O documentário está em exibição na Casa do Cinema de Coimbra até 21 de dezembro, tendo uma Sessão Especial no domingo, 18 de dezembro às 21:30, com o comentário de Rosário Neto Mariano, Professora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas, área de Estudos Franceses e Francófonos) e doutorada em Literatura Francesa Contemporânea.

Annie Ernaux, Nobel da Literatura 2022, parte da autobiografia como olhar-questionamento sobre um sujeito coletivo. Entre constatação e denúncia, a sua escrita factual e lapidar assume-se como Voz de pertença e emancipação relativas a um espaço social originário e determinante.

Sobre o filme, destacamos as suas palavras:
“Ao rever os nossos filmes em super 8, filmados entre 1972 e 1981, percebi que não eram apenas um arquivo familiar, mas um testemunho do passado, estilo de vida e aspirações de uma classe social na década que se seguiu a 68. Queria incorporar essas imagens silenciosas numa história que juntasse o íntimo ao social e à história, para transmitir o sabor e a cor daqueles anos.”