‘Corre Quem Pode, Dança Quem Aguenta’ é em reflexão o que na prática foi conseguido nesta edição do Festival Caminhos. O festival teve uma repercussão positiva e bastante ampla, tendo em conta a robustez dos filmes selecionados e a diversidade de secções que programou num ano de pandemia. Ao CCP os meus parabéns, e que o cinema português seja cada vez mais livre e mostrado sem convencionalismos nem tradicionalismos. Hoje, fazer outro cinema, é pura Intervenção!
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Que a XXVI edição dos Caminhos do Cinema Português, sejam, também, um tributo aos homens e mulheres que lutaram e lutam, para que a vida prossiga, nunca mais como dantes, o seu caminho.
O poder das produções audiovisuais no aumento da atratividade turística dos territórios onde são filmadas é uma realidade inegável. Está a crescer de forma notória o turismo cinematográfico, alicerçado em turistas que viajam motivados pelas imagens que viram nos filmes e séries que mais os marcaram e que anseiam por visitar os locais onde foram rodadas as cenas mais emblemáticas, que se transformam assim em destinos turísticos de eleição. (…) Eventos como os Caminhos do Cinema Português têm um papel fundamental neste percurso.
Esta edição fica especialmente marcada pela criação de um novo prémio para a melhor Animação Nacional, na Seleção Ensaios. Vivemos um momento francamente positivo para este género, facto que não passou despercebido a este Festival, refletindo a sua maturidade, capacidade de inovação e profundo conhecimento da produção de cinema e audiovisual nacional.
Para a XXVI edição, soube encontrar um equilíbrio sensato e seguro entre o recurso às potencialidades digitais e a manutenção da fruição insuperável do espetáculo ‘in loco’.
Num ano profundamente atípico, é reconfortante constatar o cuidado com que a XXVI edição do Festival Caminhos do Cinema Português está a ser organizada, mantendo a qualidade que norteia a sua seleção filmográfica, mas mostrando igualmente uma grande capacidade para se adaptar a circunstâncias exigentes. Na qualidade de Reitor da UC, gostaria de sublinhar o notável serviço que o Festival assim presta, de novo, a produtores, criadores e espetadores.
Defendemos que o cinema deve ter espaço para encontrar o seu público, os Caminhos do Cinema Português permitem, num só momento, ter acesso à maior programação de cinema português num só festival. A possibilidade de seleccionar e organizar, programar e exibir é fundamental para que o ciclo dos filmes fique completo.
O Festival Caminhos do Cinema Português abole as fronteiras entre o cinema e os seus públicos, respeitando a importância da sala de cinema, onde serão exibidos todos os filmes em competição, mas permitindo, neste ano excecional, que o cinema vá também de encontro aos públicos escolares e seniores em salas de cinema improvisadas. É a experiência do visionamento em comunidade, por um lado, e a possibilidade de discussão e partilha de experiências sobre os filmes, por outro, que o torna num acontecimento tão importante para públicos tão diversos.
“Para a edição deste ano, que ocorre em plena situação de pandemia da COVID-19, foram também encontradas soluções que, acolhendo as recomendações das autoridades de saúde, permitem cumprir os objetivos do festival, o que traduz bem o espírito empreendedor e criativo da organização deste singular evento.”