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“O Cinema português nunca existiu” é o título de uma obra conhecida, chocante que desencadeia em nós a vontade de confrontar tal acepção. Ao longo dos últimos sete anos tive o prazer de verificar e denunciar que aquele juízo de valor está errado e longe da realidade. Se é verdade que a produção de cinema português foi e continua a ser parca, não é menos verdade que uma média de cinquenta filmes portugueses têm entrado em competição ano após ano no único festival de cinema nacional – os Caminhos do Cinema Português.
Nas últimas quinze edições este conseguiu afirmar-se ao nível local e nacional como um espaço de referência onde o público pode assistir à maior montra de filmes portugueses, nos diversos formatos, complementada por um vasto leque de actividades paralelas. Estamos orgulhosos de ter conseguido este reconhecimento e ter contribuído decisivamente para a deslocalização geográfica de que padecem a maioria dos eventos culturais, ao realizar no centro do país este evento singular.
Queremos continuar a contestar a estranha relação que se criou entre o público português e o seu cinema, da qual estamos todos cientes, reforçando o evento com as suas componentes de formação como é o caso dos Workshops, das sessões para crianças, no caso dos Caminhos Juniores, e continuar a apostar na exibição dos trabalhos resultantes das diversas Escolas de Cinema, no caso dos Ensaios Visuais. O Festival não poderá assentar somente nas sessões competitivas, mas tem que ser obrigatoriamente preenchido com estas actividades basilares. E à semelhança da produção, entendemos ser impossível descurar a promoção e exibição da nossa cinematografia.
Esperamos que as entidades locais, regionais e nacionais saibam acolher mais uma vez semelhante projecto e o ajudem a desaborchar. Sem dúvida que ele é merecedor de tal atitude. Por agora um até breve, pois começarão a sair mais novidades.
Dossiê de Imprensa Cinemalogia 3 Fotografias Formadores Cinemalogia
Dossiê de Imprensa 2011
Fotos Ensaios Visuais Fotos Júris Fotos Secção Competitiva
O nosso clipping encontra-se disponível aqui.
Sábado 18 de Abril
17h00 Mini Auditório Salgado Zenha
El Sol del Membrillo de Víctor Erice – 130′
Domingo 19 de Abril
17h00 Mini Auditório Salgado Zenha
Abre los Ojos de Alejandro Aménabar – 119′
Segunda-feira 20 de Abril
17h00 Mini Auditório Salgado Zenha
Lucia e o Sexo de Julio Medem – 128′
Terça-feira 21 de Abril
17h00 CLP – Faculdade Letras/UC
La Celestina de Gerardo Vera – 92’
Quarta-feira 22 de Abril
17h00 Mini Auditório Salgado Zenha
El Otro Lado de la Cama de Emilio Martínez Lázaro – 104′
Quinta-feira 23 de Abril
17h00 Mini Auditório Salgado Zenha
Cosas que Hacen que la Vida Valga la Pena de Manuel Gómez Pereira – 90′
Sexta-feira 24 de Abril
17h00 Mini Auditório Salgado Zenha
Mar Adentro de Alejandro Amenábar – 125′
Sábado 25 de Abril
17h00 Mini Auditório Salgado Zenha
Tiovivo, c.1950 de José Luis Garci – 150′
Dia 10 – Quinta-feira
17h30 – Centro Cultural D. Dinis
Luzes, Câmara, Assalto | Fábio Veríssimo | Universidade da Beira Interior | 10’10’’
Climbing | Joaquim Fontes | Universidade do Porto | 3’20’’
A New Page | Mónica Ferreira e João Luz | ESTA – IPT | 5’41’’
Artur | Flávio Pires | Universidade Católica Portuguesa – Porto | 18’
Esquecimento | João Luz | ESTA | 15’
Cortextualizar – António Jardim | João Abreu e Pedro Gonçalves | FBAUP | 18’
Dia 11 – Sexta-Feira
17h30 – Centro Cultural D. Dinis
Natural Intervenção | Tiago Cerveira | ESEC-TVAAC | 3’
(O meu) Outro mundo | André Agostinho| Universidade Lusófona | 16’35’’
Deeper [re]start | Ana Zilhão | Restart | 59’’
Olívia | Eduarda Pinto |UBI | 26’29’’
A Parideira | José Miguel Moreira | ESMAE-IPP | 20’
Mutter | Tony Costa e Rafael Martins | Universidade Lusófona | 8’26’’
Dia 14 – Segunda-feira
17h30 – Centro Cultural D. Dinis
Beijos Ternos são difíceis de encontrar | Inês Ponte| University of Manchester| 20’53’’
Piton | André Guiomar | Universidade Católica Portuguesa – Porto | 19’56’’
O Milagre | Amadeu Pena da Silva | ESMAE – IPP | 11’20’’
A Corrida | Rui Madruga, Catarina Carrola | Universidade Lusófona | 9’30’’
Novelo de Lã | Mónica Ferreira | ESTA-IPT | 5’25’’
Cubolution | Paulo Lopes | ETIC | 4’36’’
A Musa | Diana Cardoso | ETIC | 6’45’’
Dia 15 – Terça-feira
17h30 – Centro Cultural D. Dinis
Beija-me Depressa | José Ricardo Lopes | ESTC | 24’42’’
Alguma Coisa tinha de Acontecer | Mónica Ferreira | ESTA-IPT | 7’23’’
Alegoria dos Sentidos | Nelson de Castro e Wilson Pereira | Universidade Lusófona | 11’44’’
Submersa | Alexia Fernandes | ETIC | 15’
Quando os Monstros se vão embora | Bernardo Gramaxo | Universidade Lusófona | 13’14’’
Dia 16 – Quarta-feira
17h30 – Centro Cultural D. Dinis
They Shoot Crows…don´t They? | Joana Filipa Sá | UBI | 25’
Trash TV | Rodolfo Rodrigues | ETIC | 3’07’’
Como fazer pranchas de Surf | Marco Ribeiro | Restart | 7’50’’
Demora | Ricardo Martins | Restart | 3’42’’
Despedida | Andrea Fernández | Restart | 9’55’’
O Gato | Bernardo Ferreira e João Teixeira | Restart | 9’44’’
Assembly Line | Tiago Ferreira | Restart | 5’28’’
Deja Vú City | Fábio Cunha | 6’46’’
Dear Visitor,
If you are searching for an English version of this website, that information is not available. However, you can get all kind of information related from the 8th to the 19th Edition of the Festival through the Official Catalogs, in Portuguese as well as in English.
Grande Prémio do Festival
Deus não Quis, de António Ferreira
Prémio para a Melhor Longa-Metragem
Daqui p’ra Frente, de Catarina Ruivo
Prémio para a Melhor Curta-Metragem
Antes de Amanhã, de Gonçalo Galvão Teles
Menção Honrosa
Ossudo, de Júlio Alves
Mulheres Traídas, de Miguel Marques
Prémio Revelação
No Ponto mais Alto da Lua, de Marina Palácio
JÚRI FICC
Prémio Dom Quijote – Júri da Federação Internacional de Cineclubes
Tóquio Porto 9 Horas, de João Brochado
Prémio de Imprensa
Deus não Quis, de António Ferreira
Prémio do Público
Dot.Com de Luis Galvão Teles
Além disso, a cópia enviada à organização do festival continha legendas que se repetiam a cada quinze minutos com a seguinte máxima:FOR PER VIEW PROPOSES ONLY … O que o torna ainda mais incompreensível ou inconcebível ou, mesmo, inaceitável.
Na tentativa de "dinamizar" o cinema, atrair o público e divertir, o cinema português tem caído em armadilhas como "Corrupção" que nos fazem reflectir sobre o compromisso ético com a sétima arte ou, no mínimo, sobre o respeito com o qual o público deveria ser tratado.
Tudo sem um certo ar retrospectivo, a começar pelos personagens – em uma constante revisão dos seus passados. Entretanto, o olhar do realizador é sobretudo contemporâneo: consegue misturar poesia com road movie e ainda continuar a parecer um filme português dos bons. O enredo, na fragilidade de um encontro casual entre dois desconhecidos, estabelece uma profunda relação sensual entre Maria e Diniz com cenas absolutamente sugestivas – com um som muito bem trabalhado, aliás marca do realizador que desde Belarmino estabelece a banda sonora não como um complemento à imagem, mas como um elemento potencializador da síntese entre o som e imagem.
Os diálogos surpreendem – pela imprevisibilidade e sofisticação. Mas a força maior do filme é mesmo os actores, ou os complexos personagens que eles conseguem estabelecer na inconstância de vidas frágeis que se impõe no encontro entre a sexual rapariguinha de 20 e poucos anos orfã e o senhor de meia-idade amargurado e repleto de frustrações. Pode soar o clichê, mas de facto Fernando Lopes apropria-se disso muito bem e faz nos sorrir outra vez…
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