João Nuno Pinto Realizador/Produtor

João Nuno Pinto nasceu em Lourenço Marques, Moçambique, em 1969. Vive em Lisboa desde os 5 anos. Formado em Artes Gráficas pelo Instituto Politécnico de Tomar, Portugal, começou a sua carreira profissional na Abrinício, publicidade e marketing, como Director de Arte e, mais tarde, Director Criativo. Em 1998, então com 28 anos, trocou Lisboa por Nova Iorque, onde se formou como realizador na New York Film Academy. Entre 2002 e 2007 realizou diversos workshops ligados ao cinema, entre os quais o Judith Weston’s Acting Technics for Director’s no The International Film & Television Workshops, Maine, USA, The Robert Mckee’s Story Seminar em Pamplona, Espanha, e o Script Analysis and Rehearsal Techniques na Judith Weston Acting Studio em Los Angeles. Como realizador de publicidade dirigiu diversos filmes publicitários e videoclipes, premiados internacionalmente em festivais como o London International Advertising and Design Awards, o London Epica Awards, o El Ojo de Ibero America ou o New York Film Festival of Television and Cinema Advertising.


Em Janeiro de 2008 realiza “Skype Me”, com Gonçalo Waddington e Maria João Falcão, uma curta metragem de ficção com 20 minutos, que aborda a temática do amor e da ausência através de uma relação que se desenvolve à distância por Skype.

Em 2010 estreia o filme “América”, a sua primeira longa metragem de ficção, uma irónica reflexão sobre o Portugal contemporâneo através do olhar da
imigração ilegal, do qual é realizador e co-guionista, juntamente com Luísa costa Gomes. “América” foi produzido pela Ukbar Filmes e é uma co-produção entre Portugal, Espanha, Brasil e Rússia e teve o apoio do ICA bem como dos programas de apoio ao cinema Ibermedia e Fundo Luso-brasileiro. O filme teve a sua estreia internacional no Festival do Rio e foi seleccionado por vários festivais de cinema internacionais onde ganhou alguns prémios importantes, como Melhor Realização no Festival Internacional de Sofia e no Festival de Cinema de Língua Portuguesa ( CinePort ) ou Melhor Fotografia (Carlos Lopes) no Indie Lisboa. Foi exibido comercialmente nos cinemas de Portugal, Espanha e Brasil.

Em 2011 muda-se para São Paulo, Brasil, onde reside durante 8 anos. Em 2015, escreve e realiza, para o músico inglês Keaton Henson, a curta metragem musical “Don’t Swim”, produzida pela Delicatessen Filmes, São Paulo. Filmado no Salar del Yuni, Bolívia, conta com a participação da actriz brasileira Diana Herzog e a fotografia de Rui Poças. “Don’t Swim” navega no universo do fantástico narrando visualmente a história de uma mulher que se prepara para entrar no mundo dos mortos. Foi seleccionado como Vimeo Pick Staff e ganhou o prémio de Best Music Video no Los Angeles Independent Film Awards.

De volta a Portugal, em 2019, em Fevereiro de 2020 estreia a sua mais recente longa metragem de ficção, “Mosquito”, um filme passado durante a Primeira Guerra Mundial em Moçambique, que aborda o tema da guerra, colonialismo e a loucura dos homens. Escrito por Fernanda Polacow e Gonçalo Waddington e produzido por Paulo Branco, pela Leopardo Filmes, “Mosquito” é uma ideia original do realizador baseada na história do seu avô paterno. Foi selecionado para a competição Big Screen no Festival Internacional de Cinema de Roterdão, onde teve as honras de filme de abertura do festival, feito inédito na história do cinema português. Aclamado internacionalmente pela crítica aquando da sua passagem por Roterdão, teve a sua estreia comercial em sala, assim como a presença em outros festivais, abruptamente interrompidos pela chagada do Covid-19. Hoje em dia pode-se assistir a “Mosquito” na HBO Portugal.