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Clara Almeida Santos, Vice-Reitora da Universidade de Coimbra (2012)

Caminho dos “Caminhos”. Que não haja dúvidas: os “Caminhos do Cinema Português” marcam decisivamente a programação cultural no final de cada ano. O evento tem vindo a demonstrar capacidade para se afirmar como um acontecimento nacional incontornável.

 
O festival tem, efetivamente, crescido de uma forma assinalável. Não perdendo de vista que o coração dos “Caminhos” é a mostra de cinema português, as propostas à volta deste núcleo dão corpo a oito dias de programação muito intensa. Destaco, em particular, a preocupação com a divulgação de novos projetos na área do audiovisual e com a criação de novos públicos, determinante para a existência de um futuro. Também ocupação de uma série de espaços cria uma dinâmica muito desejável em Coimbra.

 
Tal como o festival, também a marca “Caminhos do Cinema Português” tem vindo a conhecer um crescimento notável. Não só o número de participantes o tem demonstrado como também a visibilidade pública que o festival já alcança e que tem condições para ainda aumentar mais. 2012 tem sido um ano singularmente feliz para o cinema português, apesar de todos os pesares. Atesta essa singularidade o grande reconhecimento internacional obtido pelo trabalho assinado por João Salaviza, Tiago Guedes e João Canijo, por exemplo. Isto num momento de dificuldades crescentes que todos conhecemos e, mais, sentimos. Valha-nos o espírito de resistência e a manifestação de criatividade de que os “Caminhos do Cinema Português”

também são expressão.

É para a Universidade de Coimbra uma honra fazer parte desta história.