O porquê de tal fenómeno é o facto das séries de televisão, por serem mais rápidas e mais económicas na realização do que os filmes, tornam-se bastante mais lucrativas. Ora, o que sucede em Portugal, sobretudo desde o aparecimento de estações de televisão independentes, é o caso de se prestar cada vez mais atenção às produções televisivas, de modo a ganhar pontos numa guerra de audiências que, anteriormente, era inexistente. O sucesso de tais séries ou novelas de produção nacional atraem grande parte dos cineastas para o campo da televisão.
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify">Contudo, a competição não termina aqui. Os esforços da televisão não se limitam a tentar saturar os seus horários com séries, procurando mesmo apelar ao público de formatos diferentes. Com esta ideia, se popularizaram há alguns anos atrás os chamados “telefilmes”, que em nada diferem dos filmes apresentados em cinema excepto no meio por onde são transmitidos. De facto, muitos filmes produzidos para este formato contêm um grau de qualidade equivalente a muitas metragens exibidas nas salas de cinema.<br /><br />Contudo, creio que, apesar disto, não se deve temer a extinção do cinema nem a televisão tomar o seu lugar. Se bem que, hoje em dia, os programas televisivos conseguem maiores audiências, tal deve-se sobretudo a um conformismo exibido pelo público. E as produções em formato de filme têm maior interesse quando são destinadas às salas de cinema e não ao pequeno ecrã. Antes, referi que existe uma sensação única e um gosto específico em ir a uma sessão de cinema, que a televisão, por mais que se tente, não consegue emular. Felizmente, não serei o único a pensar assim e tal leva a que as salas de cinema não sejam extintas.</p>