Workshops Info

Informamos que os Workshops de Edição de Imagem, Cinematografia em Cinema Digital e Produção e Realização Vídeo se encontram praticamente esgotados. Pelo que a quem se inscreveu recomendamos o pagamento o quanto antes possível e caso o mesmo seja efectuado por transferência bancária ou vale postal, procedam ao envio do comprovativo  de forma a finalizar a inscrição.

Aproveitamos a ocasião para informar que a pré-inscrição sem pagamento não garante a reserva do lugar a partir do momento em que as vagas se encontram em vias de esgotar, pelo que qualquer nova inscrição que seja liquidada, se torna efectiva de imediato. Aproveitamos igualmente para informar que as Salas/Locais de Formação já se encontram definidos.
Relembramos que a Inscrição em qualquer Acção de Formação garante ao formando o acesso a todas as sessões do festival sem quaisquer custos, mediante apresentação de credencial e troca pelos correspondentes ingressos nas salas onde se realizam as exibições cinematográficas.

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Alguns números…

Secção Competitiva

Longas-metragens 749′
Curtas-metragens 391’41”
Documentários 814′
Animações 159’45”

Ensaios Visuais – 387’10”
Caminhos Juniores 59′ x 7 dias
Cinema Europeu 691′

Conferências 2
Workshops 5
19 Bandas, Artistas e DJs

Evento Inédito – A Jigsaw musicam Respirar (Debaixo de Água) de António Ferreira

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Cinema Novo ao Contemporâneo

Dia 17 – Quarta-feira
18h TAGV – Foyer
1. Do Cinema Novo ao Cinema Contemporâneo Português

Moderador: Paulo Jorge Granja
Conferencistas:
Paulo Cunha e Daniel Ribas

Do Novo Cinema à Escola Portuguesa
Ao longo da década de 60, uma nova geração cinéfila formada nas principais escolas de cinema europeus, promoveram uma revolução cinematográfica em Portugal. Rejeitando a herança do passado cinematográfico português (com a excepção de Manoel de Oliveira), esta geração reivindicava uma filiação estética no cinema moderno europeu. Garantindo progressivamente o controlo da crítica, da realização, da produção e do ensino de cinema, esta geração promoveu uma (re)invenção do cinema português mesmo antes da revolução política e social de Abril de 1974.No final dos anos 70 e inícios dos anos 80, algumas obras de autores como Manoel de Oliveira, António Reis, João César Monteiro ou Paulo Rocha registaram um significativo reconhecimento em prestigiados certames cinematográficos internacionais. Coincidindo com a entrada de Portugal no espaço económico comum europeu (1986) e sustentando-se em argumentos culturais e económicos, o poder político e cultural português favoreceu a promoção de uma tendência estética que seria baptizada de “Escola Portuguesa”, pretendendo criar uma espécie de região demarcada de criação de cinema e valorizar a especificidade de um cinema autoral.
Esta breve apresentação pretende fazer uma panorâmica analítica e reflexiva do cinema português produzido entre os anos 60 e os anos 80 e reflectir sobre um novo paradigma estético e criativo que se afirmou no cinema português dessas décadas.

Paulo Cunha
Licenciado, Mestre e Doutorando em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Membro do CEIS20 – Centro de Estudos Interdisciplinares do séc. XX da Universidade de Coimbra, grupo de trabalho Correntes Artísticas e Movimentos Intelectuais. Membro fundador e dirigente da AIM – Associação de Investigadores da Imagem em Movimento. Responsável pelas bases de dados Novo Cinema Português 1949-80 [www.ncinport.wordpress.com] e Crítica de Cinema em Portugal [www.critcinport.wordpress.com]. Programador, com Michelle Sales, do Bacalhau Cinema Clube, projecto de divulgação e promoção do cinema dos países lusófonos sedeado no Rio de Janeiro.

Tem participado em diversos encontros nacionais e internacionais, integrado comissões de diversos encontros académicos e científicos na área de história e estética do cinema.

O cinema português contemporâneo (1990-2010)
Nas duas últimas décadas o cinema português transformou-se. Com o advento das televisões privadas e com a adesão à União Europeia (e o fulgor financeiro que daí resultou), os filmes multiplicaram-se na mesma dimensão que os subsídios cresceram e as montagens financeiras internacionais se mostraram possíveis. Desse boom também surgiu uma diversificação de géneros: longas-metragens, curtas, documentários, animação, séries de televisão. Nesse sentido, o panorama audiovisual alterou-se. Com isso, também o cinema português se abriu aos novos autores.
Sintoma dessa abertura é a nova vaga de realizadores que ganham prémios em festivais importantes ou são citados em revistas da especialidade como autores a reter no futuro. O ponta de lança dessa visibilidade é, claro, Pedro Costa, mas muitos outros autores podem ser aqui citados: Miguel Gomes, João Pedro Rodrigues, João Canijo, Sandro Aguilar, Serge Tréffaut, Regina Pessoa, José Miguel Ribeiro, entre outros. Mas também o cinema comercial, que abertamente pretende dirigir-se ao grande público, procurou novas fórmulas e até aí novos autores arriscaram um novo modelo para o cinema português.
Querendo-se ou não, este novo movimento alterou, fortemente, os pressupostos produtivos, temáticos e estéticos do cinema português, que, em diferentes velocidades, se vai afastando da aura da “Escola Portuguesa”. Esta apresentação pretende, nesse sentido, lançar um conjunto de sinais que pretendem revelar a face do cinema português no final da primeira década do século XXI.

 

Daniel Ribas
É investigador de doutoramento da Universidade de Aveiro e professor do Instituto Politécnico de Bragança, ambos no campo dos Estudos Fílmicos. É licenciado em Som e Imagem (especialização em argumento) pela Universidade Católica Portuguesa e, durante anos, foi argumentista free-lancer e crítico de cinema. É membro fundador da Associação de Investigadores da Imagem e Movimento e editor da revista online DRAMA, uma publicação da APAD (Associação Portuguesa de Argumentistas e Dramaturgos). Tem também colaborado com o Curtas Vila do Conde – Festival Internacional de Cinema.

Moderador
Paulo Jorge Granja

É doutorando em História Contemporânea na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) e Mestre em História pela FLUC, em 2007. Assistente convidado na mesma instituição, onde lecciona, actualmente, a disciplina de Crítica Cinematográfica. Investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra (CEIS20-UC), onde tem trabalhado sobre a construção da legitimação estética do Novo cinema Português.

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Cinema e Outras Artes

Dia 22 – Quarta-feira
18h TAGV – Foyer
2. Cinema e Outras Artes: Práticas Artísticas

Moderador: Abílio Hernandez Cardoso
Conferencistas: Isabel Nogueira e Luciana Fina


Cinema e Outras Artes: Práticas Artísticas [ou o céu como limite]

Um dia aconteceu. Nos anos sessenta, na sequência dos experimentalismos das chamadas vanguardas históricas das duas primeiras décadas do século XX, e depois ainda das experiências de Marcel Duchamp, toma corpo a designada segunda escola das vanguardas – vanguarda tardia ou neovanguarda. Desenvolve-se principalmente no seguimento da pop art, colocando em evidência não a vontade de revolucionar mas de assumir a possível pulverização da arte, ou seja, o fim da sua jornada unívoca e unidireccionada da “época dos manifestos”. A arte descentralizara-se, fragmenta-se e tornara-se establishment, a qual, apesar de desligada de uma certa utopia, continuaria a revolucionar as gramáticas artísticas.
Passava-se do heroísmo a um anti-heroísmo. A arte era a vida e a vida era a arte. Sem mediação. E é justamente neste pulsar directo e visceral que vão acontecer das mais notáveis manifestações artísticas do século XX, nomeadamente pelo desaparecimento de pudor na mistura de linguagens e suportes – de cariz tradicional e outros, que entretanto surgem, como o vídeo –, ou na utilização do corpo, que marcariam um caminho de não retorno. Felizmente.

Isabel Nogueira

Licenciada em História da Arte (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra), Mestre em Teorias da Arte e Doutorada em Belas-Artes, área de especialização em Ciências da Arte (Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa).
Entre 2004 e 2006 foi assistente convidada na Licenciatura em Estudos Artísticos na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. É curadora de exposições e desenvolve trabalho de investigação/pósdoutoramento no Centre d’Arts Plastiques et Sciences de l’Art/Université Paris 1 Panthéon Sorbonne.
Também trabalha como professora adjunta convidada no Instituto Superior de Educação e Ciências em Lisboa e investigadora do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX/CEIS20/Universidade de Coimbra.

A Arte do Cinema – Migrações do gesto cinematográfico

Que momento da Arte do Cinema é este, em que os cineastas abrem a hipótese de uma mise-en-espace da sua obra, e em que tão numerosos são os artistas que optam pela imagem em movimento, vasculhando na matéria e na memória cinematográfica?
Empenhada em primeira pessoa nas migrações do gesto cinematográfico da sala obscura para o espaço do museu, Luciana Fina abre uma reflexão sobre a reconfiguração do objecto fílmico e uma renovada dialéctica com o campo das artes.

Luciana Fina

Trabalha inicialmente como programadora de cinema, em Itália e Portugal, colaborando principalmente com a Cinemateca Portuguesa, de 1991 a 1998. Em 1998 realiza o seu primeiro documentário. Focando a reflexão na relação do cinema com as outras artes, move  requentemente a sua criação para o campo das artes visuais.
A partir de 2003, tem concentrado o seu trabalho na constituição de uma galeria de retratos fílmicos, tendo regularmente exposto as suas instalações em contexto nacional e internacional.

Moderador
Abílio Hernandez Cardoso

É doutorado em Literatura Inglesa na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e professor de cinema na mesma faculdade. É também Director do Colégio das Artes – uma unidade orgânica da Universidade de Coimbra vocacionada para a arte contemporânea e na ligação desta com a arquitectura, o cinema e artes performativas. Actualmente, lecciona as cadeiras Argumento Cinematográfico e Cinema e Outras Artes no mestrado de Estudos Artísticos.

 

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Caminhos Juniores

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Dias 10, 11, 14, 15 e 16 de Novembro
10h – TAGV
Ginjas | Zepe e Humberto Santana | Animanostra | 6×2’
Afonso Henriques, O Primeiro Rei | Pedro Lino | 5’32’’
Dodu, O Rapaz de Cartão | José Miguel Ribeiro | Sardinha em Lata | 5’
Chocolatando | (Cord) Lorenzo Degl’Innocenti e Vítor Estudante | Curtas Metragens C.R.L. | 4’12’’
Amigo do Peito | (Cord) Tânia Duarte e Ícaro |  Curtas Metragens C.R.L. | 3’7’’
Brincarolas | Graça Gomes | Filmógrafo | 7’40’’
Leid Fatal e o Cotão | Ana Rita Correia | 2’23’’
Zé Pimpão “O Acelera” | Animostra | 8’4’’
Mr. Cat | Estrela Lourenço e Tatiana Serôdio | 5’9’’
O Relógio do Tomás | Cláudio Sá | Filmógrafo | 8’22’’

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Lista Final v2

Depois de um complicado processo de selecção eis a lista integral e final dos filmes em competição na XVII edição dos Caminhos do Cinema Português. Motivados pela representatividade de produções e pela equidade dos registos, consideramos que esta selecção é o conjunto da melhor produção cinematográfica do ano. Por agora um até já, e boas sessões de cinema.

Longas-metragens
Como Desenhar um Círculo Perfeito – Marco Martins | Ukbar Filmes | 96’
Duas Mulheres – João Mário Grilo | Costa do Castelo | 100’
Efeitos Secundários – Paulo Rebelo | CRIM Produções | 97’
Embargo – António Ferreira | Persona Non Grata | 83’
Marginais – Hugo Diogo | David & Golias/Costa do Castelo | 75’
O Inimigo sem Rosto – José Farinha | Take 2000 | 90’
O Último Voo do Flamingo – João Ribeiro | Fado Filmes | 90’
Um Funeral à Chuva – Telmo Martins | Lobby Productions | 118’


Curtas-metragens

1111 – M.F. Costa e Silva | Cine Clube de Avanca / Filmógrafo  | 9’53’’
3X3 – Nuno Rocha | Agência da Curta Metragem | 6’
Aguarde, Por favor! – Tiago Cravidão | Largo Filmes | 20’
Alfama – João Viana | Papaveronoir  | 15’
Amor Cego – Paulo Filipe Monteiro | Filmes de Fundo | 24’
BLARGHAAAHRGARG – Nuria Leon Bernanrdo | Clones | 16’42’’
Cavalos Selvagens – André Santos e Marco Leão | Ricochete Filmes | 11’
Consequências – Luís Ismael | Lightbox | 10’
Desavergonhadamente Real – Artur Serra Araújo | FBF Filmes | 18’10’’
Desta Água – Luís Diogo | Cine Clube de Avanca /Filmógrafo | 10’20’’
Directo – Luís Alvarães e Luís Mário Lopes | David & Golias | 14’
Embargado – Leandro Silva | Persona Non Grata | 30’
Hepicat – Nuno Portugal | Persona Non Grata | 12’
Kinotel – Christine Reeh | CRIM Produções | 15’
Momentos – Nuno Rocha | Filmes da Mente | 7’
Na Escola – Jorge Cramez | O Som e a Fúria  | 21’
O Espelho Lento – Solveig Nordlund | Ambar Filmes | 23’
O Jogo – Júlio Alves | Alfama Filmes | 22’
O Universo de Mya – Miguel Clara Vasconcelos | Ukbar Filmes | 10’43’’
Papá Wrestling – Fernando Alle | Clones | 8’53’’
Perdido e Achado – Victor Santos | Filmes da Mente | 7’
Senhor X – Gonçalo Galvão Teles | Fado Filmes | 22’
Um Dia Frio – Cláudia Varejão | Fundação Calouste Gulbenkian / Filmes do Tejo II | 27’
Verónica – António Gonçalves e Ricardo Oliveira | Uzi Filmes | 17’
Vicky e Sam – Nuno Rocha | Filmes da Mente | 14’

Documentários

42,195 Km – Júlio Alves | Arena Madrid | 30’
48 – Susana de Sousa Dias | Kintop | 92’50’’
A Evolução de Darwin – Pedro Sena Nunes | Vo’Arte | 38’
A Outra Guerra – Elsa Sertório e Ansgar Schäfer | Kintop | 45’
Escrever, Escrever, Viver – Solveig Nordlund | Ambar Filmes | 55’
Fantasia Lusitana – João Canijo | Periferia Filmes | 65’
Futebol de Causas – Ricardo Antunes Martins | Persona Non Grata | 70’
Legados de José Afonso – Marco Pereira e Filipe Carvalho | Tostão Furado | 51’02’’
M.H.M – Manuel Hermínio Monteiro – André Godinho | Midas Filmes | 55’
Mãe Fátima – Christine Reeh | CRIM Produções | 80’
Memórias de Fogo – Frederico Miranda | Quioto | 25’33’’
Minas de São Domingos – João Abecasis Fernandes | 15’
O Sustento da Vida – Mariana Castro e Sílvio Santana | EspalhaFitas  | 20’
O Toque da Gaita de Foles – Luís Margalhau | Restart |  21’35’’
Pare, Escute, Olhe – Jorge Pelicano | Costa do Castelo |  102’
Tobis Portuguesa – Manuel Mozos e Pedro Éfe | Pedro Éfe Prod. Filmes | 48’

Animações

A Única Vez – Nuno Amorim | Animais AVPL | 5’40’’
Algo Importante – João Fazenda | Animanostra | 7’
Café – Alex Gozblau e João Fazenda | Cine Clube de Avanca / Filmógrafo | 7’
Conto do Vento – Cláudio Jordão | Kotostudios / Cine Clube de Avanca | 7’
Desassossego – Lorenzo Degli’Innocenti | Sardinha em Lata | 20’
E Se… – Sandra F. Santos | Zeppelin Filmes | 7’
Ema & Gui – Nuno Beato | Sardinha em Lata | 7’
Mi Vida en Tus Manos – Nuno Beato | Sardinha em Lata | 8’30’’
O Relógio de Tomás – Cláudio Sá | Cine Clube de Avanca  | 8’
Os Irmãos Desastre III – Vítor Lopes | Cine Clube de Avanca | 2’
Os Olhos do Farol – Pedro Serrazina | Sardinha em Lata e Filmógrafo | 15’
Passeio de Domingo – José Miguel Ribeiro | Zeppelin Filmes | 20’
Um Gato sem Nome – Charlie Blue | Cine Clube de Avanca / Filmógrafo | 15’
Vacas – Isabel Aboim Inglez | Animais | 9’35’’
Viagem a Cabo Verde – José Miguel Ribeiro | Sardinha em Lata | 17’
Voa Voa Num prédio de Lisboa – Joana Toste | Gomtch Gomtch | 4’

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