Conseguimos extrair, através da análise dos filmes produzidos em certa época, o estado actual das coisas. O cinema português pode funcionar como um género de manifesto cultural contra as coisas nefastas da situação estagnada do nosso país.
João Pais
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Os Caminhos começam a ser percorridos nesta XXI edição no Auditório do Conservatório de Música de Coimbra. Para o nosso festival, cinema não deve ser apenas mostrado para ser visto e ouvido, mas também tem de fornecer a semente ideal necessária para estimular o nascimento de novas obras.
A esperança e amor são dois sentimentos que, aliados, tornam possível todas as coisas racionalmente inalcançáveis. Continuamos com a temática ‘Amar de todas as formas’¸ mostrando que a paixão por alguém ou algo consegue mover este caminho emocional que é o amor.
O amor e a paixão sempre foram representados no cinema. A capacidade de transferir para tela sentimentos de cumplicidade, partilha e comunhão tem-se feito de variadas formas, das mais ingénuas e jovens às mais maduras e contemplativas. Amar deve ser isso mesmo, amar de todas as formas e maneiras.
Ver cinema poderá ser catarse, seja esta pelo riso, pelo choro ou mesmo pelo medo. São esses sentimentos criados dentro do espectador, aquando da exibição de um filme, que o fazem esquecer ou cristalizar na sua memória certas obras.
Consideramos o Cinema Português uma obra elaborada por várias mãos. É interessante reparar no fenómeno de novos realizadores que brotam anualmente, com interessantes produções que merecem ser mostradas. Não é por acaso que surgiu a categoria ‘Selecção Novíssimos’ que tem no seu cerne a ideologia de mostrar primeiras obras, cuja inspiração é variada.
A capacidade de documentar vai para além do captar o óbvio. São vários os artistas que documentam o seu próprio país e o mundo que os rodeia, sob uma perspectiva de mostrar aquilo que ainda não foi visto. Partilhar aquilo que a massa desconhece.
O mundo onírico servirá sempre de inspiração aos nossos artistas, não é por acaso que se despertou automaticamente a temática ‘Sonhar e Ficcionar em Português’, em que o mundo dos sonhos e da ficção criada entram em completa harmonia. O mundo ideal pode, assim, ser sonhado e ficcionado em cinema.
Começamos o segundo dia do festival com a abertura da temática ‘Preconceito e Cegueira Moral’, que tem como objectivo alertar a nossa audiência para ideias pré-concebidas que detenham, mostrando-lhe realidades que por vezes são desconhecidas.