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Informação Sessões e Actividades do Theatrix

O Centro de Estudos Cinematográficos da Associação Académica de Coimbra (CEC/AAC), enquanto entidade co-organizadora do Festival Caminhos do Cinema Português, foi informando verbalmente na madrugada do dia 17 de Novembro da intenção de quebra contratual por parte da Avenidartgest Lda, que gere o espaço denominado de Theatrix, com o cancelamento de todas as After Parties programadas para o espaço que acolhe o evento.

Em reunião de direcção tida, entende o CEC/AAC que as razões avançadas pela administração do Avenidartgest Lda, como motivo do cancelamento, inviabilizam a continuação desta parceria, na medida em que os problemas ao nível das instalações sanitárias não podem colocar em causa um conjunto de actividades e deixarem de se constituir como motivo para a cancelamento de outras.

Nesse sentido, entende o CEC/AAC que existe uma quebra de confiança, na administração do Avenidartgest Lda, e como tal todas as sessões de cinema agendadas para o espaço serão reprogramadas no decurso do festival para o Teatro Académico de Gil Vicente e Mini Auditório Salgado Zenha.

Mais entende a direcção do CEC/AAC que foi gravemente lesada ao nível moral e material por esta quebra contratual, sendo que a imagem do evento foi seriamente colocada em causa pela unilateralidade desta decisão, que em nada favorece as intenções expressas publicamente pela administração do espaço.

Entende a direcção do CEC/AAC prosseguir para a negociação de uma rescisão amigável do contrato de colaboração firmado com a Avenidartgest Lda, satisfeitos as cláusulas assinadas ao abrigo do referido contrato. Não descura igualmente o direito de agir judicialmente contra a Avenidartgest Lda, caso essa rescisão amigável não seja possível, pelos gastos financeiros efectuados na promoção do espaço e das actividades que foram canceladas.

As sessões de cinema foram reprogramadas da seguinte forma:

– A Secção Caminhos do Cinema Europeu e Ensaios Visuais serão realizadas nas datas e horários anteriormente delineadas, no Mini-Auditório Salgado Zenha na Associação Académica de Coimbra.
– As sessões anteriormente agendadas para as 17h30 e 22h de Sábado dia 20 de Novembro e integrantes da Secção Competitiva serão exibidas na Terça-feira dia 23 de Novembro às 15h e 17h30 respectivamente, no Teatro Académico de Gil Vicente.

Por último, a direcção do CEC/AAC informa que todos os esclarecimentos serão fornecidos aos órgãos de comunicação social sobre o processo que teve o seu desfecho de forma tão danosa para a XVII Edição dos Caminhos do Cinema Português.

 

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Crónica “Novo Cinema Português”, porquê?

– Crónica de Opinião –

 

Num país sem condições para ter uma indústria de cinema, como afirmou recentemente Fernando Lopes, pode parecer estranho que tenhamos passado de pioneiros, quando Aurélio Paz dos Reis, conseguiu convencer os Lumière a venderem-lhe uma câmara em 1896, a um estado que mais do que sucessão de crises recorrentes, mais parece uma virose endémica, com breves períodos de tréguas na relação cinema/espectadores.

Mas o certo é que os esforços se foram sucedendo ao longo dos 115 anos de vida do cinema para que o nosso país não tivesse uma cultura amputada da mais jovem e popular forma de arte, a mais democrática arte do século XX.

Na época salazarista nasceram os estúdios Tobis, hoje em sérios riscos de encerrarem as portas, a despeito dos inúmeros movimentos que tentam salvar uma peça única do património nacional e de que os Caminhos já tiveram uma excelente visão, através do documentário “Tobis Portuguesa”, de Manuel Mozos e Pedro Éfe, dois nomes à margem de qualquer suspeita, na negociata que o eventual encerramento proporcionará. Esta edição dos Caminhos programou muito oportunamente a Retrospectiva Cinema Novo, com cinco filmes emblemáticos do movimento que mudou o curso da história do cinema em Portugal.

Cortando radicalmente com uma cinematografia ao serviço do regime, assente basicamente em comédias para entreter o público, afastando-o dos reais problemas do país, um grupo de cineastas da geração de sessenta deu início a algo que mudaria definitivamente o rumo do cinema no nosso país.

Foram pioneiros a ficção “Dom Roberto”, realizada por Ernesto de Sousa em 1962, e o documentário “Almadraba Atuneira”, realizado por António Campos em 1963.
O primeiro contou com as participações de Raul Solnado, Nicolau Breyner e Rui Mendes, foi produzido através dum movimento cineclubista lançado pelo realizador através da revista Imagem, estreou no cinema Império em Lisboa a 30 de Maio de 1962 e obteve a consagração no Festival de Cannes de 1963, com um a Menção Especial do Júri.

O segundo é um trabalho independente, dum cineasta que assim se manteria, abrindo uma excepção para a sua única ficção. “Terra Fria”, um filme menos conseguido porque “só sabia trabalhar sozinho ou em equipas mínimas”, com meios e a expensas próprias., chegando ao ponto de adquirir um furgão Citroën H do S.A.A.P., Serviço de Abastecimento de Peixe ao País, criado por Henrique Tenreiro, adaptando-o de modo a transportar o equipamento de filmagem, revelar a película e editá-lo, trabalhando em qualquer lado e exibindo o filme de imediato.

A Retrospectiva Cinema Novo começou na passada segunda-feira com “Sofia e a Educação Sexual” de Eduardo Geada (1974), exibiu ontem “Brandos Costumes” de Alberto Seixas Santos (1975), hoje é a vez de “Perdido por Cem…” de António-Pedro Vasconcelos (1973), na quinta-feira será projectado “O Cerco” de António da Cunha Telles (1970) e fechará com chave de ouro, exibindo o documentário “Belarmino” de Fernando Lopoes (1964).

À margem da competição e apresentados no início das sessões, quando os realizadores, o desejam, um ciclo absolutamente a não perder para quem queira saber como ganhou o cinema português um estatuto internacional, de que está longe de desfrutar dentro de portas.

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Crónica “Queremos o Cinema! Dêem-nos o Cinema!”

Em 1995, ano em que o Cinema completou um século de vida, os ‘Cahiers du Cinéma’ publicaram uma entrevista feita a Federico Fellini que terminava questionando-o sobre a sobrevivência do cinema e cuja resposta foi “Um dia, as pessoas vão-se cansar da luz bruxuleante da televisão, desligarão os receptores, sairão à rua em magotes e erguerão os braços clamando defronte dos cinemas encerrados ‘Queremos o Cinema! Dêem-nos o Cinema!’.

Na noite do passado domingo, na Cerimónia de Abertura dos Caminhos do Cinema Português, a multidão que encheu literalmente a sala do TAGV para ver uma curta e uma longa realizadas por cineastas conimbricenses deu razão ao mestre e também a Godard, quando afirmou que “a televisão está para o esquecimento, como o cinema para a memória”.
Deu também uma grande alegria ao presidente da Direcção do ICA, José Pedro Ribeiro, que momentos antes durante o jantar referia “já ganhámos a batalha do cinema, falta só ganharmos a do público”.

Mas acima de tudo, gratificou duma forma generosa e ostensiva a equipa que, ano após ano, transforma Coimbra, cidade da Cultura, ma capital do Cinema Português, trazendo ao TAGV e ao, recuperado Theatrix, cerca de 170 filmes, desde os 67 da Secção Competitiva, aos exibidos nos Ensaios Visuais (trabalhos realizados pelos alunos das escolas de cinema), passando pelos Caminhos do Cinema Europeu, este ano dedicados à rica cinematografia turca, animações para os mais jovens nos Caminhos Juniores e Retrospectiva Cinema Novo, 5 obras escolhidas a dedo de entre os filmes mais emblemáticos do movimento que mudou o cinema português o projectou no mundo.
Até dia 23, oportunidade de ver muito e, acima de tudo, bom cinema, convivendo em torno dele e da música nas After Parties do Theatrix, diariamente a partir da meia-noite e meia. Desde dia 14 e até terça-feira, a Festa do Cinema Português, é em Coimbra, nos XVII Caminhos do Cinema Português.

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Apresentação do Filme O Cerco

À semelhança de Eduardo Geada que pediu aos Caminhos uma breve a presentação de “Sofia e a Educação Sexual”, filme que abriu o ‘Programa Cinema Novo’, também António da Cunha Telles nos sugeriu uma breve contextualização do seu O Cerco que exibiremos hoje, o 4º deste ciclo de cinco filmes emblemáticos do movimento iniciado nos anos 60 e que mudou definitivamente a imagem do cinema português, expondo-o aos olhos do mundo.
Cunha Telles é um caso curioso no panorama dos cineastas que deram corpo ao movimento.Oriundo da Madeira, onde começou a fazer cinema como amador, ainda em 9,5 milímetros, o formato criado pela Pathé francesa e que levaria a Kodak a lançar o 16 mm, veio para o continente integrar o grupo de pioneiros da RTP, o que lhe facultou o acesso a uma bolsa de estudo em Paris.
Estudou no I.H.D.E.C., Institute d’Hautes Études Cinématographiques de Paris, onde cursou realização a montagem, acabando por tirar uma licenciatura na Sorbonne e um curso de audiovisuais em St. Clois. Durante a permanência em Paris viveu praticamente na Cinemateca Francesa, bebendo o clima de euforia que caracterizavas a cinefilia à época.
De regresso a Portugal, estreou-se produzido filmes como Domingo à Tarde e Verdes Anos, ambos de Paulo Rocha e este último responsável pela revelação ao mundo da figura incontornável de Carlos Paredes (autor da banda musical), Katembe de Faria de Almeida que sofreria 60 cortes da censura e nunca foi exibido, estreando-se aqui no TAGV no próximo dia 27, com a presença do realizador e da mentora desta restauração Carmo Piçarra, e Belarmino de Fernando Lopes que amanhã encerra o ciclo.
Em finais dos anos 60, acabado o dinheiro para a produção, decidiu passar à realização com O Cerco, alvo de boicote no nosso país e enfim seleccionado para a “Semana da Crítica de Cannes”, sendo objecto dum extenso trabalho no “Le Monde”, colocando a actriz Maria Cabral na capa da revista “Elle” e sendo referida pela “Variety” norte-americana como “a futura grande actriz do cinema europeu”. Entre nós, o filme foi exibido 3 meses no Cinema Império, em 3 sessões diárias, tendo merecido ao crítico Lauro António a afirmação “O Cerco é o filme que eu gostaria de ter feito.”
O filme foi feito por 6 pessoas, quase sem dinheiro, com película fora de prazo paga a 1$00 por metro, cada actor recebeu o cachet simbólico de 10.000$00 e até o chefe-maquinista fez de actor principal. Mas, acima de tudo, O Cerco ficaria para a história pelo rosto sardento de Maria Cabral, pela extrema suavidade da película fora de prazo, pelo tratamento sensível dado às personagens, tema que mais prende o realizador, como voltaria a suceder décadas volvidas quando fez dum modelo chamado Marisa Cruz, a diva de Kiss Me.
À semelhança de Eduardo Geada que pediu aos Caminhos uma breve apresentação de Sofia e a Educação Sexual, filme que abriu o ‘Programa Cinema Novo’, também António da Cunha Telles nos sugeriu uma breve contextualização do seu O Cerco que exibiremos hoje, o quarto deste ciclo de cinco filmes emblemáticos do movimento iniciado nos anos 60 e que mudou definitivamente a imagem do cinema português, expondo-o aos olhos do mundo. Cunha Telles é um caso curioso no panorama dos cineastas que deram corpo ao movimento.Oriundo da Madeira, onde começou a fazer cinema como amador, ainda em 9,5 milímetros, o formato criado pela Pathé francesa e que levaria a Kodak a lançar o 16 mm, veio para o continente integrar o grupo de pioneiros da RTP, o que lhe facultou o acesso a uma bolsa de estudo em Paris.
Estudou no I.H.D.E.C., Institute d’Hautes Études Cinématographiques de Paris, onde cursou realização a montagem, acabando por tirar uma licenciatura na Sorbonne e um curso de audiovisuais em St. Clois. Durante a permanência em Paris viveu praticamente na Cinemateca Francesa, bebendo o clima de euforia que caracterizavas a cinefilia à época.
De regresso a Portugal, estreou-se produzido filmes como Domingo à Tarde e Verdes Anos, ambos de Paulo Rocha e este último responsável pela revelação ao mundo da figura incontornável de Carlos Paredes (autor da banda musical), Katembe de Faria de Almeida que sofreria 60 cortes da censura e nunca foi exibido, estreando-se aqui no TAGV no próximo dia 27, com a presença do realizador e da mentora desta restauração Carmo Piçarra, e Belarmino de Fernando Lopes que amanhã encerra o ciclo.
Em finais dos anos 60, acabado o dinheiro para a produção, decidiu passar à realização com O Cerco, alvo de boicote no nosso país e enfim seleccionado para a “Semana da Crítica de Cannes”, sendo objecto dum extenso trabalho no “Le Monde”, colocando a actriz Maria Cabral na capa da revista “Elle” e sendo referida pela “Variety” norte-americana como “a futura grande actriz do cinema europeu”. Entre nós, o filme foi exibido 3 meses no Cinema Império, em 3 sessões diárias, tendo merecido ao crítico Lauro António a afirmação “O Cerco é o filme que eu gostaria de ter feito.” 
O filme foi feito por 6 pessoas, quase sem dinheiro, com película fora de prazo paga a 1$00 por metro, cada actor recebeu o cachet simbólico de 10.000$00 e até o chefe-maquinista fez de actor principal. Mas, acima de tudo, O Cerco ficaria para a história pelo rosto sardento de Maria Cabral, pela extrema suavidade da película fora de prazo, pelo tratamento sensível dado às personagens, tema que mais prende o realizador, como voltaria a suceder décadas volvidas quando fez dum modelo chamado Marisa Cruz, a diva de Kiss Me.

 

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Crónica Abertura

– Crónica de Opinião –

Em 2010 abrem-se as portas para os Caminhos do Cinema Português com chave de ouro. Isto pois a noite de abertura do festival contará com a exibição do filme “Embargo”, produção maioritariamente feita na cidade de Coimbra, onde o festival se realiza anualmente. O novo trabalho de António Ferreira, que já nos presenteou com obras como “Respirar (Debaixo de Água)” (que também terá uma exibição especial no último dia do festival) e “Esquece Tudo o que te Disse”, é não só prova evidente do vasto contributo que a capital dos estudantes pode providenciar ao cinema nacional, mas também um excelente fruto criativo da ficção cinematográfica portuguesa actual.

A trama, adaptada de um conto de José Saramago, aborda a história de Nuno, o inventor de uma máquina que promete revolucionar a indústria do calçado e que, na véspera de um encontro de negócios crucial para o seu futuro, vê-se numa situação algo carismática (e surreal) que firma-se como obstáculo ao futuro que deseja para si e a sua família, num futuro afligido por uma crise marcada pela escassez de gasolina.

O filme, que muitos já classificaram como uma homenagem às comédias dos irmãos Coen e louvaram como uma das melhores adaptações dos escritos de José Saramago, acaba por ser muito mais que isso, pois desafia classificações e/ou géneros (nos tempos que correm, em que a falta de originalidade da sétima arte começa a ser palpável, tal é notável) e evoca um mundo pós-apocalíptico, em que a sátira e a criatividade andam de mãos dadas a mil à hora. Ao abordar uma visão algo metafórica da sociedade, mas com os pés assentes na cultura mundana portuguesa, o argumento da autoria de Tiago Sousa consegue criar e desenvolver um mundo próprio do conto original de Saramago em que se baseia.

Nesse cenário, é narrada uma história em que o desejo do homem comum de conseguir uma vida melhor é o centro fulcral de uma comédia dramática que consegue capturar até mesmo o mais desinteressado dos públicos. Tal deve-se à realização de António Ferreira, que envereda por um estilo visual bastante único no cinema nacional, embora mantendo um ambiente acessível a todos. O timing cómico e o ritmo narrativo presentes em “Embargo” são impecáveis e reveladores de um teor criativo bastante pessoal, que demonstra um artesão do cinema nacional em clara ascensão. Destaque também merecido ao elenco de actores, sucinto mas competente, que conferem emoção e suscitam empatia às personagens que encarnam e ao mundo que retratam. Sobretudo o actor Filipe Costa, que retrata na perfeição o protagonista, enquanto herói tragicamente afligido pelo mundo em crise que o rodeia. Por último, é de se louvar a banda sonora (da autoria de Luís Pedro Madeira) que confere um tom próprio ao filme.

Por mais que se possa falar do filme “Embargo” (e, de facto, a quantidade de pormenores que o filme comporta fornece papel onde se podem redigir várias opiniões e/ou debates) o bom mesmo será experienciar o filme numa sala própria de cinema e já que não se encontra mais em exibição nas salas comerciais (depois de várias semanas em que afluíram bastantes espectadores), é de se aproveitar a exibição de hoje à noite no TAGV para ver (ou rever) um dos grandes projectos do cinema nacional deste ano.

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Está quase!

 

A partir de amanhã não perca todo o cinema francês em Coimbra. Upsst! É o de cinema português que falamos! Com mais de 60 filmes em competição na selecção oficial, 25 em competição nos ensaios visuais! Mas muito mais, não perca as nossas formações e as conferências, bem como as sessões de cinema europeu no Theatrix Coimbra, ou ainda a retrospectiva de Cinema Novo. Para quem conseguir aguentar o dia,  e ainda tiver forças não se esqueça que pode queimar energia nas nossas afterparties.

 

Para já dê uma olhadela no Catálogo do Festival, e esteja a par de todas as novidades!

 

Capa Catalogo

 

 

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Workshops Info

Informamos que os Workshops de Edição de Imagem, Cinematografia em Cinema Digital e Produção e Realização Vídeo se encontram praticamente esgotados. Pelo que a quem se inscreveu recomendamos o pagamento o quanto antes possível e caso o mesmo seja efectuado por transferência bancária ou vale postal, procedam ao envio do comprovativo  de forma a finalizar a inscrição.

Aproveitamos a ocasião para informar que a pré-inscrição sem pagamento não garante a reserva do lugar a partir do momento em que as vagas se encontram em vias de esgotar, pelo que qualquer nova inscrição que seja liquidada, se torna efectiva de imediato. Aproveitamos igualmente para informar que as Salas/Locais de Formação já se encontram definidos.
Relembramos que a Inscrição em qualquer Acção de Formação garante ao formando o acesso a todas as sessões do festival sem quaisquer custos, mediante apresentação de credencial e troca pelos correspondentes ingressos nas salas onde se realizam as exibições cinematográficas.

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Alguns números…

Secção Competitiva

Longas-metragens 749′
Curtas-metragens 391’41”
Documentários 814′
Animações 159’45”

Ensaios Visuais – 387’10”
Caminhos Juniores 59′ x 7 dias
Cinema Europeu 691′

Conferências 2
Workshops 5
19 Bandas, Artistas e DJs

Evento Inédito – A Jigsaw musicam Respirar (Debaixo de Água) de António Ferreira

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