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- Estreiam esta quinta-feira (23) “Sacavém” e “Diálogo de Sombras“, os últimos filmes de Júlio Alves. Para marcar a estreia em Coimbra, os filmes terão duas sessões especiais com a presença do realizador Júlio Alves na Casa do Cinema de Coimbra, que estará em conversa com Patrícia Sequeira Brás, professora na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Acompanhando a estreia de “Great Yarmouth: Provisional Figures”, o realizador Marco Martins e o actor Nuno Lopes estarão presentes na sessão de domingo, 19 março, às 21:30 na Casa do Cinema de Coimbra. Após a projeção da longa-metragem, terá lugar uma conversa moderada pelo Prof. João Maria André (Encenador e Professor Catedrático aposentado da FLUC).
Integrada na XXV Semana Cultural da Universidade de Coimbra, decorrerá nos dias 9 e 10 março, entre as 10h e as 17h, no Jardim de Infância SASUC, a atividade “Mundo na Escola” — uma oficina de animação tradicional, que procura desenvolver as diversas capacidades no que respeita à arte de ver e fazer filmes junto dos mais novos.
Queres ir ao Festival de Veneza? És um apaixonado por cinema, entre os 18 e 25 anos, bom comunicador e fluente em inglês? Participa no 27 Times Cinema e torna-te no embaixador de Portugal no Júri da Giornati Degli Autori no Festival de Veneza! A Casa do Cinema de Coimbra junta-se à Europa Cinemas, Lux Award, Parlamento Europeu e Cineuropa para te dar a possibilidade de participares na 80º edição do festival!
- Por João Luís FernandesClube de Cinema Caminhos · Fevereiro 2023Um interessante diálogo entre a Geografia e a Arqueologia é a ideia dos lugares que definham e podem morrer. Habituados a estudar núcleos de povoamento que crescem, expandem-se e tornam-se sucessivamente mais complexos, é importante perceber que o sentido contrário também é possível.Uns desaparecem em poucos dias porque se tornam repulsivos, como Pripyat (na Ucrânia) depois da explosão de um dos reatores da central nuclear de Chernobyl em 1986.Outros vão perdendo centralidade e razão de ser. Tornam-se indifentes mas deixam marcas na paisagem, ou melhor, deixam uma paisagem de matéria, ruídos, vozes e memórias. Este foi o exemplo de Pyramiden, a cidade mineira soviética no arquipélago de Svalbard (Noruega). Porque estes lugares também falam, em 2012 uma banda dinamarquesa de rock experimental (Efterklang) recolheu, trabalhou e misturou os registos da paisagem sonora deste espaço abandonada e editou o álbum “The ghost of Piramida”.Fordlândia, uma cidade-empresa de 1928 fundada por Henry Ford na Amazónia (nas margens do Rio Tapajós), não é propriamente um lugar-fantama mas tem uma trajetória de decadência e ruína.O lugar nasce porque no início do século do automóvel era preciso recolher a matéria-prima (borracha) para os pneus. Por várias razões, o projeto não resultou e a cidade, sem vida para além da sua monofuncionalidade original, foi-se decompondo.Com habitações, um hospital, piscina e outros equipamentos de apoio, esta “american town” ocupou o território de um antigo povoado indígena, foi o núcleo e a frente avançada de um processo rápido de desmatamento. Apesar disso, Fordlandia fracassou nos seus objetivos iniciais e tornou-se uma ruína, ainda que ali permaneça um número residual de habitantes que resistem.Vem isto a propósito de uma excelente sessão temática dedicada à Amazónia que aconteceu no final da tarde de domingo, ontem dia 26 de fevereiro, na Casa do Cinema de Coimbra.
Entre os dias 2 e 28 de março, a Casa do Cinema de Coimbra apresenta o ciclo Horizonte, integrado na XXV Semana Cultural da Universidade de Coimbra. Este ciclo une um conjunto de filmes que partem de quatro contextos distintos para pensar a relação do homem com os lugares, moldada pela guerra e as lutas sociais, sendo aqui representadas na óptica do cinema a partir da memória e experiências de cada comunidade.
Pela segunda vez, os Caminhos do Cinema Português co-organizam com o CEARTE – Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património o curso de Produção e Realização de Audiovisual e Cinema, com início no próximo mês de Março.
Acompanhando a estreia de “Amadeo”, Vicente Alves do Ó e Lúcia Moniz estarão presentes na sessão de sexta-feira, 27 janeiro às 21:30 na Casa do Cinema de Coimbra. Após a projeção desta longa-metragem, haverá conversa moderada pelo Prof. Osvaldo Silvestre.
A denominação de “Clube de Cinema”, e a adopção não previsível de “Cineclube”, não representa qualquer tentativa de afastar a longa e importante história do cineclubismo, cujo impacto social (e por isso político) é inegável. Mas, para sermos rigorosos, o conceito de cineclube, hoje, depende de uma dedicação conjunta por um associativismo que, por ser legalmente regulado, exige tempo e dedicação de forma a que se perceba como lidar com uma multiplicidade de burocracias para a sua manutenção e existência.