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Projetos Académicos ganham vida nos grandes ecrãs

Amor, Avenidas Novas”, realizado por Duarte Coimbra, deu início à sessão. Entre a ausência e a presença de som, foi na troca de um colchão de casal, por um de solteiro que a personagem principal de seu nome Manel, conheceu Rita. Uma jovem estudante, assistente de produção, com quem trocou uma conversa sobre o amor.

Realizado por Joel Brandão, o filme “Margem” conduziu a sessão para a temática das famílias atuais. Num esforço, sem retorno, Lucinda Loureiro, encarna o papel de mãe que ao ver o seu filho mais velho regressar da prisão acredita que a sua vida vai retomar um novo rumo e que o seu filho mais novo vai regressar a casa. Numa narrativa aberta, que deixa o espetador inquieto sobre o destino dos jovens, abordasse o espírito egoísta dos filhos e a sua constante fuga das responsabilidades.

A história de uma menina de 14 anos que fez da rotina de uma mulher, a quem roubou a carteira, a sua, foi a metragem apresentada por Cristiana Forte. “She.Tema.Oha”, é o título desta narrativa que nos inquieta pelo constante encontro entre a mulher e a menina. Entre uma ida à manicure e ao supermercado, a menina continua a carregar consigo o saco do lixo com as latas que trouxe para conseguir algum dinheiro.

Kataryna Wisniowska, realizadora do ensaio “For you” apresenta uma narrativa interrogativa sobre a perseguição dos sonhos. A personagem principal, de seu nome Marta, regressa de Londres, onde estudou música. Contudo, ao ser surpreendida pelos seus familiares e amigos, sente-se perturbada por um passado, que se tornou presente, e que dela não fez parte.

O futebol, como temática quotidiana da sociedade Portuguesa, não poderia deixar de estar presente. A curta-metragem, “Um Marco no Futebol” de José Caetano, do género Mockumentary, pseudodocumentário que traz consigo a sátira de eventos famosos, desenrolou-se em torno de Marco Agostinho. O jovem atleta, mais recente jogador do clube Marco 09, vive, com um conjunto de câmaras, não identificadas, os momentos que antecedem a sua apresentação ao público.

Comments” foi o ensaio mais curto da sessão. Em cerca de cinco minutos o realizador Jannis Alexander Kiefer, simula na ficção aquilo que seria realidade caso se pusessem em prática alguns dos comentários feitos na rede social Youtube. Com o olhar lançado para o mundo digital, o filme procura inquietar a sociedade sobre a importância das palavras e da facilidade do anonimato.

Um ensaio que perfeitamente se confundiria com um anúncio publicitário sobre o preconceito e a necessidade de decorar o dia a dia profissional de roupas e marcas, foi o caso de “Success” de Valentin Suntsov . Numa surpreendente exibição da rotina matinal de dois homens, é no desfecho que se encontra a sua mensagem. Afinal, entre camisas e t-shirts, qual dos dois homens cremos ser o mais bem-sucedido?

Celeste” foi o ensaio que encerrou a sessão. Realizado por Francisco Pereira Coutinho, a história de uma peculiar empregada doméstica, de seu nome Celeste, conduz o espetador para o provérbio português “e o feitiço virou-se contra o feiticeiro”. Por entre a troca de dois sumos de laranja, um com uma substância incógnita adicionada a pedido do seu patrão e outro sem, Celeste acaba por trocar os copos em retorno da sua liberdade.

Eva Conde, participante pela segunda vez no evento, escolheu esta sessão por abordar temas poucos comuns. Por sua vez, Diana Sili, foi pela primeira vez que participou a convite da sua amiga Eva. Escolheu a seleção de ensaios pela razão de “ao ser mais pequeno dá para perceber melhor o conceito”.

Rita Flores