Presidente da Federação Portuguesa de Cineclubes António Costa Valente

PT é uma sigla. Abrangente mas focada, é de cá.
Para ela correm todos os momentos, projetos, intenções, polémicas e uma particular energia...a PT.
Aqui, pelo centro do país, formou-se o hábito, em cada novembro, de olhar o que de PT o nosso cinema foi construindo.
Durante muitos anos por Coimbra passava a quase totalidade da produção cinematográfica portuguesa e assim era fácil fazer um ponto de situação.
Hoje a produção cinematográfica foi-se multiplicando em todas as geografias e naturalmente que também no espaço PT.  Coimbra tem por isso e hoje a difícil missão de continuar a ser ponto de encontro sem que o espaço temporal já não permita essa totalidade de visionamento do nosso cinema.
Uma escolha, com todas as suas particularidades, reúne em mais um ano um cinema de Portugal que irá ser distinguido pelos Prémios D. Quijote da Federação Internacional de Cineclubes.
Trata-se de uma relevância de contexto internacional num festival de escolha PT.
Trata-se igualmente de um reconhecimento da cinematografia nacional no âmbito do movimento cineclubista mundial, construindo por isso uma aproximação do nosso cinema a culturas e vivências sociais e criativas globalmente amplificadas.
Não menor, é também a valorização do movimento cineclubista a este projeto de Coimbra.
CAMINHOS é um mapa para o cinema PT que ao longo do ano enraíza exibições cineclubistas que complementam os dias de novembro.
A Federação Portuguesa de Cineclubes tem por isso as melhores razões para poder caminhar ao lado deste projeto entre festival e cineclube, numa clara perspetiva de construção de um sempre maior “espaço” de cinema PT onde a palavra “qualidade” se possa encaixar com prazer.
Grande vida ao CAMINHOS, o que quase equivale a dizer... grande vida ao cinema PT!