edson Athayde, CEO e Diretor Criativo Executiva da FCB Lisboa, refletiu sobre o cruzamento entre o mercado e o cinema. Questionado de que forma o marketing pode ajudar a indústria do cinema, Edson Athayde, explicou que o facto de Portugal ser um país pequeno, deve conduzir o “foco para o networking”.

Jorge Pelicano, realizador convidado a estar presente na sessão, deu vários conselhos aos presentes. Desde a importância de como se escreve uma história e se apresenta perante um conjunto de investigadores, até à paixão como fator de sucesso. O realizador citou Alfred Hitchcock ao dizer “que se não conseguem filmar a carroça, filmem a roda”.

Inserido na temática do debate sobre a valorização do cinema Português e do próprio país, surgiu a questão da coprodução. Jorge Pelicano explicou que, “como realizador, tem de se ir para além da narrativa”. No que toca à organização de toda uma produção cinematográfica, desde despesas com refeições a dormidas, todos estes apoios são ideias que o realizador salienta como importantes para a realização.

“Um país não pode ter reserva de mercado, tem de colocar os seus produtos noutros países”, afirmou o CEO da FCB Lisboa. A importância de construir “uma história que possa viajar” foi a ideia defendida por Jorge Pelicano, ao salientar que o financiamento pode ser conseguido, se houver interesses de mais do que um país numa narrativa.

Foi na voz do Vice-Reitor da Universidade de Coimbra para a Cultura e o Turismo, Luís Filipe Menezes, que foi feito o desafio de o cinema continuar a contribuir para a proposta de em 2027 Coimbra ser a Capital Europeia da Cultura.

Numa conversa, inicialmente a quatro vozes, debateu-se mais do que o cinema. A cultura da cidade de Coimbra e o modo como os seus residentes vivem estas ofertas foi a temática que deu rumo final à iniciativa. Entre oradores e audiência foi discutida a importância da comunicação. Luís Filipe Menezes alertou ainda para os “perigos da invasão digital”.

Rita Flores

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