Notícias
- O Cinemalogia – Da Ideia ao Filme continua com a formação que lhe permite conhecer todo o processo de criação de uma obra cinematográfica. No seguimento do curso propomos aos nossos formandos conhecer o processo de rodagem e pós-produçãona área cinematográfica.
No próximo fim de semana 23 e 24 de Fevereiro, Tony Costa, profissional de cinema desde 1987 onde tem actuado como Director de Fotografia e docente na Universidade Lusófona como regente na cadeira de Imagem Cinematográfica leccionará, o módulo de “Imagem I – Cinematografia” com ênfase na geração da fotografia de cinema e da luz e da importância da camara como elemento da narrativa cinematográfica. Serão ainda abordados elementos tecnológicos das novas câmaras digitais HDSLR e a importância da iluminação na formação dos planos.
Na semana seguinte, nos dias 2 e 3 de Março, será a vez de Acácio de Almeida com o módulo de “Imagem II – Iluminação”. Acácio de Almeida é diretor de fotografia desde 1970 cujo trabalho se estende até aos dias actuais. Trabalhou em mais de uma centena de longas metragens realizadas por nomes como António da Cunha Telles, Solveig Nordlund, João César Monteiro ou Manoel de Oliveira.
Também em Março, no dia 9 , Tiago Fernandes pós-graduado em cinema pela Universidade da Beira Interior e diretor de som, perchista e sonoplasta de várias curtas-metragens presentes nos mais relevantes festivais de cinema nacional e em produções para a RTP, ZON, ICA, IPCB, ensiraná toda a base teórica sobre o Som aplicado ao cinema no módulo de “Som I – Teoria do Som”.
O curso terá sequência até ao dia 28 de Março de 2012 concluindo-se a etapa de rodagem com os módulos de Direcção de Arte com João Torres, Direcção de Atores com Manuel Pureza, Pré-Produção II com Maria João Mayer e Realização com Artur Serra Araújo. As diferentes etapas de pós-produção decorrerão de 6 de abril até 2 de junho com os módulos de Montagem por João Braz, Edição de Som e Imagem com Tiago Antunes, Imagem III – Pós-Produção por Rodrigo Lacerda, Design de Títulos por Nelson Zagalo, Som II: Sonoplastia e Composição Musical com Pedro Janela, Som III – Pós-Produção com Branko Neskov, Cinema Documental com Jorge Pelicano, Promoção e Comercialização com Marta Fernandes e finalmente Projecção Cinematográfica com João Silva.
Uma oportunidade única de conhecer o processo cinematográfico na integra com os maiores especialistas do Cinema Português!
Inscrições ainda disponíveis aqui O Cinemalogia – Da Ideia ao Filme volta em Fevereiro com a formação que lhe permite conhecer todo o processo de criação de uma obra cinematográfica está de volta. No retomar do curso propomos aos nossos formandos conhecer o processo de rodagem e pós-produção na área cinematográfica.
Nos dias 16 e 17 de Fevereiro Maria João Mayer, fundadora e gestora da produtora Filmes do Tejo, com uma vasta experiência na produção de cinema, de entre longas metragens, curtas a documentários, será a formadora dos módulos de Pré-Produção. desde o processo de formação das equipas, processos de reperage, decoupage, autorizações, material a adoptar, logística até à gestão das sensibilidade de toda a equipa teremos a oportunidade de aprender com a vasta experiência da produtora de filmes como Cerro Negro, Rafa, Singularidades de uma Rapariga Loura ou Goodnight Irene.
Tony Costa, docente na Universidade Lusófona como regente na cadeira de Imagem Cinematográfica e profissional de cinema desde 1987, tem actuado ao longo sua carreira como Director de Fotografia. Nos dias 23 e 24 de Fevereiro irá leccionar o módulo de Imagem I com ênfase na geração da fotografia de cinema e da luz e da importância da camara como elemento da narrativa cinematográfica. Serão ainda abordados elementos tecnológicos das novas câmaras digitais HDSLR e a importância da iluminação na formação dos planos.
O curso terá sequência até ao dia 28 de Março de 2012 concluindo-se a etapa de rodagem com os módulos de Imagem II – Iluminação com Acácio de Almeida, Som I – Teoria do Som com Tiago Fernandes, Direcção de Arte com João Torres, Direcção de Atores com Manuel Pureza, Pré-Produção II com Maria João Mayer e Realização com Artur Serra Araújo. As diferentes etapas de pós-produção decorrerão de 6 de abril até 2 de junho com os módulos de Montagem por João Braz, Edição de Som e Imagem com Tiago Antunes, Imagem III – Pós-Produção por Rodrigo Lacerda, Design de Títulos por Nelson Zagalo, Som II: Sonoplastia e Composição Musical com Pedro Janela, Som III – Pós-Produção com Branko Neskov, Cinema Documental com Jorge Pelicano, Promoção e Comercialização com Marta Fernandes e finalmente Projecção Cinematográfica com João Silva.
Uma oportunidade única de conhecer o processo cinematográfico na integra com os maiores especialistas do Cinema Português!
Da ideia ao filme, damos a conhecer todo o processo de criação de uma obra cinematográfica. Antes de o ano findar, continuamos com as próximas formações que encabeçam o plano de estudos do ‘Cinemalogia II’.
No dia 8 de Dezembro, Alexandre Cebrian Valente, Criativo, Argumentista, Realizador e Produtor, instruirá no seu módulo ‘Equipas e Encargos Técnicos’ sobre as equipas de produção, de realização, de imagem e som, até aos diferentes técnicos que trabalham desde a preparação ou Pré-Produção à Pós-produção. Neste módulo serão apresentadas as diversas actividades técnicas e criativas e os diferentes profissionais que as desenvolvem ao longo da feitura de um filme.
No dia 9 de Dezembro, António Costa Valente, docente no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, tem o seu doutoramento em animação, longa-metragem e novas tecnologias. No seu módulo abordará variados temas, tais como: Do projecto ao orçamento; Do orçamento ao financiamento; Produzir ou co-produzir; Um dilema: tudo legal ou tudo ilegal?; As autorizações e vistos; A legislação de produção e de co-produção; Os direitos de autor, conexos e outros; Para a exibição de um filme – percursos e trâmites legais.
Nos dias 15 e 16 de Dezembro, Tiago R. Santos, autor de argumento de filmes como ‘Atrás das Nuvens ‘ (co-autor), ‘Call Girl’ e ‘A Bela e o Paparazzo’ , leccionará a segunda parte do módulo de Argumento. Com base nos argumentos criados pelos alunos durante o módulo de Argumento I, esta segunda fase irá concentrar-se no fundamental processo de reescrita. Tal será conseguido através da leitura dos textos, feedback do formador e restantes formandos e do acompanhamento do trabalho no local. Argumento II é um módulo prático que pretende finalizar e materializar todos os conhecimentos teóricos adquiridos pelos alunos, garantindo que cada um seja autor do argumento de uma curta-metragem.
Começa já no próximo fim de semana o curso de formação que, da ideia ao filme dá a conhecer todo o processo de criação de uma obra cinematográfica.
No dia 24 de Novembro Paulo Granja, mestre e doutorando na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, abordará alguns dos principais movimentos europeus do cinema do século XX, desde o chamado “cinema dos primeiros tempos” ao cinema das “novas vagas” dos anos 60, dando particular atenção à afirmação do cinema como arte, nomeadamente por oposição ao “cinema comercial”, e às diferentes concepções teoricas e estéticas que lhe serviram de suporte.
Ainda no mesmo fim de semana, no dia 25 de Novembro Paulo Cunha, doutorando em Estudos Contemporâneos na Universidade de Coimbra e investigador no Centro de Estudos Interdisciplinares do Séc. XX da mesma universidade, lecionará o módulo de Linguagem Cinematográfica. O objectivo desta sessão será dar a conhecer os elementos básicos da linguagem cinematográfica e conhecer alguns dos detalhes técnicos que a ajudam á expressão artística na sua plenitude.
Por último, no fim de semana 1 e 2 de Dezembro, Tiago R. Santos, autor de argumento de filmes como ‘Atrás das Nuvens ‘ (co-autor), ‘Call Girl’ e ‘A Bela e o Paparazzo’ , lecionará a primeira parte do módulo de Argumento. Módulo que oferece aos formandos as ferramentas necessárias à escrita de um guião para curta-metragem, seja através da análise de filmes, de exercícios práticos ou de exposições teóricas e tem ainda como objectivo criar competências na criação de personagens, escrita de diálogos e estrutura dramática, possibilitando que todos os formandos consigam, no termo do módulo, ter uma sinopse alargada da sua própria história que lhes permita evoluir para o processo de escrita do argumento.
– PRÉMIOS JÚRI OFICIAL
– Grande Prémio do Festival
A Nossa Forma de Vida de Pedro Filipe Marques
– Melhor Longa-Metragem
Florbela de Vicente Alves do Ó
– Melhor Curta-Metragem
Cerro Negro de João Salaviza
– Melhor Animação
Fado do Homem Crescido de Pedro Brito
– Melhor Documentário
Complexo de Mário Patrocínio
– Prémio Revelação
Outro Homem Qualquer de Luís Soares
– Prémio Melhor Actor
Cristóvão Campos em Nylon da Minha Aldeia
– Prémio Melhor Actor Secundário
Dinarte Branco em A Moral Conjugal
– Prémio Melhor Actriz
Dalila Carmo em Florbela
– Melhor Actriz Secundária
Margarida Carpinteiro em Assim, Assim
– Melhor Realizador
Pedro Filipe Marques em A Nossa Forma de Vida
– Melhor Direcção Artística
Pedro Sá em A Vingança de Uma Mulher
– Melhor Fotografia
Acácio Almeida em A Vingança de Uma Mulher
– Melhor Guarda-Roupa
Produções TCC em A Vingança de Uma Mulher
– Melhor Caracterização
Abigail Machado em Florbela
– Melhor Montagem
Raphel Lefévre em A última Vez Que Vi Macau
– Melhor Som
Jaime Barros/ Elsa Ferreira em Florbela
– Melhor Banda Sonora Original
André Joaquim em Assim, Assim
– PRÉMIOS JÚRI ENSAIOS VISUAIS –
– Melhor filme
Do Mundo de Manuel Guerra da Escola Superior de Teatro e Cinema
– PRÉMIO JÚRI FICC| IFSS –
– Prémio Dom Quijote
A Nossa Forma de Vida de Pedro Filipe Marques
– Menção Honrosa
Complexo – Universo Paralelo de Mário Patrocínio
– PRÉMIO REVISTA C –
Sem Querer de João Fazenda
– PRÉMIO DO PÚBLICO – CHAMA AMARELA –
Aristides de Sousa Mendes de Francisco Manso e João Correa
A história do Centro de Estudos Cinematográficos da Associação Académica de Coimbra (CEC/AAC) já conta com algumas décadas e muitas exibições de tudo o que a sétima arte tem a oferecer.
Num mês em que se destaca o cinema português na cidade de Coimbra, com mais uma edição do festival Caminhos do Cinema Português, está a decorrer no seguimento deste evento – e em parceria com o Museu Académico de Coimbra – uma exposição de cartazes cinematográficos. Cartazes estes correspondentes às décadas de 70, 80 e 90 do séc. XX , de filmes portugueses, que merecem tal destaque graças tanto aos seus realizadores – que marcaram toda uma geração do cinema em Portugal -, como por todo um contexto – uma vez que alguns deles foram controversos e emblemáticos num Portugal acabado de sair do Estado Novo, sob a égide de uma forte necessidade de exprimir anos de repressão!
Tais reproduções, também são pautadas pela sua inovação e genialidade de obras intemporais, que mereceram grande aclamação da crítica e do público e que por isso ainda hoje merecem a nossa atenção. Faz ainda parte desta exposição, cartazes das dezanove edições dos Caminhos do Cinema Português, uma vez que é o único festival dedicado ao cinema português em Portugal e de grande relevo na história do CEC.
<
p style=”text-align: justify;”>A visitar entre até ao início do mês de Dezembro, no Museu Académico de Coimbra, entre as 10h e as 12h30 e as 14h30 e as 18h.
Curated by Sean Walsh | Centro de Artes Visuais, Coimbra | 14/23 November 2012
‘…watching the river flow…’ is an exhibition of work by a number of Irish artists working in photography and video.
Curated by Sean Walsh, Director of Ballina Arts Centre, the exhibition captures the essence of Ireland in the 21st century. The economic collapse which followed the boom years of the Celtic Tiger, has had profound social and cultural efects on a country which was just coming to terms with its newfound prosperity.Ireland has always been a country whose artists have played a major part in writing and recording the history of the country. During the last century, much of that history comprised poverty, repression and hardship. By the turn of the millennium, the country had caught up with much of the developed world, and was experiencing unprecedented prosperity. With the collapse of the construction industry and the property boom, the country’s economic robustness wilted, leaving astronomical debts which the country will be repaying generations to come. However, amidst all this, life goes on.
And once again, Ireland’s artists are there to chronicle the ‘river’ of life. They observe from their ‘outsider’ perspectives. This exhibition features some of Ireland’s most exciting, young artists. Working in photography and video, they are perhaps best equipped of all to capture the true essence of the changing Ireland. Through their work, we see people, places, landscapes, buildings, objects… some with an abstract ‘edge’, others face-on. The common thread running through all of the work, however, is that it is real. And it is now. ‘…watching the river flow…’ features work by: Niall Kerrigan (photography); Aideen Barry (video); Alan James Burns (video); Ian Wieczorek (video); Amanda Rice (video); Paul Hallahan (video); and Ruby Wallis (photography).
Artists
Niall Kerrigan – Derelict
Niall Kerrigan is an award winning graphic designer originally from Dublin, now based in Killala, County Mayo. Since moving to Mayo, he has documented the area he lives and works in through the medium of photography which includes his first major body of work; Derelict: Silent & Still an exhibition inspired by the architecture of abandonment. During urban renewal, many houses are left derelict, shored-up by timbers, waiting for the land-price to be right. These half-houses, bisected through internal walls, are the decay left behind as human’s move on. They have been stripped of all but the barest evidence that they were once inhabited by humans: a broken plate, a discarded shoe, they exude a sense of abandonment and loss. They have been left as – quite literally, a waste of space. I found each of them rotting in silence and endeavoured to give them a voice using only framing and natural light.Aideen Barry – Possession
Aideen Barry’s animated film Possession satirises our tendency to live beyond our means in pursuit of happiness. Aideen Barry (born 1979) is a visual artist based in Ireland. Barry was born in Cork and is known for her performative actions, film, sculpture, drawing, and installation work. Her work has been shown nationally and internationally in a number of Museums, Publicly funded centres of Contemporary Art, Private Galleries, and Art Fairs across the world. Barry is the western regional representative for Visual Artists Ireland and has acted as an advocate for numerous boards and charitable organisations since 2002. Aideen Barry has lectured in Galway-Mayo Institute of Technology BA FA programme from 2008–2010 and is currently assistant Lecturer in Limerick School of Art: Sculpture and Combined Media (Limerick Institute of Technology). She lives and works in the west of Ireland. Barry has exhibited widely in Ireland and around the world.
Alan James Burns – untitled
Alan James Burns is a video, installation, performance artist based in Dublin. He received a BA in Fine Art, from Dublin Institute of Technology, 2008. Solo exhibitions include Till the Cows Come Home, Cavan County Museum, 2011 and To Walk in a State of Finality than in one of Impermance, Exchange Gallery, 2010. Forthcoming exhibitions include Claremorris Open, Claremorris, Co Mayo and Gracelands, Co. Leitrim, 2011.
Ian Wieczorek- Business as Usual
Ian Wieczorek’s art practice is based primarily in painting and drawing, and more recently curation. Since 2003 has exhibited widely in group/selected shows in Ireland (including Undertow (curated by Alice Maher and Aideen Barry) 2011/12; CCA:RDS Collective Contemporary Art 2010 (curated by Helen Carey); COE/Claremorris Open Exhibition 2009; and IONTAS 2005), N. Ireland, Germany (Kornhäuschen, Ascha#enburg, and turn-berlin gallery, Berlin) and China (411 Galleries, Hangzhou, China Central Academy of Fine Art Gallery, Beijing and Eastlink Gallery, Shanghai). Business As Usual is a short video exploring notions of persistence and transience, filmed in a derelict seaside hotel in West Kerry. The piece presents four internal views of the hotel, seemingly static yet reflecting the changing atmospherics overseeing the gradual demise of the wrecked structure, a building that, even through the wind, dripping water and invading birds of its current existence, still echoes with the resonances of its heyday.
Amanda Rice – fire sequence
Amanda Rice is a visual artist working in a variety of media. I alternate between print based media, installation and lens based experimentations as a means of articulating my ideas regarding the search for idealism within ambiguous or banal environments. My work touches upon issues such as urbanization and progression, although my work can be seen as political it’s quite often playful or humorous. My current work takes the view point of that of the migrant, the idea of travel and flux as a means to build ones’ own ideal or shape ones’ identity. Time spent in transit has led me to consider the social stagnation which can develop when faced within consistent and repeating environments.
Paul Hallahan – holy the supernatural extra brilliant intelligent kindness of the soul
“Holy the supernatural extra brilliant intelligent kindness of the soul is a video work” by Paul Hallahn, an Irish artist based in Kildare. His work is largely based in the medium of video and involves looking at the relationship between man and his surroundings. Between 2009 and 2012 he founded and ran Soma Contemporary art space in Waterford city.<
p style=”text-align: justify;”>
Ruby Wallis – Other Madonnas
Ruby Wallis is a practice-based PhD researcher with National College of Art & Design, Dublin (NCAD) and GradCAM. She completed her M.A. in Documentary Photography in 2007 at The University of Newport, Wales and a Degree in Painting at GMIT, 2004. Wallis has been exhibiting internationally since 2003. She was Community Artist- with CREATE, Practice. ie and the Galway Arts Centre since 2002. She has been short-listed for the Gallery of Photography’s Artist Award in 2006 and 2009 and was part of their touring show ‘An Insiders View’, Photography, exhibited in Dublin, Arles, Paris and Berlin in 2008. The works in the this exhibition are from Other Madonnas, body of work documenting alternative and tangential communities, on this occasion with a series of photographs of single mothers with their daughters.Curadoria de Sean Walsh | Centro de Artes Visuais, Coimbra | 14 a 23 Novembro 2012
Press here to read the english version of this article.
‘…watching the river flow…’ é uma exposição do trabalho de uma série de artistas irlandeses em fotografia e vídeo.
Organizado por Sean Walsh, Director do Ballina Arts Centre, a exposição capta a essencia da Irlanda no século XXI. O colapso económico, o qual seguiu os anos ‘boom’ do Celtic Tiger, teve profundos efeitos sócioculturais num país que estava a chegar a uma conclusão quanto à sua recente prosperidade.A Irlanda sempre foi um país cujos artistas tiveram um papel importante na escrita e no registo da sua história. Durante o último século, muita dessa história era composta por pobreza, repressão e miséria. No virar do milénio, o país foi apanhado por todo um mundo em desenvolvimento e experimentou uma prosperidade sem precedente. Com o colapso da industria da construção e o ‘boom’ da propriedade, a robustez da economia do país murchou, deixando dívidas astronómicas que o país terá de pagar durante as próximas gerações. Porém, apesar de tudo isto, a vida continua.
E mais uma vez, os artistas da Irlanda estão lá para registar o ‘rio’ da vida. Eles observam-no numa perspectiva ‘exterior’. Esta exposição realça alguns dos mais interessantes artistas irlandeses. Trabalhando em fotografia e vídeo, eles são talvez os mais bem equipados para capturar a verdadeira essencial da mudança irlandesa. Através do seu trabalho, vemos pessoal, espaços, lugares, prédios, objectos… alguns com uma ‘borda’ abstracta, enquanto outras mais claras. A linha comum que une todo o trabalho, porém, é a realidade. E é o agora. ‘…watching the river flow…’ realça o trabalho de: Niall Kerrigan (fotografia); Aideen Barry (vídeo); Alan James Burns (vídeo); Ian Wieczorek (vídeo); Amanda Rice (vídeo); Paul Hallanhan (vídeo); e Ruby Wallis (fotografia).
Artistas
Niall Kerrigan – Derelict
Niall Kerrigan designer gráfico galardoado de Dublin, agora a viver em Killala, no Condado de Mayo. Desde que se mudou para Mayo que documentou a área onde vive e trabalhou por meio de fotografia, que representa a maior parte do seu trabalho. Derelict: Silent & Still é uma exposição inspirada pela arquitectura do abandono. Durante a renovação urbana, muitas foram as casas deixadas, escoradas por madeiras, aguardando as suas terras por um preço justo. Estas meias-casas, divididas por paredes interiores, são a decadência deixada para trás pelo Homem. Foram despitas de tudo, menos de raras evidências de que outrora foram habitadas por humanos: um prato partido, um sapato sem sola, exprimindo um sentimento de abandono e perda. Foram deixados como – quase literalmente – uma perda de espaço. Encontra-se cada um deles a apodrecer em silêncio, dando-lhe voz através apenas de enquadramento e luz natural.Aideen Barry – Possession
Possession é o filme de animação de Aideen Barry’s, que satiriza a nossa tendencia de viver além das nossas necessidade para perseguir a nossa necessidade. Aideen Barry (nasceu em 1979) é um artista visual que vive na Irlanda. Barry nasceu em Cork e é conhecida pelas suas acções performativas, filmes, escultura, desenho e trabalho de instalação. O seu trabalho foi mostrado nacional e internacionalmente numa série de museus, centro de Arte Contemporânea, Galerias privadas e Feiras de arte por todo o mundo.Alan James Burns – untitled
Alan James Burns é um artista de vídeo, instalação e performance, residente em Dublin. Recebeu um BA em Belas Artes, pelo Dublin Institute of Technology, 2008. As suas exibições a solo incluem ‘Till the Cows Come Home’ (Cavan County Museum, 2011) e ‘To Walk in a State of Finality than in one of Impermance’ (Exchange Gallery, 2010). Futuras exibições incluem Claremorris Open, Claremorris, Co Mayo and Gracelands, Co. Leitrim, 2011 Alan James Burns is a video, installation, performance artist based in Dublin. He received a BA in Fine Art, from Dublin Institute of Technology, 2008. Solo exhibitions include Till the Cows Come Home, Cavan County Museum, 2011 and To Walk in a State of Finality than in one of Impermance, Exchange Gallery, 2010. Forthcoming exhibitions include Claremorris Open, Claremorris, Co Mayo and Gracelands, Co. Leitrim, 2011.Ian Wieczorek- Business as Usual
A prática artistica de Ian Wieczorek é baseada primeiramente na pintura e no desejo, e mais recentemente na curadoria. Desde 2003 que expõe amplamente em grupos/shows privados na Irlanda (incluindo Undertow (organizado por Alice Maher e Aideen Barry) 2011/12; CCA:RDS Collective Contemporary Art 2010 (organizado por Helen Carey); COE/Claremorris Open Exhibition 2009; e IONTAS 2005), N. Irlanda, Alemanha (Kornhäuschen, Ascha%enburg, e turn-berlin gallery, Berlim) e China (411 Galleries, Hangzhou, China Central Academy of Fine Art Gallery, Beijing e Eastlink Gallery, Shanghai). Business As Usual é uma curta-metragem que explora as noções de persistência e transigência, filmado num hotel abandonado à beira-mar em West Kerry. A peça apresenta quatro pontos de vista do interior do hotel, aparentemente estático, porém reflectindo as mudanças atmosférias, observando um desaparecimento progressivo de uma estrutura destruída. Um edifício que, mesmo com o vento, pingos de água e invadido por aves, ainda ecoa ressonâncias do seus apogeu.Amanda Rice – fire sequence
Amanda Rice é uma artista multi-media. O seu trabalho alterna entre os suportes impressos, instalações e múltiplas abordagens procurando atingir o idealismo dentro da ambiguidade ou ambientes banais. Os seus trabalhos focam assuntos como o progresso e a urbanização, apesar de os seus trabalhos estarem politizados também reflectem algum humor. O seu trabalho actual toma o ponto de vista do migrante, da viagem e do fluxo como meios de construir a identidade de cada indivíduo. O tempo de trânsito levou-a a considerar que a estagnação social se pode desenvolver quando confrontada em ambientes consistentes e repetitivos.Paul Hallahan – holy the supernatural extra brilliant intelligent kindness of the soul
“Holy the supernatural extra brilliant intelligent kindness of the soul” é um trabalho em video por Paul Hallahn, um artista irlandês de Kildare. O seu trabalho é amplamente baseado por meio de vídeo e envolve um olhar sob a relação entre o Homem e o seu redor. Entre 2009 e 2012 fundou com dirigiu Soma Contemporary Art Space na cidade de Waterford.<
p style=”text-align: justify;”>Ruby Wallis – Other Madonnas
Ruby Wallis é uma investigadora PhD juntamente com o National College of Art & Design, Dublin (NCAD) e GradCAM. Ela completou o seu M.A. em Fotografia Documental em 2007 na University of Newport, Wales e um grau em Pintura na GMIT, 2004. Wallis tem exposto internacionalmente desde 2003. Ela foi participou no Community Artist – com CREATE, Practice.ie e no Galway Arts Centre desde 2002. Também foi nomeada em 2006 e 2009 para o Gallery of Photography’s Artist Award e fez parte do seu show-digressão ‘An Insiders View’, Fotografia, exposto em Dublin, Ales, Paris e Berlim em 2008. Os trabalhos nesta exibição são retirados de ‘Other Madonnas: body of work documenting alternative and tangential communities, on this occasion with a series of photographs of single mothers with their daughters’.Olá muito boa noite e bem vindos aos Caminhos do Cinema Português
É com um grande prazer que vós recebemos em Coimbra!
Pode parcer que estou a sussurar numa tentativa de imitar a realização do João Viana no filme “Ò Marquês Vem cá Baixo Outra Vez”, por causa da crise, mas longe de mim estar a plagiar, esta é mesmo a minha voz trémula e nervosa.
Esta sala e aqueles que por ela ao longo de uma semana passaram podem contrariar aquilo que alguém, no uso de liberdade de expressão, que as novas redes sociais permitem, e a coberto de alguns interesses ocultos, escreveu. Reza um comentário, que não posso deixar de partilhar hoje convosco, que, e cito: “o festival Caminhos do Cinema Português é uma originalidade coimbrã que a nomenclatura cultural lisboeta despreza e que o público cinéfilo local tolera, mas não vê.”
Não conheço a realidade em que dito cidadão coimbrão vive, mas creio que não é na mesma em que este festival decorreu. Se por um lado conseguimos uma digna presença da maioria dos realizadores, produtores e demais intervenientes dos filmes a concurso, trouxemos a este palco, por via das Master Sessions, um não menor grupo de intervenientes, que muito honram e muito deveriam honrar esta cidade.
Pelo que vejo, este desprezo da nomenclatura lisboeta é então um desprezo marcado pela presença, uma presença feita à custa de sacrifícios financeiros e pessoais. Mas olhe que eles estiveram cá? Onde esteve você?
E o público, o público de Coimbra, o mesmo que vê e adere, o que esteve patente em diversas sessões. Aliás o eclectismo da programação, permitiu que os diferentes públicos pudessem ter acesso a todo o cinema português.
É esta a realidade da sociedade conimbricense? É este o apoio que alguém com responsabilidade na área da comunicação, dá a eventos de tão originalidade nacional? Não nos revemos nestes estereótipos culturais e mentalidades e continuaremos a lutar por percorrer um caminho, um caminho com o cinema português e com a cultura portuguesa, o permitir acesso aos que não querem, mas também de abrir os olhos de quem não quer.
Será sempre mais valida a opinião de um único espectador presente, do que de todo o mundo ausente.
Do comentário são efectivamente de aproveitar os adjectivos “resistentes e resilientes”, são eles que caracterizam esta equipa que me acompanhou, na presente edição, nas edições anteriores. Entre todos, os que estiveram presentes, os que se ausentaram, é lhes devida a existência deste festival.
Chegou a altura de deixar de subalternizar a nossa cultura em geral e o nosso cinema em particular.
Vítor Ferreira
Director do festival