Exibição Exhibition

Casa do Cinema de Coimbra
07 nov., 21:45

Origem Origin

País de Origem Origin Country Portugal
País de Rodagem Filming Country Brazil, Portugal

Metragem e Género Footage and Genre

Duração Runtime 27’14”

Tipo de Projecto Project Type Documentary, Experimental, Short, Other
Género Genre Bio-drama, Dance Film
Língua Language Portuguese

Mudança Mudança

Sinopse Original Original Sinopsis

Essencial é gerar vida, discurso, compreensão e celebrar a humanidade. Em tempos de pandemia generalizada, originando questões em torno da preservação da democracia, da integridade da saúde pública e das nossas próprias noções de individualidade, vemo-nos arrastados num processo de mudança. Neste encontro entre um artista (Welket Bungué) e uma deputada (Joacine Katar Moreira), questiona-se qual a essência dos seus ofícios, fazendo ressoar um inesperado paradigma de revolução iminente.

Sinopse Internacional Sinopsis

It’s essential to generate life, dialogue, understanding, and celebrate humanity. In times of widespread pandemic, raising questions about the preservation of democracy, the integrity of public health and our own notions of individuality, we are dragged into a process of change. ‘Upheaval’ is a meeting between the artist Welket Bungué, and the parliamentary politician Joacine Katar Moreira. Here, they question the essence of their crafts, making an unexpected paradigm of imminent revolution resound.

Mensagem do Realizador Director Statement
(Eng.) In order to articulate a film that could fulfill the purpose of the challenge proposed by Francisco Frazão (Dir. Artístico TBA), in which an artistic approach is called for that puts in dialogue the activities of those considered “essential workers” and artists in general, I came up with the idea of change’. Since July, I resumed the possibility of traveling and went to Marseille, a place where I realized that I would like to glimpse the possibility of seeing the most prominent voice of the current Portuguese national politics represented, which exactly corresponds to the purposes of the social-civic agenda developed by the citizen and deputy. Joacine Katar Moreira. In Marseille, in a temperate Mediterranean climate, typical of summer, I witnessed the resumption of cultural activities, in which it was cautiously possible to again see a crowd of people celebrating there near the Cours Julien district. This cluster reflected an idea of cohesion and social cohabitation that I continue to find essential to reflect in our current Portuguese society, and I needed to understand which figure has most represented this feeling. So I came to the conclusion that Joacine could have the potential “essential worker” she needed, and the idea that came to me immediately was to propose to the deputy to decorate two prose-poetry texts written by my father, Paulo T. Bungué, originally published in his book ‘Cabaró, Djito Tem!’ (1996), joining their two voices. In times of widespread pandemic, questioning the preservation of democracy, the integrity of public health and our own notions of individuality, we are dragged by a process of change already underway. How to think about a meeting between an artist and a deputy, who decide to question the essence of their crafts? In ‘Mudança’ the challenge is to make the artist Welket Bungué and the politician Joacine Katar Moreira, making use of their expression and communication skills, which can be questioned physically and orally based on the understanding of what is the essence of the art of rhetoric and the art of representation, respectively. The film makes use of the projection of original paintings created for the same, conceived by the artist Nú Barreto, and still has the musicality in charge of Mû Mbana, both from Guinea-Bissau. ‘Mudança’ has as its visual proposal the plasticity of the interpreted text, and of the digital image projected on the performers. The music and textual content appeal to the dreamlike drama of a territory thought from island sensations, brought by references to the people of the Bijagó archipelago, in Guinea-Bissau. ‘Mudança’ is a dance-film that continues the work ‘N’sumande Tchalih Hudi’ (2019), an epic-narrative film created by Welket Bungué, with images captured in the Amazon rainforest and in the Natural Park of Itatiaia (Brazil). __ (Pt) Para articular um filme que pudesse cumprir o propósito do desafio proposto pelo Francisco Frazão (Dir. Artístico TBA), no qual se pede uma abordagem artística que coloque em diálogo as atividades dos considerados “trabalhadores essenciais” e dos artistas em geral, cheguei à ideia de ‘Mudança’. Desde Julho que retomei a possibilidade de viajar e fui para Marselha, lugar onde percebi que gostaria de vislumbrar a possibilidade de ver representada a voz mais proeminente da atualidade política nacional portuguesa, que justamente corresponde aos propósitos da agenda social-cívica desenvolvida pela cidadã e deputada Joacine Katar Moreira. Em Marselha, num mediterrânico clima temperado, típico do Verão, assisti ao reinício das atividades culturais, em que cautelosamente se pôde voltar a ver um aglomerado de pessoas a celebrar ali próximo ao bairro de Cours Julien. Esse aglomerado refletia uma ideia de coesão e co-habitabilidade social que eu continuo a achar essencial refletir na nossa sociedade atual portuguesa, e precisei de perceber qual a figura que mais tem representado esse sentimento. Assim, cheguei à conclusão que Joacine poderia ter o potencial de “trabalhadora essencial” de que precisava, e a ideia que me surgiu imediatamente foi a de propor à deputada decorar dois textos prosa-poesia escritos pelo meu pai, Paulo T. Bungué, originalmente publicados no seu livro ‘Cabaró, Djito Tem!’ (1996), unindo as suas duas vozes. Em tempos de pandemia generalizada, questionando a preservação da democracia, a integridade da saúde pública e as nossas próprias noções de individualidade, vemo-nos arrastados por um processo de mudança já em curso. Como pensar um encontro entre um artista e uma deputada, que decidem questionar a essência dos seus ofícios? Em ‘Mudança’ o desafio é fazer com que o artista Welket Bungué e a política Joacine Katar Moreira, fazendo uso das suas capacidades de expressão e comunicação, que se possam questionar física e oralmente com base no entendimento daquilo que é a essência da arte da retórica e da arte da representação, respetivamente. O filme faz uso da projeção de pinturas originais criadas para o mesmo, concebidas pelo artista plástico Nú Barreto, e tem ainda a musicalidade a cargo de Mû Mbana, ambos da Guiné-Bissau. ‘Mudança’ tem como proposta visual a plasticidade do texto interpretado, e da imagem digital projetada sobre os performers. A música e o conteúdo textual apelam ao dramatismo onírico de um território pensado a partir de sensações insulares, trazidas pelas referências ao povo do arquipélago Bijagó, na Guiné-Bissau. ‘Mudança’ é um filme-dança que dá continuidade à obra ‘N’sumande Tchalih Hudi’ (2019), um filme épico-narrativo criado por Welket Bungué, com imagens captadas na floresta amazónica e no Parque Natural de Itatiaia (Brasil).