Federação Portuguesa de Cineclubes Prof. Doutor António Costa Valente

"Felizmente que o plural do CAMINHOS nos permite pensar como se complementa nos tantos outros caminhos que o país foi abrindo, descobrindo em obras, em eventos, em aproximação a tantos e diversos públicos, outorgando poder dizer que afinal “Já Se Fabricam Filmes em Portugal” (parafraseando um título de 38 onde na altura Oliveira escreveu “automóveis”). O cinema português vai continuar a crescer com filmes vindos dos ditos mais recônditos lugares de todo o país. Finalmente não há só um sítio onde todos os filmes se fazem. Chegam mesmo de todo país e atravessam múltiplas fronteiras, mesmo quando se barram ecos dos seus percursos–mundos.Do que se exibe ou não, fica em cada CAMINHOS a marca exigentemente plural."


CAMINHOS entre o “S” e o “C”

O melhor de um festival sempre foi o plural.
Caminhos só foi Caminho quando a produção cinematográfica portuguesa era reduzida e todos os filmes se encontravam em Coimbra num quase só nó de existência.
O cinema português entretanto foi crescendo e as vontades também. Deixamos de ter só os filmes que júris escolhem e acrescentou-se uma dinâmica produtiva que multiplicou a nossa cinematografia. Coimbra passou a ter que escolher e a construiu o sempre difícil caminhar por entre as pedras por onde se passa ou não.
O cinema português tem vindo a bater os seus diversos e sucessivos recordes, pontos de excelência, inusitados momentos fílmicos, olhares não percorridos, múltiplos filmes que fazendo agora história, nem sempre o Caminhos conseguiu exibir.
O Caminhos começou maior que o cinema português mas agora, para bem de todos, felizmente já é ao contrário.
Felizmente que o plural do CAMINHOS nos permite pensar como se complementa nos tantos outros caminhos que o país foi abrindo, descobrindo em obras, em eventos, em aproximação a tantos e diversos públicos, outorgando poder dizer que afinal “Já Se Fabricam Filmes em Portugal” (parafraseando um título de 38 onde na altura Oliveira escreveu “automóveis”).
O cinema português vai continuar a crescer com filmes vindos dos ditos mais recônditos lugares de todo o país. Finalmente não há só um sítio onde todos os filmes se fazem. Chegam mesmo de todo país e atravessam múltiplas fronteiras, mesmo quando se barram ecos dos seus percursos–mundos.
Do que se exibe ou não, fica em cada CAMINHOS a marca exigentemente plural.
Um obrigado por isso ao “S” com que o festival de Coimbra desde logo se soube artilhar.
Grande vida ao CAMINHOS e a todos os “S” que fundamentam um país de cinema.