17h30 Começamos o nosso caminho com uma viagem pelo planeta sem sair da cidade de Coimbra, através de uma visita intimista ao Jardim do Botânico, na curta documental ‘O Inverno no Jardim’ de Ricardo Espírito Santo. Na mesma sessão das 17h30, passamos do espaço para a memória, com ‘E Agora? Lembra-me’ de Joaquim Pinto, sendo um tributo àqueles que existem e existiram. Com este realizador, viajamos também pelo tempo, fazendo-nos interrogar sobre questões globais e essenciais, deparando-nos com uma forma distinta de superação de VIH e VHC, através de ensaios clínicos com drogas tóxicas ainda não aprovadas. 22h00 Esta XX edição do festival Caminhos do Cinema Português tem como seu ponto inaugural oficial a Gala de Abertura. Se falamos de ‘Caminhos’, falamos de toda uma extensão de projectos, não só relacionados com o âmbito da exibição, como de formação. Exemplo disso é o filme ‘Paloma’, com coordenação de Nuno Portugal, realizado no âmbito do 3º curso de Cinemalogia, que com o mote ‘Até onde iria pelo grande amor da sua vida?’, nos mostra que a paixão pelo cinema pode levar a frutos interessantes. Vários são os portugueses espalhados pelo mundo, e José Trigueiros é um exemplo de como um português pode levar a sua arte para fora, neste caso para Espanha. Em ‘Dios por El Cuello’, vemos o confronto entre educação e emoção, com uma criança indecisa entre a vida religiosa com a sua mãe castradora e uma festa de aniversário proibida. Cada prédio tem portas por bater, por descobrir, sendo cada ela um mistério em si mesma. Não é por acaso que continuamos com ‘Bicicleta’ de Luís Vieira Campos, que nos mostra o bairro (vertical) do Aleixo onde é o espectador que abre essas mesmas portas e acede a conceitos de partilha baseado em colectividade e vizinhança. Começando pela vida de António, que se encontra na base da pirâmide laboral, vamos entrando dentro do quotidiano de cada um (da bruxa Blandina à mercearia clandestina de Gorete), percebendo que formam um todo.