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João Paulo Barbosa de Melo, Presidente da Câmara Municipal de Coimbra (2012)

Este é um festival de cinema que prestigia Coimbra pela sua qualidade e que, ao chegar à sua XIX edição, se depara com a incerteza do futuro. Na verdade, todas as dificuldades que se vivem atualmente são também aplicáveis à sétima arte.

Os cortes no financiamento, a paralisação empresarial, a escassez de recursos de toda a ordem levaram a que, neste mês de outubro, 19 realizadores portugueses testemunhassem este período negro num documentário impressionante que foi exibido no festival DocLisboa. São 60 minutos em que os protagonistas da indústria cinematográfica portuguesa dão voz à indignação e retratam um setor que atravessa uma enorme asfixia ao nível da criação e produção artísticas.

É neste contexto que a Associação Caminhos do Cinema Português – Associação de Artes Cinematográficas de Coimbra consegue mobilizar, de forma notável, criadores, produtores, escolas de Cinema, cultores da sétima arte, em mais uma edição do seu festival. Resume o realizador João Viana, a propósito disto, que “cortar o cinema é cortar a forma de Portugal se expressar no mundo”.


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João Soeiro Lopes, Presidente Interino da Federação Portuguesa de Cineclubes (2012)

“A Federação Portuguesa de Cineclubes congratula-se pela existência do CEC e pelo excelente trabalho realizado nas quase duas décadas do Festival  Caminhos do Cinema Português.

São estes os (bons) exemplos que promovem e engrandecem os caminhos que o cinema português merece.

Desde os mais jovens até aos menos jovens, desde a pintura à fotografia, não descurando a formação nas mais diversas áreas que compõe o mosaico da cinematografia, num ano particularmente difícil, em que a escassez de recursos financeiros assola de forma transversal a nossa sociedade, é de louvar o esforço do CEC na concretização da XIX edição do Festival Caminhos do Cinema Português.

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Clara Almeida Santos, Vice-Reitora da Universidade de Coimbra (2012)

Caminho dos “Caminhos”. Que não haja dúvidas: os “Caminhos do Cinema Português” marcam decisivamente a programação cultural no final de cada ano. O evento tem vindo a demonstrar capacidade para se afirmar como um acontecimento nacional incontornável.

 
O festival tem, efetivamente, crescido de uma forma assinalável. Não perdendo de vista que o coração dos “Caminhos” é a mostra de cinema português, as propostas à volta deste núcleo dão corpo a oito dias de programação muito intensa. Destaco, em particular, a preocupação com a divulgação de novos projetos na área do audiovisual e com a criação de novos públicos, determinante para a existência de um futuro. Também ocupação de uma série de espaços cria uma dinâmica muito desejável em Coimbra.

 
Tal como o festival, também a marca “Caminhos do Cinema Português” tem vindo a conhecer um crescimento notável. Não só o número de participantes o tem demonstrado como também a visibilidade pública que o festival já alcança e que tem condições para ainda aumentar mais. 2012 tem sido um ano singularmente feliz para o cinema português, apesar de todos os pesares. Atesta essa singularidade o grande reconhecimento internacional obtido pelo trabalho assinado por João Salaviza, Tiago Guedes e João Canijo, por exemplo. Isto num momento de dificuldades crescentes que todos conhecemos e, mais, sentimos. Valha-nos o espírito de resistência e a manifestação de criatividade de que os “Caminhos do Cinema Português”

também são expressão.

É para a Universidade de Coimbra uma honra fazer parte desta história.

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Pedro Passos Coelho, Primeiro Ministro de Portugal (2012)

O Cinema em Portugal tem tido, ao longo das últimas décadas, um reconhecimento internacional indesment
ível, estando invariavelmente presente nos mais importantes Festivais e instâncias culturais dedicadas à Sétima Arte.

É do maior relevo que, no nosso País, a mesma importância da arte cinematográfica, do trabalho dos nossos realiza
dores e
produtores seja conhecida, reconhecida e amplamente divulgada.

Os Caminhos do Cinema Português, que celebram este ano a sua XIX edição, constituem uma oportunidade par
a tal desígnio, sendo um encontro em que se projetam as obras mais recentes nas diversas áreas, seja a de ficção, seja a documental,
a parte de ciclos temáticos específicos.

Cumpre ainda salientar a importância que este acontecimento tem para a cidade de Coimbra que, a pretexto da reali
zação do evento, se transforma num polo de atração para todos os criadores do cinema português e para o público que a ele se f
idelizou.

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