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Discurso de Abertura


Boa noite,

Encontramo-nos na abertura da XXII Edição do Festival Caminhos do Cinema Português, este ano no Mosteiro de Santa Clara a Nova, como marca da união entre o nosso festival e a história cultural da cidade de Coimbra.

Apesar de todas as dificuldades que sempre marcam a organização de um evento como este, foi conseguida inaugurar mais uma edição graças ao constante apoio da nossa organização e parceiros. Os obstáculos apresentados muitas vezes pela cidade de Coimbra, conseguiram este ano ser ultrapassados pela abertura da cidade de Leiria ao nosso festival.

Quero salientar este apoio, por Leiria representar este ano a concretização da nossa expansão como festival, tendo sido incrível (e para nós novo em comparação a Coimbra) toda a disponibilidade e carinho que Leiria nos transmitiu.

O trilho percorrido nestes Caminhos deixou de ser percorrido apenas pela projecção de filmes. Importante para a difusão do conhecimento cinematográfico nacional, realizamos mais uma edição do nosso curso de iniciação ao cinema (Cinemalogia), tal como o III Simpósio que realça a conotação científica e académica do nosso festival.

Não posso deixar de congratular as produtoras que todos os anos nos enviam os seus filmes para selecção. Apesar disso, ainda existem algumas produtoras com um revoltante preconceito para com o público e festivais portugueses… No entanto, vamos continuar a ser sempre a montra do melhor do que é realizado em Portugal.

Mostrando filmes cujas distribuidoras querem realmente vê-lo distribuído. E mostrando filmes cujas produtoras não querem apenas bonitas palmas de festivais estrangeiros, que na sua maioria são desconhecidos do comum espectador.

Como director do único festival dedicado em exclusivo ao filme português, tenho a convicção sincera de que esta será mais uma edição em que iremos ver o cinema celebrado, numa junção perfeita entre aquele que vê e aquele que cria…. Aquele que aprecia e aquele que quer apreciar.

Estamos perante uma possibilidade única de ouvirmos… Vermos… e Sentirmos… este fogo incessante que marca a arte em Portugal e que por isso não se cansa ou se extingue.

Mas lembremo-nos que o cinema é uma ilusão criada pela mente do espectador, portanto é necessário que o espectador português continue a ir à sala e se deixe deambular imaginariamente por estes Caminhos do Cinema Português.

Para já os votos de uma boa noite, uma muito boa noite de cinema português!

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