Direcção de Arte
28 de Fevereiro 2015
RESUMO
O diálogo entre a Realização, Fotografia e Direcção Artística é essencial para criar uma base de trabalho sólida para os actores. O trabalho conjunto do Director de Arte e Director de Fotografia na criação de ambientes ajudará o Realizador a comunicar as suas intenções e a dirigir a sua equipa. Na Direcção de Arte, a escala e geometria dos décores, cores, tipo de adereçagem, entre outras variantes, são pensadas em função dos conceitos do Realizador e em função das necessidades técnicas do Director de Fotografia. Os décores têm de ser “filmáveis”
Na Direcção de Fotografia, a escolha de objectivas, película, filtros e temperatura de luz, tipos de plano e movimentos de câmara vem materializar a visão do Realizador.
Neste módulo de Direcção de Arte pretende-se exemplificar como ocorre este dialética e os benefícios desta. Para tal serão exibidos alguns exemplos resultantes desse diálogo e uma demonstração prática como, numa mesma situação, diferentes escolhas trazem resultados díspares.
PLANO DA SESSÃO
Chama-se ao cinema a 7ª Arte, engloba as 6 artes anteriores, e penso que esta designação poderá servir a todo o objecto audiovisual onde estas artes estão presentes, o Som, o Movimento, a Pintura, o Volume, a Representação, a Escrita, a Imagem (sendo esta a 8ª. como Fotografia). Será uma arte multidisciplinar, sendo o produto final criado por um colectivo de especialidades, com um objectivo comum: contar/representar uma historia em imagens de movimentos e ações. Historia, guião, argumento, palavra, já é, em si, a conjugação de arte/criatividade e técnica. Será pelo guião que iniciaremos o módulo de Direcção de Arte, sua analise, levantamento e discussão das diversas necessidades que estão na area de competências da Direcção de Arte.
Numa 1ª fase este levantamento e discussão será no seio do departamento, bem como, as propostas iniciais a apresentar a Realização, Direção de Fotografia e Produção. Posteriormente há que unir as visões diversas, negociar ideias, visuais, ambientes.
Criar uma linha visual, com guarda-roupa, cabelos e maquilhagem que correspondam á visão encontrada e acordada com a Realização, Fotografia e Produção.
Em função das localizações/décors encontrados, deverá ser feito um levantamento, pela realização, produção e DA, das necessidades de todos os departamentos na perspectiva de maximizar e facilitar os dias de rodagem, onde todos os minutos são importantes.
A analise e levantamento exaustivo do Guião pelo Director de Arte contemplará as suas diversas vertentes, décors, espaços/volumes, ambientação ( mobiliário, cortinados, fontes de luz), adereços de cena/acção, adereços diversos, veículos, animais, jardins, eventual construção, carpintaria, pintura etc…
Depois da definição final dos objectivos, passa-se ao trabalho de pesquisa, desenho de decors, esboço de uma estimativa orçamental para discussão com a Direção de Produção e Contabilidade. Em função do plano de rodagem o Director de Arte criará o seu próprio plano, já que o trabalho do departamento antecede as filmagens, acompanha e apoia as mesmas, e no fim passa pela desmontagem e reposição dos locais.
O objectivo deste módulo será a feitura de um dossier de Arte, como base para uma construção visual, que tem como alvo a “forma”; os ambientes serão idealizados para suporte ao trabalho dos actores e à historia a contar, sem se sobreporem ao “conteúdo”; num equilíbrio estético em função das necessidades e intenções do filme.
O modulo terá também um período ( 2 horas ) dedicado à visualização de imagens de trabalhos anteriores do formador, que possam ilustrar diferentes aspectos da actividade deste sector.
Pretende-se, que este período, possa acontecer, em parte ou no todo, não num momento designado, mas sim, se se revelar importante para a ilustração de alguma fase ou assunto no decorrer do modulo.
Não havendo grande diferença no método de trabalho, entre o que se produz para cinema, televisão (alguns formatos), ou publicidade, há características particulares a cada um deles, que serão abordadas para a compreensão do papel do técnico em cada um dos sectores de produção.
DATA & LOCAL
28 de Fevereiro
9:00 — 18:00
Colégio de São Jerónimo, Pólo 1
Universidade de Coimbra
Admissão
Condição | Preço | Data de Inscrição |
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Sócios CEC & Juniores | 35 € | 2015/02/20 |
Estudantes | 55 € | 2015/02/20 |
Público Early Bird | 55 € | 2015/02/13 |
Público Geral | 70€ | 2015/02/20 |
Formador
João Correia Martins (Joni)Director de Arte
João Correia Martins (Joni) nasceu em Lisboa em 1953 num quarto com vista para o Tejo. A água sempre teve uma grande importância na forma de estar e ser. É Aquario e Dragão. Teve um percurso normal de estudante, frequentou o curso de Arquitectura da ESBAL (não tendo concluído o Bacharelato por diversas razões de vida, e, vidas), experimentou outros terrenos; artes gráficas (Paramount do Brasil, Revista Desportos 1976 ), fotógrafo ( Livro sobre Minas de Morro Velho, MG, Brasil), circo com Tété, mas sempre próximo do cinema por relações familiares e de amizade.
Outros Módulos
Realização
A Realização passa pela coordenação criativa e técnica de toda a equipa de filmagens (imagem e som), impondo uma unidade estética e uma organização funcional às contribuições de todos os que colaboram na produção do filme.
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28 a 31 de Março
Sócios CEC & Juniores 100€
Estudantes 130€
Early Bird 160€
Público Geral 200€Direcção de Fotografia 1
Com o objectivo de transmitir os conhecimentos técnico-artísticos da importância do papel do Director de Fotografia (DF), a sua comunicação com o realizador e sobre a forma como ele constroi e gere a sua equipa, o primeiro módulo, teórico, abordará os 3 aspectos essenciais da imagem: os artísticos, os técnicos e a equipa da DF.
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21 de Fevereiro
Sócios CEC & Juniores 35€
Estudantes 55€
Early Bird 55€
Público Geral 70Direcção de Fotografia 2
Nesta segunda parte deste módulo, completamente prático, que acompanhará dois dias de rodagem, serão colocados em prática os conceitos e técnicas ensinadas no módulo Direcção de Fotografia 1. O guião será lido e planificado junto com a realização para que, em cada fia de rodagem, se saiba o que fazer e como, por forma a gerir a equipa e distribuir o trabalho. Desta análise, o DF determinará que distâncias focais usar, que profundidade de campo alcançar, que posição de camara e que menus utilizar. O DF irá decidir que iluminação usar, que equipamento utilizar e que acessórios levar. O DF determinará o chamado desenho de luz com posicionamento de projectores, que lampadas, filtros difusores e demais acessórios utilizar para garantir o efeito lumínico e cromático pretendido. Todo este processo será explicado ao longo destes 2 dias de rodagem, respondendo às questões que os formandos vão colocando.
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28 e 29 de Março
Sócios CEC & Juniores 50€
Estudantes 60€
Early Bird 75€
Público Geral 100€Direcção de Som
A utilização expressiva de som em articulação com a imagem é, desde há muito, justamente considerada uma parte essencial de qualquer produção cinematográfica ou audiovisual, justificando-se o seu tratamento independente.
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22 de Fevereiro de 2015
Sócios CEC & Juniores 35€
Estudantes 55€
Early Bird 55€
Público Geral 70€