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Discurso de Abertura

Caminhamos este percurso cinematográfico português há mais de 20 anos. Apesar disso, não conseguimos passar a ideia de uma estabilidade quanto à sua organização anual em Coimbra.

Não falamos da estrutura interna do festival, que tem mantido vivo e com alento este sonho de divulgar e premiar o cinema português – principalmente pela coerência e empenho da nossa organização e voluntários. Ainda assim, somos anualmente enfrentados com novos ordálios, especialmente criados por aqueles que se dizem interessados na divulgação da cultura nacional.

Pela primeira vez, e contra a tradição de há vários anos a esta parte, o festival vai ter as suas sessões competitivas divididas entre dois espaços: -no Conservatório de Música de Coimbra e no Teatro Académico Gil Vicente. Sem o apoio incrível dos responsáveis do Conservatório, teríamos tido a necessidade de encurtar a duração do nosso festival para poucos dias, como se apenas de um ciclo se tratasse.

Queremos lembrar que o Festival Caminhos do Cinema Português não é apenas mais um evento que mostra e premeia o cinema nacional: é o mais antigo festival com este escopo e faz parte da história do cinema português. Não necessitamos de falsas humildades: somos aquilo que a história registou.

Recebemos este ano perto de mil inscrições de obras para serem apreciadas e selecionadas. Se nos tivéssemos submetido às exigências de pequeno intelectual e pequeno dinamizador, teríamos colocado em causa o mote de mostrar ‘todo o cinema português’ em Coimbra.

Não estamos a realçar apenas um franco lapso de apoio, chamamos antes a atenção para uma tentativa proactiva, felizmente incapaz, em sabotar o trabalho deste festival, que já levou milhares de pessoas a conhecer a iniciativa e Coimbra em geral.
Sentimos que existem lacunas na cultura portuguesa que desejamos colmatar… Queremos mostrar aos portugueses o melhor daquilo que é produzido no seu território, apesar das rasteiras que tentam pregar-nos.

Queremos afirmar, nesta Edição dos Caminhos, que faremos tudo para cumprir o nosso objectivo: o de divulgar a arte cinematográfica portuguesa. Quaisquer tentativas de minar essa intenção por parte das entidades regionais, terá inevitavelmente a consequência de movermos as nossas actividades para locais onde sejamos melhor recebidos. Queremos divulgar o que é nosso, não por razões ideológicas e políticas, mas porque infelizmente poucos o fazem.

Agradecemos, por isso, a todos aqueles que saíram de suas casas e quiseram estar aqui nesta noite, a fazer parte da biografia do cinema português… seja activamente como espectador assíduo, ou como um apreciador breve. Somos palco de celebração desta arte e ponto de encontro de artistas e dinamizadores serios.

Obrigado a todos os que francamente nos ajudam a cumprir este desígnio. Contem connosco nessa tarefa e um excelente festival Caminhos.

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Cerimónia de Abertura do XXI Caminhos do Cinema Português

Começou a XXI edição do festival Caminhos do Cinema Português. Pela primeira vez o auditório do Conservatório de Música de Coimbra recebeu uma sessão do Caminhos e a plateia estava bem preenchida.

A noite teve inicio com um jantar de apresentação e convívio entre a organização do festival,membros dos vários júris e convidados que aceitaram o desafio do Caminhos a darem o seu apoio ao cinema português.

A cerimónia de abertura teve início com a projecção da curta-metragem produzida durante a edição anterior do curso de Cinemalogia, Nunca é Tarde, coordenada por Artur Serra Araújo. Foram convidados a subir ao palco alguns dos formandos do curso de Cinemalogia e partilhar o que os motivou a fazer a formação e também o que retiraram da experiência. Logo de seguida teve início a parte formal da cerimónia com o discurso de boas-vindas do director do festival Vítor Ferreira a todos os convidados e espectadores da sessão.

Por fim, entrámos verdadeiramente na secção competitiva principal do festival. A Selecção Caminhos teve início com a curta-metragem Lei da Gravidade, de Tiago Rosa-Rosso, sobre duas personagens de um filme português que questionam a sua própria existência dentro da sétima arte lusa. A sessão foi complementada com o documentário O Dr. Adrián e os 5 senhores, de Francisco Moura Relvas, que aborda o tema da esquizofrenia através de diferentes dimensões factuais presentes nos depoimentos do director clínico do Centro Hospitalar Conde Ferreira e de cinco dos seus pacientes.

Amanhã a Selecção Caminhos está de regresso logo às 15h no Conservatório de Música de Coimbra, onde ficará para mais sessões às 17h30 e às 21h30. Tem também início a Selecção Caminhos Mundiais, este ano dedicada à cinematografia austríaca, a decorrer no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, às 15h.

O Caminhos Film Festival decorre até ao dia 5 de Dezembro em vários espaços de Coimbra. Bem vindos ao cinema português.

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