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Orson Welles, de Luís Azevedo – Outros Olhares (2018)

Orson Welles, de Luís Azevedo

Outros Olhares – 29/11/2018 – 18:00
Mini-Auditório Salgado Zenha – Piso 0 AAC

As contradições de Orson Welles foram gravadas em película mais de cem vezes, ao longo de meio século de carreira. Welles sempre teve o desejo – muitas vezes gorado – de interpretar personagens diferentes de si mesmo. Interpretou homens corpulentos de sessenta anos quando era um jovem atlético com um quarto de século, apenas para se tornar um gordo de sessenta anos pouco depois de comemorar cinquenta. A soma destes papéis resulta numa obra heterogênea que vale a pena estudar e, para os meus propósitos, é prenhe para recontextualizações. No âmago do ensaio audiovisual (o trabalho que aqui proponho), existe o biltre compromisso de rearranjar o passado num sistema de edição não-linear para o tornar presente. Dificilmente poderia desejar melhor matéria-prima do que o acervo de um homem que desprezava qualquer noção linear de tempo.

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O Espectador Espantado, de Edgar Pêra – Outros Olhares (2018)

O Espectador Espantado, de Edgar Pêra

Outros Olhares – 29/11/2018 – 18:00
Mini-Auditório Salgado Zenha – Piso 0 AAC

“Espantar-se é interrogar”.O ESPECTADOR ESPANTADO é uma cine-investigação sobre o acto de ver cinema. Um diálogo entre diferentes tipos de espectadores: o que é mais cinema? – ver o Citizen Kane num telemóvel ou ver um jogo de futebol projectado numa sala de cinema? O que é o Cinema da Incerteza? Quantos tipos de espanto existem? O Medo e a Crença precedem o Espanto? Quais são os direitos e deveres do espectador? Os filmes de ensaio são manifestos contra o voyeurismo? Os espectadores deveriam ser pagos? O que espanta hoje um espectador?

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FERNANDO LEMOS – Como, não é retrato?, de Jorge Silva Melo – Outros Olhares (2018)

FERNANDO LEMOS – Como, não é retrato?, de Jorge Silva Melo

Outros Olhares – 30/11/2018 – 18:00
Mini-Auditório Salgado Zenha – Piso 0 AAC

Começámos este filme em 2008… terminamos agora, entre Lisboa e São Paulo. “Fui estudante, serralheiro, marceneiro, estofador, impressor de litografia, desenhador, publicitário, professor, pintor, fotógrafo, tocador de gaita, emigrante, exilado, director de museu, assessor de ministros, pesquisador, jornalista, poeta, júri de concursos…. …..conselheiro de pinacotecas, comissário de eventos internacionais, designer de feiras industriais, cenógrafo, pai de filhos, bolseiro, e tenho duas pátrias, uma que me fez e outra que me ajudo a fazer. Como se vê, sou mais um português à procura de coisa melhor.” diz Fernando Lemos, artista que em 1953 deixou Lisboa rumo ao Brasil.

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Os Motivos de Reinaldo, de Ricardo Vieira Lisboa – Outros Olhares (2018)

Os Motivos de Reinaldo, de Ricardo Vieira Lisboa

Outros Olhares – 24/11/2018 – 18:00
Mini-Auditório Salgado Zenha – Piso 0 AAC

Em 1927, Reinaldo Ferreira, o conhecido jornalista e escritor que assinava como Repórter X, fundou a produtora de cinema Repórter X Film a partir da qual realizou, nesse mesmo ano, quatro filmes. Entre eles O Táxi no. 9297 e Rita ou Rito?… onde, pela primeira vez, se figurou de forma explícita no cinema português a homossexualidade, o travestismo e o consumo de drogas pesadas. Este ensaio audiovisual brinca com as recorrências da obra cinematográfica de Reinaldo Ferreira de modo simultaneamente didático e dessacralizado.

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Cimbalino, de Jerónimo Rocha – Outros Olhares (2018)

Cimbalino, de Jerónimo Rocha

Outros Olhares – 24/11/2018 – 18:00
Mini-Auditório Salgado Zenha – Piso 0 AAC

A palavra Cimbalino – um café expresso – é um regionalismo da cidade do Porto perpetuado pela preferência ao uso das máquinas de café de pressão da marca italiana “La Cimbali”.
Esta é uma viagem por um (micro) cosmos singular, com tanto de maquinal como de orgânico, na descoberta do ciclo de vida da seiva combustível que excita o corpo e a alma dos Portuenses.’

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Antígona, de SillySeason – Outros Olhares (2018)

Antígona, de SillySeason

Outros Olhares – 24/11/2018 – 18:00
Mini-Auditório Salgado Zenha – Piso 0 AAC

Antígona, do coletivo SillySeason, recupera a narrativa trágica da obra homónima de Sófocles onde Antígona dá sepultura ao seu irmão Polinices, contrariando as ordens expressas pelo rei Creonte que, ao sabê-lo, ordena que seja enterrada viva. Assim, mediante a personificação da figura de Polinices, o coletivo SillySeason propõe ao espectador uma das frentes do duelo travado entre Creonte e a sua sobrinha. Tal proposta é feita através de um trabalho de apropriação de pinturas icónicas onde se encenam e se deformam as ideias de espera e de morte, como se de um ato de resistência se tratasse e em franca dialética com a crise cultural actual.

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