No terceiro dia do Festival “Caminhos do Cinema Português” teve lugar, no Miniauditório Salgado Zenha às 14.30h, a primeira sessão do ciclo “No Trilho dos Naturalistas”, uma iniciativa cujo objetivo é transportar o espetador, através do cinema, para territórios ao mesmo tempo próximos e longínquos, como os dos países africanos de língua portuguesa, instalando a ênfase no contacto do humano com a natureza e na forma como esta pode ser lida por ele. Ontem foi a vez de Angola, de João Nicolau, e teremos a possibilidade de assistir a mais três sessões deste ciclo nos próximos dias (até sábado).
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Começa a ser muito ténue a linha que desarticula aquilo que consideramos cinema produzido em contexto profissional do que é produzido em contexto académico, mas sabemos que aquilo que os une é, sem dúvida, uma qualidade e originalidade surpreendentes.
Assistir às sessões da Selecção Ensaios é sentir o sangue novo que sempre pautou o cinema (independentemente da idade do criador), é ser confrontado com técnicas e diálogos heterogéneos, ideias vanguardistas e inclusivamente conhecer novos intérpretes com performances inesperadas e por isso marcantes.
A Selecção Ensaios é assim um caminhar pelo cinema português e internacional desenvolvido academicamente. Esta aparente dualidade serve de objecto de discussão, fornecendo uma linha invisível de linguagem cinematográfica que une os novos artistas por todo o mundo. É um responder, por vezes quase em jeito de manifesto fílmico, do estado actual das coisas em Portugal e no mundo.
Convidamos todos a percorrer este caminho proposto nesta 23.ª edição, num percurso pelo cinema contemporâneo feito cá e lá fora.