Mas o que será que gera este interesse sempre crescente pelo cinema de animação nacional? O sucesso mundial que os filmes de animação conseguem cada vez mais facilmente alcançar? Ou talvez as novas tecnologias que, por sua vez, abrem a novas possibilidades e dão novo fôlego a um género que, há pouco mais do que uma década, era dado como morto? De facto, antes a animação era um tipo de cinema limitado a poucas produções e visto sobretudo como um cinema menor, para um público de menores.
<p style="text-align: justify" class="MsoNormal">Com o aparecimento das técnicas de animação computorizada, a animação sofreu a revitalização que bem necessitava. A partir daí, o prestígio do género cresceu cada vez mais. Difundiu-se um tipo de animação apontado a um público mais adulto e maduro, Criaram-se prémios para atribuir a filmes de animação, entre eles, o Óscar para Melhor Filme de Animação. Tudo isto leva à pergunta: estará o futuro do cinema na animação?</p> <p style="text-align: justify" class="MsoNormal">Grande maioria dos profissionais do cinema português, estando atento a este sector, parece pensar que sim e filmes como a premiada curta-metragem “A Suspeita” são perfeito exemplo disso. E, se bem que o cinema de animação português parece moldar-se mais em torno da animação computorizada, deixando a animação tradicional para segundo plano, entenda-se que não são os meios que devem definir o prestígio a atribuir ao resultado. </p> <p style="text-align: justify" class="MsoNormal">Neste campo, é de se notar também o trabalho de actores que dão as suas vozes para a dobragem de filmes, fenómeno este que, enquanto por quase toda a Europa está generalizado a todo o tipo de filmes, por cá se encontra circunscrito à animação. Tal torna este género como o que melhor permite ao nosso país imprimir a sua marca no cinema estrangeiro.</p>