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“O Fim do Mundo” e outros premiados pelo Festival Caminhos regressam ao grande ecrã


Quarta-feira, dia 16 de dezembro

Mas “O Fim do Mundo” não regressa sozinho à tela do Estúdio 2 das Galerias Avenida. Na quarta-feira, dia 16 de dezembro, são cinco as películas a serem repostas. A noite abre com a curta de animação “Embers” (Adriano Palha), seguindo-se “Corte”, filme que recebeu o Prémio da Federação Portuguesa de Cineclubes para Melhor Ensaio Nacional. 

Do trabalho de Afonso e Bernardo Rapazote, o público pode, assim, esperar “uma voz autoral fresca e original”. A programação de quarta-feira repõe ainda “O Cordeiro de Deus” (David Pinheiro Vicente), que traz consigo o “desempenho luminoso” de Carla Galvão e uma caracterização de uma enorme “coerência e expressividade”. Mas é com “Selvajaria” (Camila Mendes) e “Catavento” (João Rosas) que a noite se encerra.

Festival

 

Quinta-feira, dia 17 de dezembro

Aquela que é (por enquanto) a última das reposições do Festival Caminhos devolve ao grande ecrã três curtas de animação: “Lascas” (Natália Azevedo Andrade), “Mesa” (João Fazenda) e “O Presidente Veste Nada” (Clara Borges e Diana Agar). Enquanto a primeira se distingue pelos seus “laivos surrealistas”, a segunda “estende uma toalha de sons e melodias”. Já da terceira pode esperar-se uma “inventividade” que a faz mesmo ultrapassar as “convenções de género”.

A programação da noite despede-se com “A Greenhouse” (Francisco Pereira Coutinho) e com um outro filme que, alimentando um certo mistério, apenas será divulgado mais próximo da data.

Festival

 

Programação das Reposições

15 de dezembro, Estúdio 2 das Galerias Avenida
20h30 | Reposições
  • O Fim do Mundo (Basil da Cunha) – Grande Prémio do Festival – Turismo do Centro e Prémio D. Quijote

“Um tempo, um imaginário e um elenco generoso permitiram a construção de um universo emocionalmente duro, mas que nos acompanha numa reflexão muito depois de o filme ter terminado” (Justificativa apresentada pelo Júri Caminhos para entregar o Grande Prémio do Festival)

“A familiaridade do cineasta com a comunidade de Reboleira, adquirida ao viver e trabalhar com eles durante uma década, é evidente nesta longa-metragem  que revela um trabalho consistente, expresso pela empatia na relação com actores não-profissionais que se traduz em desempenhos notáveis. Os grandes planos transmitem-nos os pensamentos e sentimentos das personagens, o que dispensa muitas vezes os diálogos, quase sempre em criolo. A câmara à mão, seguindo o seu protagonista através do bairro, cria uma atmosfera de cerco, de claustrofobia, amparada pela luz alaranjada das ruas que  confere às sequências noturnas um quotidiano inquieto. Uma produção realizada de forma colaborativa e hábil, de um autor que com este filme cimenta um lugar de eleição na produção portuguesa, e que merece reconhecimento dentro e fora de portas” (Justificativa apresentada pelo Júri da Federação Internacional de Cineclubes para entregar o Prémio D. Quijote)

 

16 de dezembro, Estúdio 2 das Galerias Avenida
20h30 | Reposições

““Embers” tem uma construção narrativa complexa, tecendo-se ao som de um banda-sonora muito envolvente. A expressão gráfica que anima a tragédia é concordante com o tema explorado e destaca-se pela originalidade do seu autor” (Justificativa apresentada pelo Júri Ensaios para entregar a Menção Honrosa de Ensaio Nacional de Animação)

  • Corte (Afonso Rapazote e Bernardo Rapazote) – Prémio da Federação Portuguesa de Cineclubes para Melhor Ensaio Nacional

“A decisão da atribuição deste prémio é unânime pelos membros do júri. A curta-metragem “Corte” destacou-se pelo seu tema, universo, diálogos, casting, sonoplastia e figurinos. A singularidade do filme aporta uma voz autoral fresca, original. Sublinhamos a depurada ‘mise en scène’ e a coerência do seu sistema narrativo e estético, em diálogo com grandes obras da história do cinema, como “La Prise du pouvoir par Louis XIV”, de Rossellini” (Justificativa apresentada pelo Júri Ensaios para entregar o Prémio de Melhor Ensaio Nacional)

  • O Cordeiro de Deus (David Pinheiro Vicente) – Melhor Atriz Secundária e Melhor Caracterização

“Num mundo de sombras, o desempenho de Carla Galvão é luminoso” (Justificativa apresentada pelo Júri Caminhos para entregar o Prémio de Melhor Atriz Secundária)

“Uma grande coerência entre a expressividade da caracterização e o ambiente dramático ficcional” (Justificativa apresentada pelo Júri Caminhos para entregar o Prémio de Melhor Caracterização)

“O realizador mostra carinho e afeto pelas suas personagens, particularmente o protagonista. “Catavento”, através de uma escrita cuidada e calorosa, comunica eficazmente a incerteza sentida por um jovem numa encruzilhada, quando sente que tem “demasiadas escolhas” sobre o que fazer com a sua vida” (Justificativa apresentada pelo Júri da Federação Internacional de Cineclubes para a sua Menção Honrosa)

 

17 de dezembro, Estúdio 2 das Galerias Avenida
20h30 | Reposições
  • Lascas (Natália Azevedo Andrade)

“A mundividência e estética de “Lascas” surpreendeu de imediato todos os membros do júri. Contendo laivos surrealistas, a narrativa mantém um minimalismo que permite aos sentidos a sua fruição estética. Admirável é também a construção narrativa e o diálogo com tradições pictóricas extra-“ocidentais”” (Justificativa apresentada pelo Júri Ensaios para entregar a Menção Honrosa de Ensaio Internacional)

  • Mesa (João Fazenda) – Melhor Banda Sonora Original e Melhor Cartaz

“Entre copos, pratos e convivas, a música de Philippe Lenzini estende uma toalha de sons e melodias que gera uma maior partilha em torno da “Mesa”” (Justificativa apresentada pelo Júri Caminhos para entregar o Prémio de Melhor Banda Sonora Original)

“Quem vê o cartaz de João Fazenda começa de imediato a ver o filme” (Justificativa apresentada pelo Júri Caminhos para entregar o Prémio de Melhor Cartaz)

  • O Presidente Veste Nada (Clara Borges e Diana Agar) – Prémio da Federação Portuguesa de Cineclubes para Melhor Ensaio Nacional de Animação

“Saudamos a inventividade com que “O Presidente Veste Nada” figura os processos de trabalho numa fábrica têxtil através das ferramentas do cinema de animação. O filme vai além das convenções de género ao intercalar elementos do cinema de animação com elementos do cinema documental” (Justificativa apresentada pelo Júri Ensaios para entregar o Prémio de Melhor Ensaio Nacional de Animação)

“Um notável exercício de criação artística a vários níveis. Da sensibilidade estética visual ao pormenorizado trabalho de criação e edição sonora – não fosse o som a temática central do filme – passando pela relevância de que se reveste ao apontar a temáticas que não vemos ser abordadas regularmente. Tem, por isso, o potencial de despertar a curiosidade e interesse do público para os fenómenos invisíveis associados ao som, e a sua centralidade à experiência humana, que por vezes é tão subtil que se torna difícil de registar e analisar. Soa faz esse trabalho de registo e análise desses fenómenos, problematiza-os, e lança sementes de uma discussão que é habitualmente relegada para segundo plano.” (Justificativa apresentada pelo Júri Outros Olhares para entregar o Prémio de Melhor Filme Outros Olhares Galerias Avenida)

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