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16 Anos

Chegamos à XVI edição do Festival. Não perca o melhor da produção nacional do último ano, naquele que é o único palco dedicado ao cinema português. Esperamos que a programação que lhe propomos seja do seu agrado.

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Bem Vindos

“O Cinema português nunca existiu” é o título de uma obra conhecida, chocante que desencadeia em nós a vontade de confrontar tal acepção. Ao longo dos últimos sete anos tive o prazer de verificar e denunciar que aquele juízo de valor está errado e longe da realidade. Se é verdade que a produção de cinema português foi e continua a ser parca, não é menos verdade que uma média de cinquenta filmes portugueses têm entrado em competição ano após ano no único festival de cinema nacional – os Caminhos do Cinema Português.

Nas últimas quinze edições este conseguiu afirmar-se ao nível local e nacional como um espaço de referência onde o público pode assistir à maior montra de filmes portugueses, nos diversos formatos, complementada por um vasto leque de actividades paralelas. Estamos orgulhosos de ter conseguido este reconhecimento e ter contribuído decisivamente para a deslocalização geográfica de que padecem a maioria dos eventos culturais, ao realizar no centro do país este evento singular.

Queremos continuar a contestar a estranha relação que se criou entre o público português e o seu cinema, da qual estamos todos cientes, reforçando o evento com as suas componentes de formação como é o caso dos Workshops, das sessões para crianças, no caso dos Caminhos Juniores, e continuar a apostar na exibição dos trabalhos resultantes das diversas Escolas de Cinema, no caso dos Ensaios Visuais. O Festival não poderá assentar somente nas sessões competitivas, mas tem que ser obrigatoriamente preenchido com estas actividades basilares. E à semelhança da produção, entendemos ser impossível descurar a promoção e exibição da nossa cinematografia.

Esperamos que as entidades locais, regionais e nacionais saibam acolher mais uma vez semelhante projecto e o ajudem a desaborchar. Sem dúvida que ele é merecedor de tal atitude. Por agora um até breve, pois começarão a sair mais novidades.

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Material Imprensa

Dossiê de Imprensa Cinemalogia 3                          Fotografias Formadores Cinemalogia

                                                                               

 

Dossiê de Imprensa 2011

        

Fotos Ensaios Visuais                       Fotos Júris                              Fotos Secção Competitiva

                                                                  

 

 

O nosso clipping encontra-se disponível aqui.

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Cinema Europeu

Sábado 18 de Abril
17h00 Mini Auditório Salgado Zenha

El Sol del Membrillo de Víctor Erice – 130′

Domingo 19 de Abril
17h00 Mini Auditório Salgado Zenha

Abre los Ojos de Alejandro Aménabar – 119′

Segunda-feira 20 de Abril
17h00 Mini Auditório Salgado Zenha

Lucia e o Sexo de Julio Medem – 128′

Terça-feira 21 de Abril
17h00 CLP – Faculdade Letras/UC

La Celestina de Gerardo Vera – 92’

Quarta-feira 22 de Abril
17h00 Mini Auditório Salgado Zenha

El Otro  Lado de la Cama de Emilio Martínez Lázaro – 104′

Quinta-feira 23 de Abril
17h00 Mini Auditório Salgado Zenha

Cosas que Hacen que la Vida Valga la Pena de Manuel Gómez Pereira – 90′

Sexta-feira 24 de Abril
17h00 Mini Auditório Salgado Zenha

Mar Adentro de Alejandro Amenábar – 125′

Sábado 25 de Abril
17h00 Mini Auditório Salgado Zenha

Tiovivo, c.1950 de José Luis Garci – 150′

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Ensaios Visuais

Dia 10 – Quinta-feira
17h30 – Centro Cultural D. Dinis

Luzes, Câmara, Assalto | Fábio Veríssimo | Universidade da Beira Interior | 10’10’’
Climbing | Joaquim Fontes | Universidade do Porto | 3’20’’
A New Page | Mónica Ferreira e João Luz | ESTA – IPT | 5’41’’
Artur | Flávio Pires | Universidade Católica Portuguesa – Porto | 18’
Esquecimento | João Luz | ESTA | 15’
Cortextualizar – António Jardim | João Abreu e Pedro Gonçalves | FBAUP | 18’

Dia 11 – Sexta-Feira
17h30 – Centro Cultural D. Dinis

Natural Intervenção | Tiago Cerveira | ESEC-TVAAC | 3’
(O meu) Outro mundo | André Agostinho| Universidade Lusófona | 16’35’’
Deeper [re]start | Ana Zilhão | Restart | 59’’
Olívia | Eduarda Pinto |UBI | 26’29’’
A Parideira | José Miguel Moreira | ESMAE-IPP | 20’
Mutter | Tony Costa e Rafael Martins | Universidade Lusófona | 8’26’’

Dia 14 – Segunda-feira
17h30 – Centro Cultural D. Dinis

Beijos Ternos são difíceis de encontrar | Inês Ponte| University of Manchester| 20’53’’
Piton | André Guiomar | Universidade Católica Portuguesa – Porto | 19’56’’
O Milagre | Amadeu Pena da Silva | ESMAE – IPP | 11’20’’
A Corrida | Rui Madruga, Catarina Carrola | Universidade Lusófona | 9’30’’
Novelo de Lã | Mónica Ferreira | ESTA-IPT | 5’25’’
Cubolution | Paulo Lopes | ETIC | 4’36’’
A Musa | Diana Cardoso | ETIC | 6’45’’

Dia 15 – Terça-feira
17h30 – Centro Cultural D. Dinis

Beija-me Depressa | José Ricardo Lopes | ESTC | 24’42’’
Alguma Coisa tinha de Acontecer | Mónica Ferreira | ESTA-IPT | 7’23’’
Alegoria dos Sentidos | Nelson de Castro e Wilson Pereira | Universidade Lusófona | 11’44’’
Submersa | Alexia Fernandes | ETIC | 15’
Quando os Monstros se vão embora | Bernardo Gramaxo | Universidade Lusófona | 13’14’’

Dia 16 – Quarta-feira
17h30 – Centro Cultural D. Dinis

They Shoot Crows…don´t They? | Joana Filipa Sá | UBI | 25’
Trash TV | Rodolfo Rodrigues | ETIC | 3’07’’
Como fazer pranchas de Surf | Marco Ribeiro | Restart | 7’50’’
Demora | Ricardo Martins | Restart | 3’42’’
Despedida | Andrea Fernández | Restart | 9’55’’
O Gato | Bernardo Ferreira e João Teixeira | Restart | 9’44’’
Assembly Line | Tiago Ferreira | Restart | 5’28’’
Deja Vú City | Fábio Cunha | 6’46’’

 

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English Version

Dear Visitor, 

If you are searching for an English version of this website, that information is not available. However, you can get all kind of information related from the 8th to the 19th Edition of the Festival through the Official Catalogs, in Portuguese as well as in English.

 

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Os Premiados!

Finalmente temos os vencedores de 2008, antes de revelar os seus nomes deixar em nome da organização do festival um muito obrigado pela sua participação, carinho e empenho em promover, divulgar e estimular o gosto pelo cinema português coisa que se reflecte pela sua participação neste festival. Mas a hora é dos vencedores, eis os melhores de 2008 nas diferentes categorias:
 
JÚRI OFICIAL
Grande Prémio do Festival

Deus não Quis, de António Ferreira
"pela forma cinematograficamente belíssima com que conta uma história de amor trágica, com uma excelente desenvoltura narrativa, numa concepção global da obra que considera dignificar o Cinema Português." 

Prémio para a Melhor Longa-Metragem

Daqui p’ra Frente, de Catarina Ruivo
"pela coragem com que a realizadora assumiu uma temática interessante e difícil, por caminhos inexplorados, pela sua sensibilidade e criatividade e ainda pela beleza crua da fotografia e fluidez da narrativa." 

Prémio para a Melhor Curta-Metragem

Antes de Amanhã, de Gonçalo Galvão Teles
"pela forma irrepreensível e surpreendente segurança com que filmou e nos passou, em poucos minutos, tanta informação e sentimento, renovando-nos a esperança no Cinema Nacional." 

Menção Honrosa
China, China, de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata
"pela originalidade do argumento, pela excelente direcção de actores e pelos riscos assumidos e capacidade de nos provocar sensações tão contraditórias." 
Prémio para a Melhor Animação
Ossudo, de Júlio Alves
"pela dramaticidade dos traços, pela beleza da musicalidade, e pela magnífica atmosfera." 
Prémio para o Melhor Documentário
Mulheres Traídas, de Miguel Marques
"pela originalidade do desafio e por nos ter proporcionado momentos tão surpreendentes e divertidos." 

Prémio Revelação

No Ponto mais Alto da Lua, de Marina Palácio
"pela maravilhosa e poética animação."

JÚRI FICC
Prémio Dom Quijote – Júri da Federação Internacional de Cineclubes

Tóquio Porto 9 Horas, de João Brochado
"The jury appreciates how such a simple yet clever idea shows us the differences and similarities between two cities that are so far away, one in Asia and one in Europe. We are observers to the people everyday life, and the director doesn´t try to interfere or tell us what to think. We find the film very fascinating because it shows the two cities activities at the same time, side by side, using split-screen.  It can be understood all over the world, with no explanation or translation needed. It is a true global film." 
 
JÚRI IMPRENSA
Prémio de Imprensa

Deus não Quis, de António Ferreira
“pois a narrativa desenrola-se sem qualquer diálogo, apostando na emotividade visual, reforçando deste modo o tema da separação e do reencontro ansiado por ambas as personagens.” 
PÚBLICO
Prémio do Público

Dot.Com de Luis Galvão Teles
 
 
 

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Crónica

A segunda longa-metragem a concorrer na XV edição do Caminhos do Cinema português, "Corrupção", filme não assinado pelo director mas produzido por Alexandre Valente causou surpresa. Porém, não foi pelas peculiaridades da película – que mistura o non-sense e a telenovela numa tentativa de film noir que, por esses motivos, fica distante de qualquer tentativa de compreensão. Cenas gratuitas, personagens mal-estruturados, um frágil e confuso enredo que envolve a corrupção no universo do futebol e figurões da política em Portugal, não convence e incomoda.
Além disso, a cópia enviada à organização do festival continha legendas que se repetiam a cada quinze minutos com a seguinte máxima:FOR PER VIEW PROPOSES ONLY … O que o torna ainda mais incompreensível ou inconcebível ou, mesmo, inaceitável.
Na tentativa de "dinamizar" o cinema, atrair o público e divertir, o cinema português tem caído em armadilhas como "Corrupção" que nos fazem reflectir sobre o compromisso ético com a sétima arte ou, no mínimo, sobre o respeito com o qual o público deveria ser tratado.
Entre curtas e longas a surpresa da segunda noite foi mesmo a película de João brochado "Tóquio Porto 9 Horas" que, como sugere o título, traça um imprevisível paralelo entre estas duas cidades que revelam, na sua diferença,uma estranha semelhança. Bastante gráfico, com boa fotografia e excelente escolha na selecção dos espaços a filmar. O filme revela uma consistência na realização e o bom gosto do director.

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Crónica

98 octanas, de Fernando Lopes

Tudo sem um certo ar retrospectivo, a começar pelos personagens – em uma constante revisão dos seus passados. Entretanto, o olhar do realizador é sobretudo contemporâneo: consegue misturar poesia com road movie e ainda continuar a parecer um filme português dos bons. O enredo, na fragilidade de um encontro casual entre dois desconhecidos, estabelece uma profunda relação sensual entre Maria e Diniz com cenas absolutamente sugestivas – com um som muito bem trabalhado, aliás marca do realizador que desde Belarmino estabelece a banda sonora não como um complemento à imagem, mas como um elemento potencializador da síntese entre o som e imagem.
Os diálogos surpreendem – pela imprevisibilidade e sofisticação. Mas a força maior do filme é mesmo os actores, ou os complexos personagens que eles conseguem estabelecer na inconstância de vidas frágeis que se impõe no encontro entre a sexual rapariguinha de 20 e poucos anos orfã e o senhor de meia-idade amargurado e repleto de frustrações. Pode soar o clichê, mas de facto Fernando Lopes apropria-se disso muito bem e faz nos sorrir outra vez…

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